Poço das Trincheiras e a família Van-der-Ley

Vista Parcial de Poço das Trincheiras

Foi nas terras da chã e da encosta da serra do Poço que Romualdo de Oliveira instalou uma fazenda de criação de gado nos fins do século XVIII. Essa área, do Vale do Ipanema, sempre atraiu a cobiça dos colonizadores, entretanto foi somente após o fim da ocupação holandesa (de 1630 a 1654) que surgiram ali os primeiros povoamentos de colonizadores, exploradores daquelas sesmarias.

Em 1658, uma destas unidade agrária foi concedida a Nicolau Aranha Pacheco, Francisco de Brá, Damião da Rocha e Baltazar de Farias. Tinha 16 léguas de testada, 8 de fundos e era banhada pelo rio das Cabaças (depois Capiá).

Coincidindo as cabeceiras com testadas, mas com 7 léguas de fundo, outra sesmaria foi entregue a Damião da Rocha, Teodósio da Rocha, Francisco Brá e Antônio do Souto. As duas posses formavam terras contínuas da margem do Rio São Francisco até onde atualmente estão os municípios de Águas Belas e Inajá, em Pernambuco.

Sebastião Medeiros Wanderley com seus filhos e filhas. Foto da década de 1950. Fonte. Virgílio Agra no blog Saudações Caetés

No Arquivo Público de Alagoas existe um documento de 1819 (Roteiro de todas as Estradas Públicas e Atalhos de comunicação, que há no Distrito da Vila do Penedo do Norte para o Sul e da Beira-mar para o interior da Capital), descoberto por Moacir Sant’ana, que cita as localidades desses caminhos. Um deles atendia a Pau Grande (Mata Grande), fazenda do Poço (Poço das Trincheiras), povoação de Santa Ana (Santana do Ipanema) e vila de Garanhuns. Foi elaborado pelo Comandante do Distrito de Penedo.

O jornalista e historiador santanense Tadeu Rocha, que publicou essas informações no Diário de Pernambuco de 10 de maio de 1970, revela ainda que essas estradas “começaram a ser abertas nos fins do século XVI e desdobraram-se a partir da segunda metade do século XVII. As povoações sertanejas de Cipó (Piranhas), Pau Grande (Mata Grande), Santa Ana (Santana do Ipanema) e Palmeira (Palmeira dos Índios […] são do século XVIII e resultaram da multiplicação das famílias dos primitivos fazendeiros que povoaram aquelas caatingas, criando seus gados, lavrando seus campos e gerando os seus filhos”.

Romualdo de Oliveira, considerado como fundador do Poço das Trincheiras, foi um desses pioneiros. A informação que havia uma relação com Penedo por estradas, reforça a história, ou lenda, de que sua esposa era filha de um importante cidadão morador de Penedo e continuador da família Van-der-Ley.

Por outros estudos, sabe-se que, de fato, sua mulher era uma descendente do militar holandês Gaspar van-der-Ley (ou Gaspar Nieuhof van der Ley) e de d. Maria de Melo, cujo filho primogênito, João Maurício Wanderley, foi pai de Adriana Wanderley, que casou com Manoel Coelho Negromonte. Desta união nasceu João Maurício Wanderley (neto), que esposou a filha do capitão Ambrósio Machado. Esse casamento gerou Ambrósio, João Maurício e Rita.

Gaspar van-der-Ley chegou ao Brasil com Maurício de Nassau e há registros de que se estabeleceu em Sirinhaém, Pernambuco.

Serra da Caiçara

A descendência da esposa de Romualdo de Oliveira deste ramo dos Wanderleys, segundo Tadeu Rocha (Diário de Pernambuco de 15 de fevereiro de 1970), se sustenta no fato genealógico da repetição de nomes tradicionais da família. Tem fundamento: os filhos de Romualdo receberam os seguintes nomes: João Maurício, Ambrósio Machado e Coelho. Esse último sobrenome aparece nos irmãos de João Maurício Wanderley (neto), filho de Manoel Coelho Negromonte.

O jornalista santanense informa ainda que os filhos de Romualdo se casaram, quase todos, com descendentes da família Gomes, de Canoinha, ou com os filhos de Zacarias Rocha, proprietário das terras da Macambira, perto de Águas Belas. Quem também se integrou à família Wanderley foi o português Manuel Antônio Monteiro, que se casou com Maria Pastora, filha de Romualdo. Sua casa, o único sobrado da cidade durante muito tempo, era também uma loja.

Outro pioneiro, que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento do lugar, associando-se aos Wanderleys ainda nos primeiros tempos do Poço, foi João Carlos de Melo. Ali chegou após vender a Fazenda Picada, em Santana. Segundo o historiador Clerisvaldo Braga Chagas, a escritura, datada em 19 de março de 1771, foi registrada num lugar de nome Maniçoba, provavelmente onde morava o vendedor.

A Fazenda Picada, ainda por informação de Clerisvaldo Braga Chagas, “ia do Lajeiro Grande, Pedra do Barco, até o riacho Mocambo, passando antes pelo riacho da Tapera do Jorge e Lagoa do Mijo”.

Tobias Medeiros, um dos mais afamados filhos de Poço das Trincheiras, explica que a denominação inicial de Fazenda do Poço surgiu a partir da existência de um poço abaixo das cachoeiras do Rio Ipanema, o Poço Grande, que influenciou também no topônimo Serra do Poço.

Confirmando essa origem, pode-se relacionar vários lugares do Rio Ipanema com a denominação de Poço: Grande, da Cacimba, das Mulheres, do Juá, dos Homens e o Escondidinho.

A origem das Trincheiras acrescentadas ao nome do lugar pode ter sido como uma referência as medidas de defesa adotadas pela população contra os assaltantes ou, como aparece em outras fontes, resultado de escavações militares realizadas pelos holandeses durante o período de ocupação.

O registro conhecido e mais antigo do local já com a denominação de Poço das Trincheiras é de 1848. Está na descrição das andanças dos Irmãos Morais em um manuscrito do capitão Manoel Antônio Pereira Junior.

Grupo Escolar Profª Josefa de Souza Lima, em poço das Trincheiras, Alagoas

A chacina de Poço das Trincheiras

O conflito entre Lisos (conservadores) e Cabeludos (liberais) em Alagoas deixou inúmeras vítimas, entre elas o padre José Caetano de Morais, vigário de Palmeira dos Índios, onde chegou em 13 de outubro de 1811. Era tio do dr. José Tavares Bastos, o líder dos conservadores em Alagoas.

Envolvido com a política, como era muito comum na época, o “Liso” Padre Morais enfrentava sérias dificuldades em Palmeira dos Índios, onde os “Cabeludos” liderados por Manuel Antônio Pereira Júnior haviam retirado seu poder. A partir de então o líder religioso e político passou a se articular e a agrupar homens e armas para recuperar o controle da região.

Foi em busca de apoio que viajou até o povoado Taquari, em Bom Conselho, Pernambuco, para se entender com seu parente, Major José Tavares. Tinha até então somente 130 pessoas com ele. Contava com apenas 30 armas e mil cartuchos.

Em Palmeira dos Índios, Manuel Antônio Pereira Júnior comandava 200 homens armados, alguns destes importados para o confronto iminente. Seu desejo era o de eliminar o seu principal inimigo antes de qualquer movimento dele.

No dia 2 de novembro de 1844, Dia de Finados, Padre Morais acabara de celebrar a missa na capelinha de Taquari quando soube que o povoado estava cercado pelos homens liderados pelo subdelegado de Palmeira dos Índios, Antônio das Chagas Pinto, que chegaram ao local na madrugada.

Recebeu voz de prisão quando estava na casa do capitão José Tavares. Em seguida começou um tiroteio e três horas depois estavam mortos o Padre Morais, seu genro Manuel Tavares Bastos, o guarda nacional Francisco José Bezerra e mais 16 praças feridos.

Outra versão, popular, coloca o padre recebendo os tiros ainda na capelinha onde celebrara a missa. Há informações ainda dando conta que quem comandou o ataque foi o Major Cobra, comandante da Força Policial.

Além de participar da política, o Padre Morais não escondia de ninguém o seu relacionamento com Maria Clementina, com quem teve oito filhos (conseguiu registrar em Cartório todos eles como seus filhos): Ana Felícia (casou com Manuel Tavares Bastos); Maria Benedita de Morais (casou com Luiz de Araújo Jucá); José Caetano de Morais Filho; Manuel de Araújo Morais; Cândida Eugênia de Morais; João de Araújo Morais; Antônio Caetano de Morais e Joaquim de Araújo Morais.

Segundo Luiz B. Torres, em A Terra de Tilixi e Txiliá, alguns filhos do Padre, pelo poder que ele tinha, se converteram em jovens arruaceiros. Manuel de Araújo Morais teve passagem pela Marinha e envolvimento em várias tentativas de morte. Em uma delas, para experimentar uma arma, atirou e matou um menino escravo do pai.

José Caetano de Morais Filho, esteve no Seminário de Olinda, mas não seguiu o mesmo caminho do pai. Também era violento e chegou a disparar arma de fogo contra os próprios parentes. Tentou matar um tio, que fugiu para Sergipe. Com raiva, atirou em dois empregados dele, matando um. Depois matou Antônio Paulino, de quem havia roubado 500 mil réis. Fugiu para o Ceará, de onde somente voltou para vingar a morte do pai.

Povoado de Quandu em Poço das Trincheiras

Acobertados por Vicente de Paula Carvalho, que tinha sido nomeado delegado de Anadia, os Morais iniciaram a vingança ainda em fevereiro de 1845. Foram várias agressões, atentados e mortes.

No dia 3 de fevereiro de 1848 atacaram o povoado de Poço das Trincheiras. Eram aguardados pela população há alguns dias. Houve uma tentativa de defesa, com sacos de areia e pedras nas ruas, servindo de proteção para os atiradores.

Os Morais acompanhavam tudo que acontecia na cidade por meio de um informante, que chegou a ser detido por Antônio (Totonho), irmão de Ambrósio Machado Wanderley, mas foi liberado após negar, chorando, ser um “olheiro”.

Segundo depoimento do professor Tobias Medeiros, o bando, com aproximadamente 30 homens, chegou ao meio-dia. Não havia condição de resistir. Houve ainda um breve tiroteio em frente à casa de Maria Ferreira, Maria de Tito, onde anteriormente foi a casa-grande da fazenda de João Carlos de Melo.

Alguns homens correram, procurando se esconder no mato. Um dos filhos do Romualdo de Oliveira, possivelmente, Ambrósio, se escondeu no forro da casa. Os criminosos entravam nas casas, vasculhando tudo e roubavam o que podiam.

Nessa busca por dinheiro e joias encontraram Ambrósio no forro. Foi arrastado e torturado brutalmente. Não resistiu e morreu no meio da rua.

Totonho, que era o mais visado, conseguiu escapar ao descaracterizar-se. Tinha longa barba, mas, ao ser avisado do ataque, tirou os pelos do rosto e não foi identificado, decepcionando os algozes.

O ancião Romualdo de Oliveira, que vinha da serra do Poço com o animal carregado de frutas, foi atingido por uma bala quando acabara de atravessar as areias do rio Ipanema. Caiu ainda com vida nas imediações de uma frondosa craibeira, que ficava no quintal da casa do sr. Manoel Sampaio, demolida pela enchente do rio, em 1941.

Tobias Medeiros lembra que essa grande árvore foi vendida ao seu pai por dez mil réis. Pretendia utilizar sua sombra para que o gado descansasse quando fosse tomar água no rio ou nos bebedouros construídos no leito seco. Avalia esse professor que Romualdo, na ocasião do tiroteio, já era viúvo.

Foram mortos mais dois irmãos: Delfino e José (Cazuza). Do bando agressor morreu Caetano, que foi atingido por mestre Antônio. José Domingues, de Penedo, que estava na cidade a negócio, também foi assassinado.

Três anos depois, no dia 13 de agosto de 1851, José de Araújo Morais foi encontrado sozinho, no Cipó de Leite, lugar situado no sopé da serra da Vaca, em Sergipe, onde foi assassinado. Seu irmão Manoel também já havia sido vítima da intensa caçada imposta a eles. Em 29 de setembro de 1848 tombou sem vida atingido por um companheiro de bando de nome Hilário.

Departamento Municipal de Educação de Poço das Trincheiras, em Alagoas

Surge o município de Poço das Trincheiras

Thomaz Espindola, na na 2ª edição do seu consagrado Geographia Alagoana, cita a existência de uma capela filial da freguesia de Sant’Ana do Panema no “povoado do Poço, 2 léguas acima da sede”. Sant’Ana da Ribeira do Panema é mencionado por Espínola, no mesmo livro, como uma povoação de Traipú.

O Almanak da Província de Alagoas de 1873 não cita Poço das Trincheiras quando descreve Traipú (antiga Porto da Folha): “1º Traipu (vila), com 500 fogos (t. m. 1.500 hab.); 2º Povoação da Lagoa Funda, com 150 fogos (t. m. 460 hab.); 3º Dita de Sant’ Anna da Ribeira do Panema, com 140 fogos (t. m. 390 hab) e uma igreja de Sant’ Anna; e 4º Dita do Riacho do Sertão, com 61 fogos (t. m. 240 hab.)”.

Entretanto, no Jornal do Penedo de 20 de abril de 1877 foi publicada uma correspondência oriunda de Sant’Anna do Ipanema, datada de 5 de abril, revelando que no local já existia uma subdelegacia:

“No dia 14 ou 15 de março último, no Poço da Trincheira [sic], foi barbaramente espancada a mulher de Francisco Silvestre por Francisco de Freitas; o subdelegado André Lopes cumpriu o seu dever; isto é, procedeu o auto de corpo de delito e inquérito policial; e porque foi a ofensa grave, remeteu o feito ao juiz municipal suplente para mandar proceder; este, porém, não deu a menor importância, e eis que fica ofendida a sociedade e agravada a lei!”.

A publicação cita ainda que diversos outros crimes também foram esquecidos pelo promotor interino, Firmino de Goes, que estava mais voltado para perseguir seu desafeto Methodio Rodrigues Gaia, mancomunado com o vigário João da Costa Nunes, chefe ostensivo do partido oligárquico no termo de Santana.

Santana havia se tornado Vila em 24 de abril de 1875 pela Resolução nº 681, desmembrada do território de Traipu, com estrutura própria político-administrativa e com poderes para arrecadar tributos, prestar contas deles ao erário estadual, eleger intendentes e conselheiros. Em 14 de junho de 1877 (Resolução n° 749), foi elevado à categoria de comarca, desmembrada da comarca de Mata Grande.

No Almanak do Estado das Alagoas de 1891, Poço das Trincheiras surge como tendo “uma capela consagrada ao mártir S. Sebastião, localidade esta onde a lei provincial nº 960 de 18 de julho de 1885 havia criado uma freguesia, que não chegou a ser provida por haver sido negada a aprovação canônica”. A professora da Escola Primária Mista do povoado era d. Amélia Balbina da Soledade.

Os juízes de Paz (leigos sem concurso que realizavam principalmente os casamentos) do distrito eram os seguintes: 1º – Ambrozio Machado Wanderley, 2º André Lopes dos Santos, 3º Manoel Soares da Motta, 4º Marcolino Constâncio Brandão. Os suplentes: 1º Constantino de Oliveira Wanderley, 2º – Luiz Gonzaga de Mello, 3º Daniel Gomes da Silva, 4º – Francisco da Rocha Barros.

Naquele ano os principais comerciantes eram: Ambrozio Machado Wanderley, Emerecido Vieira Rego, Leopoldo Augusto Wanderley, d. Maria Rosa Wanderley e Sebastião Monteiro. As máquinas de descaroçar algodão pertenciam a Francisco Gomes da Silva e a Leopoldo Augusto Wanderley.

O mesmo Almanak, em 1894, revela que a professora já não era a mesma. D. Maria das Dores do Espírito Santo havia assumido a função tendo como inspetor escolar Leopoldo Augusto Wanderley.

O subcomissário de Polícia do distrito era Constantino de Oliveira Wanderley. Tinha dois juízes distritais: Leopoldo Augusto Wanderley e Agostinho Rodrigues Limeira.

No comércio, destacavam-se as lojas de fazendas, secos e molhados de João da Rocha Wanderley, Leopoldo Augusto Wanderley e D. Maria Rosa Wanderley.

Em 1922, o livro Terra das Alagoas cita Poço das Trincheiras como sede do 2º Distrito Judiciário de Santana do Ipanema e destaca que o local era conhecido por sua fabricação de rendas de almofada.

Oito anos depois o município de Santana do Ipanema tinha 429 eleitores, destes, 123 eram de Poço das Trincheiras. Nas eleições de 1966, os aptos a votar no Poço já eram 1.187.

No 1º de janeiro de 1934 a Diretoria Regional dos Correios e Telégrafos de Alagoas inaugurou três linhas postais, duas servidas por automóveis e uma por canoa. A atendida por automóvel entre Palmeira dos índios e a Pedra (futura Delmiro Gouveia) fazia escala em Cacimbinhas, Santana do Ipanema, Poço das Trincheiras, Mata Grande e Água Branca.

A Educação no distrito, em 1937, ainda engatinhava. Era atendido somente pela professora Dalva Wanderley de Medeiros.

Já elevado a município, Poço das Trincheiras recebeu energia elétrica de Paulo Afonso no dia 5 de janeiro de 1968. Foi instalada pela CEAL. A água da Adutora da Bacia Leiteira chegou em 5 de novembro de 1982.

Praça José de Alencar em Poço das Trincheiras, Alagoas

Emancipação

Na década de 1950, o território alagoano sofreu várias fragmentações, fazendo surgir um novo quadro geopolítico no Estado, consolidando o que o professor Douglas Apratto identificou no livro A Tragédia do Populismo como “uma nova hierarquização municipal”. Refletia “o progresso dessas novas polis em detrimento de cidades mais antigas como Pilar, Quebrangulo, Marechal Deodoro e Traipu”, “que não conseguiram acompanhar os novos ventos da época”.

Segundo o estudo deste consagrado historiador, naquela década Alagoas passou de 37 para 69 municípios. Inicialmente foram criados Junqueiro, São Brás e Belo Monte. Depois São Miguel dos Campos cedeu território para Boca da Mata, Campo Alegre e Barra de São Miguel.

O município de Santana do Ipanema também perdeu território. Surgiram dele Maravilha, Olivença, Poço das Trincheiras e Olho d’Água das Flores. De Palmeira dos Índios nasceu Cacimbinhas, Igaci e Carneiros. De Traipu veio Girau do Ponciano. Viçosa gerou Pindoba e São José da Lage, Ibateguara.

Em cada novo município já existia mobilização política pleiteando sua emancipação, a exemplo do que acontecia em Poço das Trincheiras sob a liderança de Osman Medeiros. Foi durante o governo de Muniz Falcão que a Lei Estadual nº 2.100, de 15 de fevereiro de 1958 estabeleceu autonomia administrativa ao antigo distrito. A instalação oficial aconteceu no dia 20 de janeiro de 1959.

7 Comments on Poço das Trincheiras e a família Van-der-Ley

  1. No penúltimo parágrafo cita o Município de Cajueiro como desmembrado de Palmeira, quando na verdade veio de Capela.

  2. Thiago, é provável que tenha sido erro de digitação. O correto é Carneiros, que foi criado como distrito em 1960 e anexado a Santana. Somente em 1962 é que foi elevado a município. Obrigado pela observação.

  3. Claudio de Mendonça Ribeiro // 29 de dezembro de 2022 em 07:36 //

    Ticianeli, bom dia.
    Desculpe-me o comentário, mas o relato é aterrorizante ante tantas mortes, tantos assassinatos, tanta violência.

  4. No livro Geographia alagoana, ou descripção physica, politica e historica da provincia das Alagoas, de Thomaz do Bom-Fim Espindola de 1871, já menciona o povoado de Poço das Trincheiras dentro do território da freguesia de Senhora Sant’Ana.
    “Contem uma capella filial no pequeno povoado do Pôço, 2 léguas acima da sede.”Página 161.

  5. Obrigado pela observação, Nathanael. Levamos a sua contribuição para o texto.

  6. Cristiano Ricardo Hrala Araujo // 25 de abril de 2023 em 14:49 //

    Parabéns pelo texto. Muito interessante.
    Minha avó residiu toda sua infância nessa região. Tive a oportunidade de coletar o relato do que ela viveu na infância e algumas são coincidentes com o texto.
    Minha avó relatou ter estudado com uma professora de nome “Dalva” filha do “velho Maurício”. Acredito que seja a mesma professora relatada.
    Minha avó também relatou que seu casamento foi realizado por um padre de nome Fernando da Família dos Medeiros. Não pude deixar de notar que há um padre na primeira imagem, sendo filho de Sebastião Medeiros Wanderley. Esse padra da imagem seria o Fernando Medeiros?
    Minha avó se chama Julia Araujo da Silva, filha de Cicero Tertuliano dos Santos e Domingas Maria de Araujo. Nascida em 14/05/1934 e prestes a completar 89 anos.

  7. Karl Marx Vital // 6 de janeiro de 2024 em 13:45 //

    Errata: o Padre José Caetano de Moraes foi assassinado em Poço das Trincheiras, mais especificadamente na povoação do Quandu… E não em Taquari, em Bom Conselho. O Padre Moraes celebrará a missa na Igreja de São Caetano em 2 de novembro de 1844.
    Errata: o nome do filho do Padre Moraes era o mesmo do pai, José Caetano de Moraes (sem o nome Filho). José Caetano de Moraes foi criado (viveu) em Cacimbinhas e lá se tornou o primeiro Juiz de Paz. Por sua vez, o Juiz José Caetano de Moraes teve um filho que recebeu o nome de José Caetano de Moraes Filho, que por sua vez foi prefeito de Palmeira dos Índios.
    Errata: Ambrósio Machado Wanderley foi acusado de disparar o tiro que matou o Padre Moraes, por isso foi perseguido e morto. Sua família com medo fugiu para Cacimbinhas e lá nasceu a ramificação da família Wanderley naquelas terras.

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