Jacaré dos Homens e de Santo Antônio

A bela cidade de Jacaré dos Homens

A mais antiga citação encontrada por esta pesquisas sobre Jacaré, então um povoado de Pão de Açúcar, está no livro Geografia Alagoana de Thomaz Espíndola, edição de 1871. Por ela sabe-se que, naquela data o lugar já tinha uma capela dedicada a Santo Antônio.

Provavelmente, com reduzido número de habitações, considerando que Pão de Açúcar também ainda engatinhava em busca do seu desenvolvimento. Foi somente depois de 26 de fevereiro de 1815, quando a Fazenda Pão de Açúcar foi arrematada num leilão em Penedo, que os seus novos proprietários — Padre José Rodrigues Delgado e seus irmãos, capitão Salvador Rodrigues Delgado e Inácio Rodrigues Delgado — ampliaram os negócios ali realizados.

A partir daí, a antiga aldeia dos Urumaris foi ganhando projeção e passou a ser a Freguesia do Sagrado Coração de Jesus com autorização da Lei n° 227, de 11 de julho de 1853.

Em 3 de março do ano seguinte, Pão de Açúcar foi elevada, pela Lei Provincial nº 233, à categoria de Vila. Dias depois, o Decreto do Ministério da Justiça nº 1.366 (15 de abril de 1854) anexou o termo de Pão de Açúcar ao de Mata Grande. Passou a ser cidade somente em 18 de junho de 1877.

Possivelmente, nesse mesmo período começou a surgir um povoado na margem de um rio, que ficou conhecido como Jacaré. Não há informações suficientes para estabelecer quem primeiro foi batizado como Jacaré, se o povoado ou o rio.

No jornal “A Fé Christã”, de 1º de agosto de 1993, o Rio Jacaré já era citado: “Manuel de Jesus Bom, morador na ribeira do Jacaré, município de Pão de Açúcar, casou-se em 1840 com Rita Thomasia de Jesus Bom, contando ele com 50 anos e ela com 15 anos de idade. Tiveram 11 filhos, dos quais só restam 5 vivos. Os netos foram em número de 38, inclusive 13 que morreram; e os bisnetos 23, todos vivos. Manuel de Jesus Bom já fez 113 anos de idade e Rita Thomasia de Jesus Bom 78, e vivem bem tranquilamente na sua morada, esperando a sua feria”.

Como a capela de Jacaré invocava Santo Antônio, o lugar também ficou conhecido como Santo Antônio do Jacaré, como citam vários registros. Era integrante da Freguesia do Sagrado Coração de Jesus.

Praça José Teófilo da Silva em Jacaré dos Homens

Quando, em 10 de julho de 1883, os jornais anunciaram a criação da Cadeira de Ensino do sexo masculino pela Lei nº 921, o povoado foi mencionado somente como Jacaré. No dia 17 do mesmo mês, o vice-presidente da Província nomeou para ela, como efetivo, o aluno-mestre Ignácio de Moraes Liberal Sarmento, que era professor primário do Colégio Bom Jesus em Maceió.

Em 10 de março de 1885, após a transferência do professor Ignácio de Moraes Liberal Sarmento para Capela (sua família era de Atalaia), moradores de Jacaré publicaram um manifesto de agradecimento, elogiando-o pelo bom trabalho ali realizado. A relação dos que assinaram a nota pode ajudar a identificar parte dos habitantes de Jacaré naquele ano do século XIX: Miguel de Freitas Machado, Francisco de Freitas Machado, Manoel Antônio Machado, Leopoldo Gonçalves de Andrade, Agostinho José de Melo, Antônio de Maria Moreira, José Francisco Souto, Antônio Roberto de Melo, Luiz Gonzaga de Campos, Pedro Francisco Souto, José Leandro Correia de Araújo, Cesário Umbelino Silva, Manoel Vieira Dantas, Joaquim Mendes de Oliveira, Antônio J. de Campos Machado, José Alves Feitosa, Guilhermino Cordeiro Nunes, João Rodrigues de Souza, Antônio da Costa Leite, Antônio Manoel de Souza, Manoel Roberto de Mello, Antônio Thomás de Vilanova, Antônio Feitosa Souto, José Joaquim Alves Cajé, José Vieira Dantas e Pedro José de Melo.

O lugar é novamente lembrado somente como Jacaré por evento ocorrido no dia 15 de junho de 1884: “no povoado Jacaré, do município de Pão de Açúcar, concedera a Exma. Sra. D. Anna Maria da Soledade, esposa do Sr. Capitão José Barbosa da Costa, sete cartas de liberdade a seus escravos Margarida, Maria, Ignez, Feliciano, Honório, Luiz e Manoel da Costa” (Jornal do Recife de 18 de julho de 1884).

Foi no Jornal do Recife, de 29 de janeiro de 1885, que pela primeira vez essa pesquisa encontrou o povoado sendo citado como Jacaré dos Homens. Lamentavelmente em meio a uma notícia sobre a morte de um dos seus moradores.

Informava o jornal que no dia 20 de novembro de 1884, pela manhã, na “povoação de Jacaré dos Homens ou Santo Antônio de Jacaré”, João Pereira de Mello escolhia um chapéu na loja do sr. Pedro Francisco Souto, quando foi assassinado com um tiro de pistola de dois canos pelo subdelegado José Ferreira Barbosa. João Pereira de Mello ia casar-se naquela noite com a cunhada do subdelegado (o que terminou acontecendo quando já ferido e instantes antes da sua morte).

O atrito surgiu por divergência entre eles sobre a hora do casamento. Sentindo-se com autoridade para tal, José Ferreira Barbosa exigia que o casamento ocorresse ao meio-dia. O noivo disse que seria à noite, como já havia divulgado. Sentindo-se desrespeitado em sua autoridade, o subdelegado disparou contra João Pereira, que faleceu cinco horas depois.

Jacaré dos Homens voltou ser citado em 26 de fevereiro de 1890, quando o governador Pedro Paulino da Fonseca estabeleceu (Decreto nº 5) a reforma da instrução primária e secundária em Alagoas. Ao relacionar as localidades com cadeiras, e sua devida entrância, o documento legal mencionou “Jacaré dos Homens” como tendo uma cadeira masculina, de primeira entrância.

O Almanak do Estado de Alagoas de 1891 traz Jacaré ou Santo Antônio do Jacaré, em Pão de Açúcar, ao informar que ali tinha um distrito policial e o subdelegado era Cezario Umbelino da Silva. Seus suplentes eram: Manoel Antônio de Freitas Machado, Manoel Lourenço de Mello e Prudente de Mello.

Essa pesquisa não encontrou registros documentais sobre quando e por qual razão o local e o rio receberam a denominação de Jacaré. A história mais divulgada associa essa origem à existência de um jacaré no poço (Poço do Jacaré) de onde se retirava a água para o povoado.

Sobre o surgimento do povoado, existe uma versão que atribui o começo de tudo à expansão da Fazenda São Francisco, de propriedade de Domingos de Freitas Mourão, a partir de 1900. Os eventos descritos anteriormente anulam a possibilidade dessa data estar no início da história do município.

E quando foi que Jacaré passou a ser dos Homens? A citação mais antiga encontrada por esta pesquisa foi publicada num jornal em 29 de janeiro de 1885. Como o jornalista não se atreveria a criar esse nome, naquela data, é aceitável acreditar que antes dela o povoado já recebia essa denominação.

A tradição oral sustenta que os moradores e comerciantes de Jacaré, que faziam compras para suas famílias em Belo Monte e Penedo, honravam seus compromissos, sem falhas. Pagavam o valor estipulado na data marcada e por isso eram tidos como clientes exemplares, honestos. Assim, os homens de Jacaré passaram a ser referência e o povoado conhecido por ser a terra deles, dos Homens.

Por algum tempo, o lugar foi citado como Jacaré, Santo Antônio do Jacaré e Jacaré dos Homens. Aos poucos, Jacaré dos Homens ganhou a disputa para aparecer no registro de batismo dos seus moradores.

Chafariz em Jacaré dos Homens

Século XX

Nos últimos anos do século XIX e nos primeiros do XX, o algodão começou a ser produzido em larga escala no semiárido alagoano, trazendo riqueza e desenvolvimento para a região, a exemplo da indústria implantada na Vila da Pedra por Delmiro Gouveia a partir de 1903.

Jacaré dos Homens, nesse período, chegou a ser um grande produtor de algodão. Sabe-se que pelo menos uma máquina descaroçadora de algodão operava no lugar. Era explorada por José Alves Feitosa. E como por lá também circulava dinheiro oriundo do comércio do milho, o Estado ali instalou um agente fiscal, que em 1894 era José Ives da Silva.

Sinal de que o povoamento crescia foi dado pela festa de Santo Antônio, realizada em 13 de junho de 1906. Quem cantou a missa foi o Monsenhor José de Freitas, assistido pelo vigário José Omena. O sermão ficou ao encargo do padre Antônio Soares, de Belo Monte. Nesse dia comungaram 80 pessoas.

De sólida formação católica, Jacaré dos Homens deu a Alagoas, em 22 de outubro de 1909, o menino Jason Souto, que muitos anos depois foi sacerdote em Pão de Açúcar (20 de abril de 1947 a 6 de janeiro de 1953). Faleceu em 12 de dezembro de 1955.

Em 1925, a Prefeitura de Pão de Açúcar, na gestão de Augusto Machado, com a ajuda de particulares, abriu uma “estrada de Campo Alegre [Meirus] à povoação de Jacaré, tocando nos povoados Lagoa de Pedra, Retiro [Palestina] e Guaribas”. Esta obra foi citada na mensagem do governador Costa Rego à Assembleia Legislativa em 1926. Dois anos depois, foi construído o Açougue Municipal.

Nesse período, Jacaré dos Homens já se voltava com mais empenho para a pecuária leiteira, e como no semiárido o problema é e sempre foi a falta d’água, os produtores do lugar passaram a reivindicar a construção de um açude, considerando que o instalado em 1894, na administração do governador Gabino Besouro, já não mais existia.

Somente em maio de 1936, a Assembleia Legislativa autorizou a obra. Desmoronou 11 anos depois, em março de 1947.

Em 1952 o novo açude estava sendo planejado. O deputado Mendonça Braga foi quem anunciou o local para a obra em setembro daquele ano. Começou a ser construído pelo DNOCS no início do ano seguinte e concluído poucos meses depois. Tinha a capacidade para 567.000 m3 de água. Ficou conhecido como Açude Cooperativa.

Como a falta d’água prejudicava toda a chamada Bacia Leiteira de Alagoas, que crescia rapidamente, os projetos para a solução desse problema passaram a ser mais abrangentes. Quem primeiro atuou com essa visão foi o senador Rui Palmeira, que, a partir de 1951 começou a pleitear junto ao Governo Federal a utilização das águas do Rio São Francisco para o abastecimento da região.

Em 1962 já estava em elaboração o projeto para abastecer Bacia Leiteira de Alagoas com água do Rio São Francisco. Nesse primeiro esboço, beneficiaria Belo Monte, Jacaré dos Homens, Batalha, Major Isidoro, Olho D’Água das Flores, Santana do Ipanema, São José da Tapera e Olivença. O sistema transportaria as águas por 113 km.

Projeto Coletivo Para Abastecimento D’água da Bacia Leiteira de Alagoas, publicado em 1965 na revista Manchete

Em novembro de 1965, os jornais anunciavam que o “Projeto Coletivo Para Abastecimento D’água da Bacia Leiteira de Alagoas”, com seus dois ramais, estava em execução. O primeiro deles beneficiava os municípios de Belo Monte (onde haveria a captação d’água), Jacaré dos Homens, Batalha, Major Isidoro e Cacimbinhas. O segundo, a partir de Jacaré dos Homens atingiria Olho D’Água das Flores e Santana do Ipanema, com ramificações para Palestina, Monteirópolis, São José da Tapera, Carneiros, Olivença, Poço das Trincheiras e Maravilha.

Movimentaria 200 litros por segundo, com 2.000 HP de potência instalada, armazenando água em três reservatórios com capacidade total de 9 milhões e 500 mil litros d’água. A primeira etapa seria aprontada em 20 de janeiro de 1966, com a presença do presidente Castelo Branco. Toda a obra estaria concluída no início de 1967.

A tubulação da Adutora do São Francisco, que foi construída pela CASAL a partir de Belo Monte, chegou a Jacaré dos Homens no dia 15 de janeiro de 1966, mas somente em 1º de abril entrou em funcionamento e a água bombeada a 24 km de distância jorrou na cidade. Era o centro distribuidor do sistema.

Castelo Branco, que anunciou sua presença em Jacaré dos Homens para outra “inauguração”, esta em 12 de julho, não foi. Ficou em Maceió.

O jacaré na Praça José Teófilo da Silva

Os queijos e a manteiga de Jacaré dos Homens

Entre os produtos da Bacia Leiteira alagoana, sobressaíam os queijos e a manteiga fabricados em Jacaré dos Homens. Percebendo que esse produto poderia trazer divisas importantes para o Estado, o governador Álvaro Correia Pais visitou as suas fábricas, em setembro de 1930, e cobrou dos produtores melhorias na sua fabricação, para garantir melhores condições de comercialização.

Em meados da década de 1930, mesmo continuando a ser produtor de peles, couros, algodão e cereais, principalmente o milho, o queijo e a manteiga de Jacaré dos Homens indicavam que podiam trazer prosperidade para o distrito.

Depois de várias tentativas de captação de investimentos públicos para ampliar e melhorar a produção, em 1º de maio de 1942 os jornais anunciavam que estava para ser implantada uma fábrica de manteiga e queijos da Cooperativa de Lacticínios de Jacaré dos Homens. Seu custo estava orçado em 100 mil réis, incluindo o prédio. Naquela data já tinham adquirido o maquinário. Em fevereiro de 1943 a fábrica movimentava diariamente 2.400 litros de leite.

No final daquela década, com o apoio do governador Silvestre Péricles, Jacaré dos Homens recebeu uma moderna fábrica de laticínios. Em agosto de 1953, o Ministério da Agricultura anunciou que estava investindo na ampliação da “Usina de Lacticínios de Jacaré dos Homens”, aparelhando-a para produção em larga escala.

O anúncio tornava público que o Ministério tinha aberto licitação para a compra de dois tanques de aço inoxidável com capacidade de mil litros cada; dois esterilizadores duplos para limpeza dos vasilhames com jatos de água e vapor; instalação frigorífica; materiais para exames de leite, manteiga e queijo; desnatadeira elétrica para 2 mil litros por hora; maquinaria para a fabricação de queijo Parmesão.

Cemitério de Santo Antônio de Pádua em Jacaré dos Homens, Alagoas

Emancipação

A partir de 17 de setembro de 1949, Jacaré dos Homens foi elevado à categoria de Distrito Judiciário, por força da Lei nº 1.473. Seu território veio do Distrito de Alecrim. Continuava subordinado ao município de Pão de Açúcar. Essa mesma Lei também promoveu São José da Tapera a Distrito.

Em 1º de janeiro de 1950 foi instalado o Cartório do Registro Civil de Jacaré dos Homens. Essa foi a primeira grande conquista da antiga Santo Antônio do Jacaré na busca por sua emancipação política.

Estimulada pelo governador Muniz Falcão, no dia 19 de agosto de 1957 a Câmara Municipal de Pão de Açúcar realizou a primeira votação do Projeto de Lei nº 448, que desmembrava daquele município o distrito de Jacaré dos Homens, incluindo em seu território o povoado Retiro (Palestina), par elevá-lo a município. Na última votação, em 7 de novembro de 1957, houve a aprovação por unanimidade.

Dois dias depois, essa mesma matéria foi validada pela Assembleia Legislativa de Alagoas, que aprovou a Lei Estadual nº 2.073, de 9 de novembro de 1957, confirmando o desmembramento. A instalação somente se deu em 1º de janeiro de 1959, data comemorada como da emancipação.

Dias depois da aprovação da Lei que emancipou Jacaré dos Homens, a Lei Estadual nº 2.084, de 24 de dezembro de 1957 retirou de Pão de Açúcar o distrito de São José da Tapera, elevando-o também a município.

O povoado Retiro, que havia ficado com Jacaré dos Homens, foi elevado à categoria de município, com a denominação de Palestina, pela Lei Estadual nº 2469, de 27 de agosto de 1962.

Pela Lei Estadual nº 2090, de 28 de março de 1958, foi criado o distrito de Guaribas, com terras desmembradas do município de Jacaré dos Homens, e anexado ao município de Pão de Açúcar.

A Lei Estadual nº 2250, de 15 de junho de 1960, confirmado pela Lei Estadual nº 2.909, de 17 de junho de 1968, desmembrou do município de Pão de Açúcar o distrito de Guaribas. Foi elevado à categoria de município com a denominação de Monteirópolis.

Clube Municipal e o Grupo Escolar na Praça José Teófilo da Silva

Município de Jacaré dos Homens

Não foram fáceis os primeiros anos do novo município alagoano. Mesmo com a inauguração, no final de agosto de 1963, dos serviços de energia elétrica fornecidos pela CHESF, a partir de Paulo Afonso, a seca ainda fazia imensos estragos.

Antes do início do funcionamento da adutora em 1º de abril de 1966, com água captada em Belo Monte, uma lata d’água transportada do Rio São Francisco até Jacaré dos Homens era vendida por até Cr$ 50,00.

A situação do município era tão degradada e de difícil solução, que nas eleições de 1965 os seus 294 eleitores votaram no único candidato a prefeito, Antônio Figueiredo (UDN).

Em maio de 1970, durante nova seca, o então prefeito Francisco Dantas, em entrevista aos jornalistas Bernardino Souto Maior e Maurício Coutinho, revelou que o município, naquela data, já estava com o orçamento estourado.

Dantas apresentou aos repórteres um estudo sobre as causas da crise. Disse ele que em 1964/65 o litro de leite era vendido a 10 centavos, enquanto um quilo de carne bovina custava 20 cruzeiros.

Comparando aos preços de 1970, o leite tinha aumentado em 100%, e a carne somente em 60%, mas os salários dos trabalhadores cresceram 600% (nesse período o salário mínimo foi estendido aos trabalhadores rurais). Outros itens também cresceram acima do leite e da carne: Arame Farpado (700%), Grampos (800%), Farelo de Algodão (800%), além dos juros nos empréstimos (18%, ao ano) e do ICM (18%).

Toda a produção de Jacaré dos Homens era adquirida pela pernambucana Laticínio Santa Maria, pagando 18 centavos por litro de leite, efetivados 12 semanas após a entrega do produto.

Com a seca, a produção de leite também caiu assustadoramente. Se em 1969 se vendia 12 mil litros, em 1970 eram somente 2.800 litros.

Para enfrentar a miséria estabelecida pela seca, a Prefeitura montou frentes de trabalhos, normalmente em reparos de estradas, pagando 3 cruzeiros por dia para cada um dos 200 inscritos.

Jacaré dos Homens e a Igreja Matriz de Santo Antônio de Pádua

Cinco anos depois, Jacaré dos Homens, um dos municípios do Vale do Ipanema e da Bacia Leiteira, era citado entre os que tinham alcançado maior produtividade de leite no país. Eram sete litros/vaca/dia, enquanto a média nacional era de três litros/dia.

Os técnicos da Assessoria Econômica do Ministério da Fazenda, esse índice decorria da utilização de gado de melhor qualidade, das excelentes condições climáticas e da alimentação com a palma forrageira e torta de algodão. Isso permitia a produção de leite, mesmo na estiagem.

A palma forrageira foi levada para o semiárido alagoano ainda no início do século XX, mas o gado somente começou a melhorar quando, em 1955, chegaram na região 40 reprodutores holandeses.

Constatando que a Bacia Leiteira ainda não estava utilizando toda sua potencialidade, os técnicos apontavam a necessidade da industrialização do leite e anunciavam que estava sendo implantada pela Companhia Industrializadora do Leite de Alagoas – CILA, no município de Batalha, uma fábrica de leite em pó com capacidade para 150 mil litros/dia.

Atualmente, a maior empresa instalada em Jacaré dos Homens é a Investimentos Nordeste Ltda, com a criação de gado bovino para corte na Fazenda Lagoa da Vaca. INVESTNOR – INVESTIMENTOS NORDESTE LTDA INVESTNOR – INVESTIMENTOS NORDESTE LTDA

1 Comentário on Jacaré dos Homens e de Santo Antônio

  1. Claudio de Mendonça Ribeiro // 31 de outubro de 2023 em 16:18 //

    Muito grato, prezado Ticianeli, pela matéria publicada.

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