Os becos da antiga Maceió

Maceió em 1900 com o Beco do Moeda no primeiro plano

Os becos surgiram nas cidades como curtas e estreitas vias que interligavam ruas ou avenidas. Eram somente passagens entre estas áreas. Normalmente também serviam como áreas de despejos sanitários e de lixo doméstico.

Em Maceió, onde os antigos caminhos definiram as principais ruas da cidade, os becos também cumpriram papel importante na expansão urbana, com alguns se tornando embriões de futuras ruas. Entretanto, como surgiram sem maior planejamento, os custos destas modificações foram altos.

Herança de uma cidade que nasceu e cresceu sem maiores ordenamentos urbanos.

Um editorial do jornal O Orbe, de 18 de maio de 1883, testemunha a desorganização urbana da capital ao denunciar “o alinhamento das ruas”, as “defeituosas construções dos seus prédios” e “a infinidade arbitrária de nivelamentos“.

Para o jornalista, seria tolerável que “se notasse isso nas ruas antigas, que ainda se acham enxertadas de casebres que dificultam o alinhamento”, mas, “vergonhosamente vemos nas ruas cujos prédios são todos modernos o cunho da rotina antiga, o empecilho do desenvolvimento das construções e do verdadeiro progresso da arquitetura”.

Sugere o jornal que os alinhamentos das novas construções deveriam obedecer a uma planta da cidade onde estariam “indicadas as ruas atuais e as que para o futuro se hão de fazer”.

Foi em meio a essa desorganização urbana que surgiram vários becos em Maceió. Alguns poucos permaneceram, outros deixaram de existir, mas a maioria deles deu lugar a vias com status de rua, após severas intervenções.

Apresentamos a seguir os antigos becos da capital encontrados por esta pesquisa. É muito provável que houve a omissão de alguns ou mesmo erros na localização, mas este é um trabalho aberto a modificações. Qualquer questionamento ou acréscimo de informação pode ser enviado para a nossa editoria (eticianeli@gmail.com).

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Beco do Ferreira

Rua do Comércio antes da descida para a Praça dos Palmares, com a entrada para o Beco do Ferreira, futura Rua Oliveira e Silva (lateral do Produban). Primeiros anos do século XX

Pouco lembrado atualmente o Beco do Ferreira, já era visto como uma possiblidade para o crescimento da malha urbana ainda em 1850, como expôs o presidente da Província, José Bento da Cunha, em sua Falla à Assembleia de 5 de maio.

Este governante solicitou a liberação de recursos para que a Câmara Municipal o utilizasse com o “destino especial de abrir uma rua direta do largo da Matriz ao da Cadeia. Com a compra de dois ou três pequenos prédios poderá Maceió ficar com uma rua espaçosa que mudará sensivelmente a fisionomia da Cidade, oferecendo ocasião a que se levantem ótimos edifícios em que naturalmente se virá estabelecer o comércio”.

Esse importante acesso ao presídio já existia como continuação do Beco do Ferreira. Era conhecido como Caminho para a Cadeia.

O Beco do Ferreira, ou do Bento Ferreira, e o Caminho deram origem à Rua Oliveira e Silva, a que fica na lateral do antigo prédio do Produban e se estende até o Quartel Geral da PMAL.

Duas décadas depois de José Bento da Cunha ter apresentado sua proposta, o beco continuava lá, mas outros estudiosos da época continuavam a pleitear a construção da via que estabeleceria ligação entre a praça mais importante de Maceió (Matriz, Fazenda Estadual e Assembleia) com a Cadeia, o Quartel de Polícia e o Hospital de Caridade São Vicente de Paula (Santa Casa, que entrou em funcionamento em 1856).

Caminho do Quartel, continuação do Beco do Ferreira, fotografado a partir de uma janela lateral do Quartel da PM no fim do século XIX. É a atual Rua Oliveira e Silva (lateral do Produban)

Um deles foi Thomaz do Bomfim Espíndola, que em 1871 propôs em sua 2ª edição de Geografia Alagoana, entre outras ações, a seguinte:

“O nivelamento, calçamento, alargamento e aumento dos becos e ruas, muito principalmente a abertura de uma rua larga e reta, que nascendo em frente da matriz de Nossa Senhora dos Prazeres na Praça D. Pedro II, feneça em frente à cadeia no largo do mesmo nome; a abertura da rua da Alegria, fazendo-a desembocar nesse largo; a da rua do Damaceno [Rua do Macena], fazendo-a desembocar ao sul no mesmo largo e ao norte continuar paralelamente à lagoa; a do Alecrim [Rua Barão de Alagoas], fazendo-a seguir ao norte paralelamente a esta e ao sul desembocar na Praça das Princesas [Praça Deodoro], onde em linha reta emendando com a do hospital da misericórdia [Barão de Maceió] por meio dela vá terminar na costa do oceano; e finalmente a do Rosário [Rua ou Beco do Rosário, foi 1º de Março, atual Av. Moreira Lima], fazendo-a seguir em linha reta e com igual largura até a Levada”.

Praça do Montepio e o Beco do Ferreira, atual Rua Oliveira e Silva. Final do século XIX

Beco do Bento Ferreira recebeu essa denominação, provavelmente, por ter em uma de suas esquinas com a Rua do Comércio a casa do comerciante Bento Ferreira Guimarães, que se notabilizou na história de Alagoas por ter sido o doador ao governo imperial, em 15 de junho de 1834, do terreno para a construção do Farol da cidade.

A última referência ao Beco do Bento Ferreira foi encontrada por esta pesquisa em um jornal de 1916. Como o jornalista Oliveira e Silva faleceu no dia 15 de janeiro de 1911, coube ao deputado federal Costa Rego, eleito em 1915, o empenho para homenagear seu tio e benfeitor na imprensa fluminense.

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Becos entre a Rua do Comércio e a Rua do Sol

Desde os primeiros tempos de sua existência como povoado, que Maceió enfrenta as enxurradas que desciam da barreira do Jacutinga, aquela que margeia a atual Rua do Sol.

Foi a natural canalização dessas águas das chuvas e das oriundas dos afloramentos ali existentes que deram origem a quatro becos. Pelo menos dois deles foram transformados em vias importantes do Centro da cidade.

1 – Beco do Moeda

Fábrica de cigarros Estrella do Norte no Beco do Moeda no final do século XIX

Sua existência foi identificada nessa pesquisa a partir de 9 de abril de 1860, quando o Diário de Alagoas publica anúncio de Rafael Archanjo de Moura Mattos, professor de francês e geografia de passagem por Maceió, se oferecia para dar aulas particulares. Quem precisa-se podia procura-lo “em sua casa, rua do Moeda, n. 5 para tratar”.

Em julho de 1881, foram cobradas melhoria para o beco, ao mesmo tempo que se protestava contra a existência de um prostíbulo em uma de suas casas. Dois anos depois, recebeu pavimentação em pedras e o Conselho Municipal foi elogiado por esta obra.

Desde os primeiros momentos de sua existência dividia sua denominação, de acordo com o jornal, como Beco, Travessa ou Rua do Moeda. Como em 1860 já tinha essa denominação, é pouco provável que esse Moeda homenageado tenha sido o professor Domingos Bento da Moeda e Silva, nascido em 4 de agosto de 1839 na Barra de Santo Antônio, ainda um povoado de São Luiz do Quitunde.

Em abril de 1860, Domingos Moeda tinha 20 anos de idade e havia concluído os preparatórios no Lyceu pouco tempo antes. Não teve condições de frequentar curso superior em outros estados, seguindo a carreira de professor, que o levou a fundar em 1863 o Colégio São Domingos. Depois foi vereador em Maceió por várias legislaturas e dele a iniciativa para a criação do Orfanato São Domingos.

Sobre o Moeda que deu nome à via, o Diário de Pernambuco de 11 de fevereiro de 1843 dá uma pista ao informar sobre um escravo desaparecido de nome José e que pertencia, em Maceió, a “Domingos Bento da Moeda e Companhia“. A mesma nota se refere ao “Sr. Moeda e Companhia“, revelando que era conhecido pelo sobrenome.

Domingos Bento da Moeda voltou a ser citado em 1848, quando divulgou no mesmo Diário de Pernambuco que tinha dissolvido amigavelmente a sociedade numa loja de fazendas, em Maceió, com Antônio da Silva Aboim.

O espanhol Domingos Bento da Moeda era o avô de Domingos Bento da Moeda e Silva e Antônio da Silva Aboim o seu tio, o mesmo que o encaminhou na educação quando ainda criança em Maceió.

Como se percebe, pelas evidências, o Beco do Moeda recebeu essa denominação em alusão ao comerciante Domingos Bento da Moeda. Entretanto, não foi possível identificar se ele residiu ou teve negócios ali.

As primeiras referências ao Beco ou Rua como sendo do “Professor Domingos Moeda“. surgiram após a sua morte em 15 de dezembro de 1923.

Como o Beco era do Domingos Moeda, ficou Beco do Moeda e não da Moeda.

Sua origem provável é a de uma área de escoamento das águas que, no inverno, vinham da parte alta da cidade. Essa possibilidade é aventada pela existência de desgastes na barreira em frente, lugar que depois foi conhecido como Ladeira do Cortiço, e pela existência de um pontilhão na Rua do Sol, que permitia a passagem de águas para o Beco do Moeda.

Essa subida improvisada para o Jacutinga, era ocupada por biombos e somente foi urbanizada a partir de 1907, quando começaram as escavações para a construção de uma via transitável como prolongamento do Beco do Moeda. Foi pavimentada em granito.

A obra foi executada na administração do prefeito Antônio Guedes Nogueira com o claro intuito de facilitar o acesso ao recém-inaugurado Colégio Sacramento. O dinheiro para a obra veio de contribuições de comerciantes.

Mesmo com seus casebres sendo demolidos em 1945, permaneceu conhecida como Ladeira do Cortiço até 1967, quando foi pavimentada em paralelepípedo e passou a ser a Ladeira Antônio Guedes Nogueira.

2 – Beco do Rosário

Beco do Rosário com a Igreja de N.S. do Rosário ao fundo. Atual Av. Moreira Lima

O primeiro trecho habitado da futura Rua do Sol, no Centro da capital alagoana, está identificado em uma planta de 1820, traçada por José da Silva Pinto a pedido do primeiro governador da capitania de Alagoas, capitão Sebastião Francisco de Mello e Povoas.

As poucas casas desta via se distribuíam entre o largo da Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, futura Praça D. Pedro II, e a antiga Capela do Rosário, que ocupava o leito da rua, com a frente voltada para o mar.

A localização da capela, fechando a rua (Rua do Rosário), respeitava um córrego que nascia na barreira e corria em direção à Levada, formando uma vala.

Anos depois, com o fim desta fonte, a capela foi demolida e uma igreja foi erguida no local da nascente d’água, como registrou Félix Lima Júnior em Memórias de Minha Rua: “corria grossa bica, na encosta do morro então conhecido como do Jacutinga, e depois, do Farol, então coberto de mata semi-virgem. Devastada a mata ou capoeirão, secou a bica, desaparecendo o riacho formado por suas águas”.

O arruado que se formou ao lado desta vala recebeu o nome de Rua da Vala. Depois Rua do Açougue, quando se instalou em um dos seus casebres um comerciante de carnes. Foi ainda Rua 1º de Março. Recebeu outras denominações até chegar à denominação de Av. Moreira Lima.

Entretanto, o seu primeiro trecho, entre a Rua do Comércio e a Rua do Rosário (Rua do Sol), foi conhecido durante alguns anos como Beco do Alecrim e depois Beco do Rosário.

3 – Beco São José

Beco São José, trecho para a Rua do Sol, na esquina com a Rua do Comércio

Também conhecido como Beco do São José, surgiu em frente a uma gruta que muitos anos depois veio a ser a Ladeira do Brito. Seu trecho entre a Rua do Sol e a Rua do Comércio foi conhecido durante muito tempo como o Beco da Pedra.

Como uma gruta se forma principalmente a partir da erosão provocada por água corrente, é muito provável que o estreito Beco São José tenha funcionado como área de evacuação das torrentes lamacentas do Alto do Jacutinga. Essas enxurradas invadiam o centro de Maceió no período invernoso.

Observe-se que é uma das poucas vias centrais não paralela com as vizinhas. Ela praticamente conflui com a Av. Moreira Lima na esquina com a Rua do Macena.

Beco São José esquina com a Boa Vista. Ao fundo a esquina com a Rua do Comércio. O prédio à direita da foto dará lugar ao edifício do IBGE

Seu trecho entre a Rua do Comércio e a Rua Boa Vista ficou conhecido em meados do século XIX como Beco do Padre Francisco, segundo Félix Lima Júnior.

Padre Francisco de Assis Barbosa foi chefe do governo em Alagoas quando do movimento separatista da República do Equador.

Seu trecho entre a Rua Boa Vista e a Rua do Macena foi conhecida também como Travessa Pedro Fernandes.

Com a proclamação da República, em 1889, recebeu a denominação de Rua General Deodoro da Fonseca. Não prosperou. São José insistiu e permaneceu na titulação da via.

No início do século XX passou a ser a Rua Comendador Tibúrcio Valeriano de Araújo em homenagem ao senador alagoano, que somente faleceu em 18 de outubro de 1918.

A Lei nº 4.070, de 29 de outubro de 1991, de autoria do vereador Enio Lins, devolveu São José para o seu beco e onde permanece até os nossos dias.

4 – Beco João Dias

Rua do Comércio e a esquina do Beco do João Dias, seria o atual trecho da Rua Augusta entre a Rua do Comércio e a Rua do Sol

Interligava a Rua do Sol com a Rua do Comércio e com a Rua Boa Vista, de onde continuava com a denominação de Rua Augusta. O último trecho dessa via, nas proximidades do Mercado, homenageou Ladislau Neto. Todas elas passaram a ser Rua Ladislau Neto até a Lei nº 4072, de 29 de outubro de 1991, devolveu o primeiro nome à titularidade: a Rua Augusta.

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Outros becos do Centro de Maceió

Beco da Lama

A Rua da Lama ou Beco da Lama hospedou o meretrício de Maceió por décadas

Não demorou muito tempo como beco. A partir da década de 1880 surge nos registros como Rua da Lama. Ficou conhecido como tal entre meado do século XIX e os últimos anos da década de 1950. Mas recebeu outras denominações oficiais.

O seu trecho próximo à Praça dos Palmares, área conhecida então como Boqueirão, antiga Boca de Maceió, foi tratado em 1899 como Beco do Rocha.

Praça dos Palmares com a entrada para o Beco da Lama entre o Hotel Bella Vista e o Hotel Universal

Passou a ser a Rua 28 de setembro em março de 1890, como noticiou o Diário do Povo. Homenageava a data da publicação da Lei do Ventre Livre (Lei nº 2.040, de 28 de setembro de 1871).

Depois (primeiro registro encontrado é de 1929) foi Rua 12 de junho (dia da promulgação da Constituição Estadual de 1891 e data da posse dos governadores por muitos anos), permanecendo com este nome até 12 de setembro de 1950, quando a Lei nº 154 lhe conferiu a atual denominação de Rua Luís Pontes de Miranda.

Beco da Maraba

Essa via surgiu como ligação entre a Rua Nova (Barão de Penedo) e o largo do Quartel, onde também estava a Cadeia Pública de Maceió.

Maraba é uma serra e um povoado de Porto Real do Colégio, mas não foi possível estabelecer relação entre eles  e o Beco de igual nome em Maceió

O Beco da Maraba não era conhecido por suas boas residências. Tinha biombos de aluguel e recebia parte do meretrício da cidade. Surgia nas notícias dos jornais sempre como palco de alguma confusão ou briga.

Há registro de que em 1886 lá foi realizado o “brinquedo” conhecido como a Morte do Galo. Provavelmente um teatro cômico, a exemplo do que foi encontrado em Recife na mesma época.

Em 1896 já era a Travessa da Maraba, citada como continuação da Rua da Alegria. Dez anos depois surgia como Rua da Maraba. Nos anos 30 passou a ser a Rua Agerson Dantas. Permanece como tal até nossos dias

Essa denominação foi uma homenagem ao oficial do Exército e filho do bicheiro Agapito Dantas, que faleceu nos combates da revolta paulista de 1932.

Beco do Leite

Já existia em 1883. A denominação provavelmente se deve a uma vacaria ali existente.

Quando inauguraram o Asilo de Mendicidade de Maceió em 1887, na esquina do Beco do Leite, essa travessa para a futura Rua Pedro Monteiro passou a ser conhecida como Rua do Asilo de Mendigos.

É a atual Rua Guido Duarte, ao lado do Quartel Geral da PMAL. Seu patrono foi poeta, jornalista e comerciante, além de ativista dos ideais abolicionistas e republicanos.

Beco da Escola Prática

A referência mais antiga sobre esta via a localiza em frente à Escola Prática (foi o Grupo Escolar D. Pedro II e é atualmente a Academia Alagoana de Letras), estabelecendo a ligação entre o Largo do Cotinguiba (depois da Princesa), futura Praça Deodoro, e o largo da Cadeia.

Foi citado nos jornais em 1890 após a Câmara Municipal de Maceió ter consentido que fossem construídos nele “imundos biombos” de uma porta só e com altura de “12 palmos”.

Atual Rua Senador Luiz Torres, uma continuação da Rua do Macena (antiga Rua Cincinato Pinto).

O engenheiro Luiz Vieira de Siqueira Torres, natural de Água Branca, faleceu em 10 de junho de 1928. Foi deputado estadual, senador e vice-governador. Era filho do Barão de Água Branca.

Beco do Teatro

Beco do Teatro, que depois foi a Travessa Dias Cabral, via lateral ao Teatro Deodoro

Foi citado nos jornais em 1899. Na verdade é uma travessa entre a Praça Deodoro e a Rua Dias Cabral. Foi denominada naturalmente como Travessa Dias Cabral. Já era assim em 1927.

Hoje não mais existe como tal. Foi incorporada à Funted com a construção do anexo ao Teatro Deodoro.

O médico, jornalista e historiador João Francisco Dias Cabral era filho de Francisco Dias Cabral e Francisca Maria do Rego Baldaia Cabral (filha do negociante português Francisco do Rego Baldaia). Nasceu em Maceió à Rua do Comércio no dia 27 de dezembro de 1834. Faleceu às 2 horas da manhã do dia 19 de julho de 1885.

Beco da Luz Elétrica

Beco da Luz Elétrica, atual Rua José Bonifácio, ao lado do Palácio dos Martírios. Ao fundo os famosos Biombos do Paulo na Av. Francisco de Menezes, a dos trilhos

Era a Rua da Soledade no final do século XIX. Permitia a comunicação entre a Praça dos Martírios e a Rua do Macena (Cincinato Pinto).

Quando foi inaugurado fornecimento de energia elétrica em janeiro de 1896, a empresa fornecedora (Luz Elétrica de Alagoas, fundada em 1896) se estabeleceu nesta via.

Assim, logo passou a ser conhecida também como Beco ou Travessa da Luz Elétrica, como aparece em 1906 no jornal Gutenberg.

É a atual Rua José Bonifácio (citada como tal pela primeira vez em 1909).

Seu patrono foi o naturalista, estadista e poeta luso-brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, conhecido como Patriarca da Independência. Nasceu em Santos, em 13 de junho de 1763, e faleceu em Niterói, em 6 de abril de 1838.

Beco do Apolo

Foi citado nos jornais, em 1882, como localizado nas proximidades da Praça dos Martírios. Considerando que a Rua do Apolo, atual Rua Melo Morais, iniciava nesta Praça, é provável que esse beco tenha sido um dos transversais a esta via.

Beco do Lloyd

Citado em 1926 no relatório apresentado à Assembleia Legislativa pelo governador Costa Rego como sendo beneficiado com a construção de uma galeria de alvenaria de tijolo. As outras obras que aparecem no texto foram realizadas nas ruas 1º de Março, do Apolo, Cyrilo de Castro, General Hermes e 15 de Novembro (Rua do Sol), indicando a possibilidade de ser uma via da área central da capital.

A Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro ou Loide Brasileiro foi uma estatal ou paraestatal fundada em 19 de fevereiro de 1894, como resultante de incorporações ou encampações de várias empresas de navegação. Foi extinta em outubro de 1997.

Beco do Cirurgião Cardoso

Ficava onde foi construída a Estação Central da Rede Ferroviária do Nordeste. Lá, em 1837, residia esse cirurgião.

Beco da Estação de Bondes

Beco da Estação de Bondes na Praça Euclides Malta, atual Praça Sinimbu

Referência à via lateral da antiga garagem dos bondes Companhia Alagoana de Transportes Urbanos (CATU), na Praça Euclides Malta, atual Praça Sinimbu.

Ficava entre a sede da CATU e o Lyceu de Artes e Ofícios. Deixou de existir e sua área foi incorporada ao Lyceu.

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Becos em Jaraguá

Beco do Estrela

Cavalos pastando no trecho da Estrada Nova atual Comendador Leão em Jaraguá, que foi conhecido como Beco do Estela. Ao fundo a Rua Sá e Albuquerque

No final do século XIX era uma travessa entre a Rua Sá e Albuquerque e a Rua da Igreja (Rua Barão de Jaraguá.

Foi a partir dessa travessa e do caminho que existia em direção ao Poço, que se construiu a Estrada Nova, atual Av. Comendador Leão, denominação recebida após a morte do português Manoel Joaquim da Silva Leão, mais conhecido como Comendador Silva Leão, que faleceu em 7 de janeiro de 1883. Foram seus vários engenhos que geraram a Usina Leão.

Na equina com a Rua Sá e Albuquerque, onde se estabeleceu o Banco de Alagoas, existiu um estabelecimento comercial com uma estrela de metal na entrada principal. Pertencia ao sr. Bento Estrela, de onde surgiu a denominação primeira de Beco do Estrela.

Também foi conhecido como Beco da Estrada Nova (registro de 1896)

Durante as escavações para seu calçamento, em 1911, foram descobertas duas peças de artilharia, que pertenciam a uma das antigas fortalezas de Maceió.

O Beco do Estrela também funcionava como fronteira entre a Rua Sá e Albuquerque e a Rua Conselheiro Saraiva, futura Av. da Paz.

Beco da Alfândega

Beco da Alfândega que foi incorporado à Delegacia da Receita Federal. O terreno ao fundo dará lugar à sede da Associação Comercial

Foi citado como tal em 1896. Não existe mais como via pública. Foi incorporado a área ocupada pela Delegacia da Receita Federal. Seria atualmente a continuação da Travessa Emílio Cardoso Filho (lateral da Câmara Municipal de Maceió).

Beco Manoel Isidoro

Ligando a Rua Sá e Albuquerque à Rua da Igreja (Rua Barão de Jaraguá). Na esquina com a Rua Sá e Albuquerque (da Alfândega) tinha a Padaria Ramires, de Manoel Isidoro Ramires — essa padaria, depois passou a ocupar um prédio em frente à Associação Comercial. Atualmente é a Rua Rocha Cavalcante.

Francisco da Rocha Cavalcante nasceu em São Miguel dos Campos, em 27 de outubro de 1853, e faleceu no Pilar, no dia 28 de fevereiro de 1920. Foi deputado estadual, senador e vice-governador do Estado, assumindo o o poder por dois meses.

Padaria Ramires de Manoel Isidoro Ramires na Rua da Alfandega (Sá e Albuquerque) em Jaraguá

Beco do Mijo

Ficava em Jaraguá, ao lado do antigo Banco de Londres (hoje sobrevive apenas a fachada). Deixou de existir e seu espaço foi ocupado por um imóvel.

Beco do Banco

Foi citado no Jornal de Alagoas de 30 de julho de 1909 numa reclamação dos moradores da vizinhança, que estavam insatisfeitos com a falta de iluminação da via.

Era uma das travessas entre a Rua da Igreja (Rua Barão de Jaraguá) e a Rua Sá e Albuquerque. Não foi possível definir qual delas.

Félix Lima Júnior estranhou essa denominação sob o argumento correto que naquela data não existia nenhuma sede de Banco em Maceió.

Beco do Centro

Foi citado em uma edição de jornal em 1927. Não foi possível localizá-la em Jaraguá.

Beco Vicente Remígio

Em Jaraguá, citado em jornal de 1892.

Beco do Vilela

Homenagem ao comerciante Pedro de Carvalho Vilela. Ficava em Jaraguá

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Becos da Pajuçara

Beco do Cavalo Morto

É a atual Rua Ouvidor Batalha, que antes foi Rua do Cemitério. Essa via vai até o antigo Largo de São Pedro (foi Praça do Ó e é a atual Praça Vereador Felício Napoleão dos Santos).

Sua continuação foi denominada de Rua Almirante Mascarenhas, antiga Rua São Paulo. Foi também Rua 24 de Novembro.

Antônio José Ferreira Batalha foi Ouvidor Geral da Comarca das Alagoas durante o período da Revolução Pernambucana de 1817.

Beco do João Bandeira

Em 1881 foi localizado como situado no começo da Pajuçara, próximo de Jaraguá. É o trecho da atual Rua João Camerino entre a Rua do Araçá, atual Rua Epaminondas Gracindo, e a Rua Comendador Almeida Guimarães, antiga Rua do Jasmim.

A continuação deste Beco em direção ao Cemitério de Jaraguá era a Rua do Oitizeiro. Toda a extensão atualmente é a Rua João Camerino.

Há registro de que o trecho desta via entre a Rua Dr. Antônio Pedro de Mendonça e a Av. Antônio Gouveia tenha sido a Travessa Guajararas, nomeada como Travessa João Camerino por determinação da Lei nº 1.737, de 12 de maio de 1970.

Beco da Balança

Proximidades do Beco da Balança na Pajuçara em 1950

Em frente a Balança do Peixe na Pajuçara. Atual Rua Sampaio Marques.

O escritor e médico dr. Manoel de Sampaio Marques destacou-se em Maceió como político, chegando a ser prefeito da capital. Foi também professor do Liceu Alagoano, diretor da Caixa Comercial.

Nasceu em São Miguel dos Campos, Alagoas, no dia 24 de maio de 1866. Era filho de Antônio Jerônimo Marques e de Jucunda Catharina de Sampaio Marques. Faleceu em Maceió no dia 2 de julho de 1951

Beco do Barbeiro

Situado na Pajuçara. Depois foi Rua das Quixabas e é a atual Rua Firmino Vasconcelos. O Beco do Barbeiro foi, provavelmente o trecho desta via, com uma única saída, na esquina com a Rua Hermínio Barroca.

O farmacêutico sergipano Firmino de Aquino Vasconcelos foi prefeito de Maceió por três mandatos (de dois anos) entre 1913 e 1923. Faleceu em 14 de março de 1936 na cidade de Maceió,

Beco do Ariel

Foi Beco da Baiana na Ponta da Terra. O Beco e sua extensão atualmente formam a Rua Araújo Bivar.

O poeta e compositor alagoano Manoel Alves D’Araújo Bivar nasceu em 15 de novembro de 1885. Era filho de Américo Alves d’Araújo Bivar e Rita Leopoldina Martins de Bivar. Profissionalmente, era condutor de trens e como tal foi morar no Rio de Janeiro no fim da primeira década do século XX, onde faleceu em 5 de julho de 1925.

Outros becos de Maceió

Beco do Passos

Sua existência foi registrada em 1850. Não foi possível localizar o bairro.

Suvaco da Ovelha

Citado nos jornais em 1931, mas sua existência é anterior. Fica no bairro do Poço e ainda recebe essa denominação, mesmo sendo oficialmente a Rua Paraná, uma transversal da Rua Santos Ferraz.

Beco da Bosta

É a atual Rua Vitória, no Poço.  Inicia na Av. Walter Ananias, em frente ao SESC Poço, e vai até a Rua Silvério Jorge.

Pilão sem Boca

Pilão sem Boca ficava no antigo Ouricuri, atual São Sebastião

O Pilão sem Boca existiu, no mínimo, até 1947. É uma alça formada por duas ruas: trecho final da atual Rua João Lício Marques (já foi a Rua Bom Sucesso) e a Rua Miramar, no Prado, além da interligação entre elas.

Está inserido na área que já foi conhecida como Ouricuri, atual São Sebastião, no Prado.

Em 1917 foi citada a existência da Rua de São Lourenço no Pilão Sem Boca, na Levada. É possível que seja a mesma via, mas então identificada como sendo na Levada.

A Rua Bom Sucesso passou a ser a Rua João Lício Marques pela Lei nº 119, de 19 de abril de 1950.

Furna da Onça  

Citada em 1931. Sem localização.

Beco do Castola

Citado em 1931. Sem localização. Há registro da existência, em 1906, de um cidadão de nome Manoel Castola Filho, que naquele ano participou de uma atividade religiosa no Pontal da Barra.

Em 1909, sabe-se pelo Gutenberg que a “viúva do Castola” morava na Rua 1º de Março, atual Av. Moreira Lima.

Beco do Sururu

Citado em 1931 como tendo existido no passado de Maceió. Sem localização, mas provavelmente ficava na Levada ou em Bebedouro.

Beco das Vacas

Trecho da atual Rua Comendador Palmeira entre a Rua Saldanha da Gama e a Igreja de São Gonçalo, no Farol. Teve essa denominação até os primeiros anos do século XX.

Beco do Conforto

No Farol. Existiu até 16 de julho de 1953, quando recebeu a denominação de Rua Dr. Adalberto Marroquim por força da Lei nº 298.

Fica entre a Rua Afonso Pena e a Rua Desembargador Amorim Lima. Foi conhecida também como Rua da Munguba, por ter um pé de munguba plantado em seu leito.

Adalberto Affonso Marroquim era filho de Francisco Affonso Marroquim e de Sebastiana Maria da Conceição Areda. Nasceu no dia 12 de setembro de 1888 na região de Palmares, em Pernambuco.

Advogado, ocupou vários cargos públicos em Alagoas, entre eles o de Deputado Estadual. Faleceu no dia 10 de novembro de 1940, em Recife, com 52 anos de idade.

Beco do Bacalhau

Também conhecido como Vila Confiança. Sem localização.

Beco do Elefante

Na Ponta Grossa. Atual Rua Dr. Benon Maia Gomes, entre o Colégio Élio Lemos e a Rua Santa Fé.

A denominação de Beco do Elefante teria ocorrido após a morte de um desses animais pertencentes a um circo que ali se instalou. Foi enterrado no local que anos depois se transformou em uma via.

Benon Maia Gomes foi engenheiro agrônomo e funcionário público federal. Era filho do proprietário da Usina Campo Verde, em Branquinha.

Alguns antigos moradores do bairro contestam essa localização e história.

Localizam o Cemitério dos Elefantes como sendo o trecho da Rua do Ceará entre a Rua Formosa e a Rua Santo Antônio.

Essa denominação surgiu quando esse trecho ainda não tinha saída para a Rua Santo Antônio e a casa e vacaria do Coronel José Rodrigues ocupavam o local atualmente do primeiro trecho da Rua da Soledade.

Beco do Idelfonso  

No Pontal da Barra. É a atual Travessa Dr. Ernandes Bastos.

Beco do Gato

Ou Beco do Joaquim Gato. É uma transversal da Rua Coronel Meira na Levada.

Sua denominação homenageou Joaquim Glicério da Silva Gato, pai do coronel João Calheiros da Silva Gato.

Pode ser a atual Rua da Vitória ou o último trecho da Rua Augusta, que ligaria a Rua Coronel Meira ao Parque Rio Branco (continuação da Rua Cirilo de Castro).

Beco Gonçalves Dias

No Farol. Antigo Beco da Ingazeira e Beco dos Cachorros. Liga a Av. Tomaz Espindola à Rua Iris Alagoense. Atual Rua Gonçalves Dias.

Homenageia o poeta maranhense Antônio Gonçalves Dias, nascido em Caxias no dia 10 de agosto de 1823 e faleceu, em 3 de novembro de 1864.

Beco do Abacaxi

No Farol. Foi Rua da Harmonia. Atual Rua Radialista Odete Pacheco por força da Lei nº 2.025, de 25 de agosto de 1973.

A radialista Odete Pacheco de Albuquerque nasceu em Passo de Camaragibe, Alagoas, no dia 21 de março de 1926. Era filha de Manoel Amâncio de Albuquerque e Licínia Pacheco de Albuquerque. Faleceu em Maceió em junho de 1972.

Beco do Pau Ferro

É citado como tendo recebido a denominação de Rua Itambé, no Farol.

Beco da Mangueira

No Bom Parto. Foi Rua Saldanha Marinho. É a atual Rua Flávio Pereira Dantas Júnior (Lei nº 6.053, de 26 de setembro de 2011). Liga a Rua General Hermes à Av. Francisco de Menezes.

Beco do Cacarlos

Não foi possível localizá-lo. Sabe-se apenas que em meados do século XIX existiu em Penedo um cidadão de nome José Francisco de Borja Cacarlos.

Beco Novo

Foi Rua Bela Aurora no Farol e depois Rua Tamandaré. Não se identificou a denominação atual.

Beco da Padaria

Trecho da Rua Saldanha da Gama entre a Ladeira Geraldo Santos (da Rodoviária) e a esquina da Rua Comendador Palmeira, onde está a Padaria Brasília, antiga Padaria Santa Terezinha.

Beco do Quiabo

Av. Thomaz Espíndola, antigo Beco do Quiabo, com uma de suas primeiras grandes edificações, a casa de Serafim Costa

Depois foi Rua dos Lavradores, no Farol, quando o bairro ainda era conhecido como Alto do Jacutinga.

Recebeu a denominação de Av. Thomaz Espíndola por determinação da Lei Municipal nº 51, de 2 de março de 1889.

Thomaz do Bomfim Espíndola nasceu no dia 18 de setembro de 1830, em Maceió, Alagoas, e faleceu em 6 de março de 1889, às 22 horas, em sua residência na capital alagoana, vítima de uma congestão cerebral.

Era filho de Florêncio do Bonfim Espíndola e de Luzia Rosa do Bonfim Espíndola. Foi deputado provincial e geral, presidente interino da província, médico e jornalista.

Beco da Violeta

Uma antiga via do bairro do Poço.

Beco das Sete Facadas

Atual Rua Esmeraldino Marinho Spíndola Sobrinho, no Poço. Foi Rua Ubirajara até 1º de outubro de 1973, quando a Lei nº 2.056 definiu a atual denominação.

Beco do Sapo

Sem identificação do local.

20 Comments on Os becos da antiga Maceió

  1. Iremar Marinho // 29 de março de 2021 em 22:41 //

    José Bonifácio de Andrada e Silva era luso-brasileiro ou brasileiro? O texto dá como nascido em Santos-SP.

  2. Luís Veras Filho // 29 de março de 2021 em 23:08 //

    Adorei!

  3. Nireu Oliveira Cavalcanti // 30 de março de 2021 em 00:36 //

    Matéria maravilhosa ! Parabéns pelo registro fotográfico de grande qualidade estética e histórica.

  4. Olinio Coelho // 30 de março de 2021 em 08:48 //

    Belissima pesquisa. Parabéns.

  5. Iremar, até onde sei, José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu em Santos no 13 de junho de 1763. Luso-brasileiro era um cidadão que não escondia que era natural do Brasil, mas filho de portugueses. Com isso queria dizer que não brasileiro mestiço.

  6. Iremar Marinho // 30 de março de 2021 em 10:39 //

    Entendi, Ticianelli, minha dúvida é que o Brasil, antes de 1600, já era Estado do Brasil, logo que nascia aqui era brasileiro, mesmo que o país pertencesse ao Reino de Portugal.

  7. Hugo Forain Junior // 30 de março de 2021 em 11:07 //

    Parabéns. Mostra como o hoje dependeu do passado.

  8. Tulio Mariante // 30 de março de 2021 em 11:43 //

    Parabéns. Fiquei com muita vontade de conhecer Maceió.

  9. Luciaurea Oliveira Cavalcanti // 30 de março de 2021 em 13:07 //

    Caro Ticianeli, Mais uma pesquisa maravilhosa. E as fotografias!!!!!

    Na próxima vez que eu for aí, levarei impresso os becos que quero conhecer e olhar, mais uma vez, o antigo beco da Dias Cabral, caminho para meu Grupo Escolar D. Pedro II.

    Aqui no Rio temos o famoso historiador Milton Teixeira que promove passeio temáticos nos bairros da cidade, como o circuito art déco em Copacabana e vários no Centro.

    Seria maravilhoso se você fizesse o mesmo em Maceió. Eu sempre digo a amigos que adoram viajar para Maceió, que a cidade tem tudo para associar turismo de praia com turismo histórico.

  10. Obrigado pelo apoio, Luciaurea. Sobre os passeios, temos um projeto (Giro Maceió) em busca de viabilização. É a mesma ideia.

  11. A.Tarcisio ciríaco da silva // 31 de março de 2021 em 00:57 //

    Ticianelli. O Beco dos elefantes não se situa proximity ao Elio Lemos.o.Beco dos elefantes e o pedaço de rua entre a praca Santo Antônio e a Rua Formosa. Aquela que tem o posto na esquina e acompanha o riacho das Aguas Negra.

  12. A.Tarcisio, morei na Ponta Grossa e sempre achei o mesmo que você. O Jornal de Alagoas, de 4 de março de 1964, na última página, faz referência ao Beco do Elefante e, segundo a Gazeta de Alagoas de 16 de setembro de 1969, o Beco do Elefante passou a ser rua Dr. Benon Maia Gomes. Optei por usar essas informações, mas continuo a pesquisar para entender a existência destas duas localizações com o mesmo nome.

  13. Humberto Firmo // 30 de junho de 2021 em 23:18 //

    Maravilhosa pesquisa e tema. Que tal falarmos, no mesmo mote, das Ladeiras de Maceió?

  14. Ticianeli // 1 de julho de 2021 em 00:04 //

    Humberto, somos gratos pela indicação. Já estamos trabalhando nisso. Obrigado.

  15. Jose carlos cavalcanti // 25 de maio de 2022 em 17:51 //

    Haveria possibilidade de identificar a existência de um hotel com o nome de Hotel Estrela, nao sei o local, mas entre os hospedes a Conulesa da Chile era pessoa comentada por minha avó.

  16. Humberto Firmo // 6 de agosto de 2023 em 11:21 //

    Faltou o Beco da Rapariga em Jaraguá

  17. O Beco da Rapariga é uma denominação muito recente. Mas ele foi citado como Beco Manoel Isidoro. Atualmente é a Rua Rocha Cavalcante.

  18. Olá, bom dia!
    Procuro uma localidade chamada “bairro da Bica” em Maceió. Próximo haveria uma antiga igreja de Santa Rita de Cássia, onde funcionava também um convento que recebia crianças na roda dos enjeitados. Vocês teriam alguma informação? Muito obrigada!

  19. “Rua Desembargador Almeida Guimarães, antiga Rua do Jasmim”. Aqui mesmo numa outra postagem (https://www.historiadealagoas.com.br/nomes-de-ruas.html), vemos que quase 100 anos atrás, a “Comendador Almeida Guimarães” era a antiga Rua da Caridade. Curiosamente, em algum momento e por motivos até agora pra mim desconhecidos, a rua deixou de ser “Comendador” e passou a ser “Desembargador”, embora ainda existam placas antigas pregadas em muros de imóveis em esquinas referindo-a pelo antigo título. O que motivou a mudança? Foi um erro ou há alguma explicação?

  20. Anderson, não foi possível encontrar a lei que determinou essa denominação (é provável que seja de depois de 15 de junho de 1940, quando faleceu Américo de Almeida Guimarães no Rio de Janeiro). A lei que autorizou o seu asfaltamento a trata como Comendador Almeida Guimarães (era português), entretanto, o MAPS do Google a registra como “Desembargador Almeida Guimarães” (teoricamente eles têm como fonte os registros municipais). Pode ter sido um erro, considerando que desembargador é uma titulação da magistratura. Resolvemos adotar o “Comendador” e alteramos o texto.
    Agradecemos por sua colaboração.

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