História do Banco Norte do Brasil S. A.

Av. Moreira Lima na década de 1940, com o Banco Norte do Brasil na esquina com a Rua do Comércio

Somente um século depois de criado o primeiro banco brasileiro, o Banco do Brasil S.A., fundado em 12 de outubro de 1808, foi que surgiu em Alagoas a sua primeira instituição bancária, o Banco do Estado de Alagoas.

Substancial parte do seu capital teve origem no famoso Empréstimo Francês de 1906, mediado pelo engenheiro José de Barros Wanderley de Mendonça. Essa operação se transformou em um dos maiores escândalos financeiros da história alagoana.

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Dessa fonte veio 1.000.000$000 para a capitalização do Banco do Estado de Alagoas, que foi criado em 1º de junho de 1909.

Para se ter uma ideia da importância desse empreendimento, o Banco do Brasil somente inaugurou uma filial em Maceió no dia 16 de julho de 1916 e a agência do London & River Plate Banck, futuro Banck of London & South América Ltd., entrou em funcionamento no dia 22 de março de 1920. O Banco do Estado de Alagoas foi transformado, em 11 de novembro de 1915, no Banco de Alagoas.

Banco Norte do Brasil

Em 15 de junho de 1925 foi criada em Alagoas a Sociedade Anônima Banco Norte do Brasil com um capital de 1.500:000$000. Cumprindo o que determinava a legislação da época, o governador Costa Rego assinou, em 20 de agosto de 1925, o Decreto Estadual nº 1.135, concedendo-lhe isenção de impostos estaduais por 20 anos.

Anúncio no Diário de Pernambuco de 7 de novembro de 1933

Em agosto já tinha sido feito o depósito de 50% do capital subscrito (750.000$000), conforme exigia a legislação.

O Banco somente foi instalado em 7 de dezembro de 1925, após receber em outubro a carta de autorização do Ministério da Fazenda. Ocupava um prédio construído para esse fim na Rua Dr. Rocha Cavalcante, 383 (Rua do Comércio), esquina com a Rua 1º de Março, onde já se abria uma “nova Avenida”, a futura Av. Moreira Lima.

Nesse local, que foi conhecido como “Quatro Cantos”, funcionou a loja de tecidos do português Joaquim Antônio de Almeida (casou-se com Amalia de Vasconcelos Mendonça em 1894) e de João Licio Marques Junior, casado com Maria de Almeida Guimarães e pai de João Lício de Almeida Marques, o primeiro presidente do Banco.

No mês seguinte à abertura do banco foi publicado o balancete, revelando que foram descontados 200 contos e depositados mil contos.

A sua primeira diretoria foi assim composta: diretor presidente, coronel João Lício de Almeida Marques; diretor secretário, dr. Demócrito Gracindo; diretor gerente, coronel Raul de Britto. O Conselho Administrativo contava com o comendador Gustavo Paiva, Domingos Mello e Fazzio Sobrinho.

Quando o banco entrou em funcionamento, o ambiente político e bancário em Alagoas não vivia seu melhor momento. Costa Rego, que assumiu o governo em 12 de junho de 1924, se afastava do seu correligionário Fernandes Lima e abertamente também “abandonava” o Banco de Alagoas, que tinha no ex-governador um forte patrono.

Resultado desses desentendimentos, esse Banco pioneiro começou a dar sinais de instabilidade administrativa, culminando com o pedido de falência em 9 de julho de 1926, solicitada pelo próprio banco e decretada no dia 16 de julho pelo juiz de Direito da 1ª Vara da Capital.

Nesse mesmo período dava os primeiros passos o Banco Central de Crédito Agrícola de Alagoas, pensado por Costa Rego e fundado em 25 de julho de 1927. Entrou em funcionamento no dia 17 de janeiro de 1928 com um capital de 200 contos.

Primeira crise do Banco Norte do Brasil

Com a notícia da falência do Banco de Alagoas, solicitada no dia 9 de julho de 1926, uma sexta-feira, o Banco do Norte do Brasil sofreu, na segunda-feira, 12 de julho, “uma corrida” (clientes em pânico corriam à agência para sacar seus depósitos).

Com apenas um ano de existência, a instituição suportou a “corrida” e conseguiu atender a todo mundo, inclusive prorrogando o horário de funcionamento. Ao demonstrar esse fôlego, saiu extremamente fortalecido.

Para ter liquidez, o banco contou com o socorro de várias firmas do Estado, que fizeram depósitos emergenciais. Essa demonstração de solidez surpreendeu a muita gente, que passou a prestar mais atenção aos sócios daquela instituição.

Loja Quatro Cantos na esquina da Rua do Comércio com a antiga Rua 1º de Março, futura Av. Moreira Lima, local que ficou conhecido como “Os Quatro Cantos”

Principais sócios e origem do capital

O primeiro presidente do Banco do Norte do Brasil foi o pernambucano João Lício de Almeida Marques.

Seu avô, o português João Lício Marques, foi comerciante em Recife por décadas. Os registros mais antigos sobre ele são de 1865. Era proprietário de imóveis e comercializava com açúcar. Em abril de 1871, voltou a ser citado quando foi a leilão a massa falida da firma Marques, Barros & Cia. (o “Barros’ era de Francisco João de Barros Júnior).

Após justificar que a falência da firma foi devido a um infortúnio, conseguiu a reabilitação do seu nome perante a Junta Comercial em novembro do mesmo ano. No mês seguinte já funcionava a João Licio & Filho, comercializando açúcar.

Dividia a empresa com seu filho João Licio Marques Junior. Há informações sobre a existência de uma filha de nome Maria.

João Licio Marques faleceu em 19 de junho de 1874, vítima de congestão cerebral. Tinha 59 anos de idade e já era viúvo.

A partir de dezembro de 1874 a firma passou para o filho com a denominação de João Licio & Cia.

João Licio Marques Junior teve rápida ascensão nos negócios e em 14 de agosto de 1880 foi nomeado pelo Ministério da Fazenda como membro do Conselho Fiscal da Caixa Econômica e Monte de Socorro da Província de Pernambuco, como noticiou o Jornal do Recife. Ocupou ainda a secretaria dessa instituição e em 16 de abril de 1883 foi demitido.

No ano seguinte seu nome surgiu como sendo o vice-presidente da Associação Comercial Agrícola de Pernambuco.

Após a publicação, em março de 1882, dos proclames para o seu casamento com Maria de Almeida Guimarães, em 5 de maio deste mesmo ano solicitou à Junta Comercial de Pernambuco que constasse em “registro público escritura anti-nupcial e de dote que celebrava com D. Maria de Almeida Guimarães, da cidade de Maceió, com assistência de seus pais [dela] José Antônio de Almeida Guimarães e sua mulher D. Maria Coutinho de Almeida Guimarães”.

A partir de 1884 surge nos jornais de Recife a firma João Licio & Irmão. Manoel Lício Marques era o irmão citado na empresa.

O primeiro filho do casal foi João Lício de Almeida Marques, que nasceu em 14 de fevereiro de 1884.

No dia 24 de julho de 1885 uma nota no Jornal de Recife informou que João Lício Marques e família estavam seguindo para Maceió pelo vapor Bahia, onde iriam residir. Já tinham também uma filha, Maria Antonietta de Almeida Marques.

Em Maceió. João Lício Marques passou a ser o chefe da firma comercial de tecidos João Lício, Almeida & Cia., estabelecida na Rua do Comércio no local conhecido como “Quatro Cantos”, o cruzamento das atuais Av. Moreira Lima e Rua do Comércio.

João Lício Marques faleceu em 19 de fevereiro de 1892. A viúva, Maria de Almeida Guimarães, voltou a casar e foi morar na Itália, em uma propriedade rural, com Carlos Bertholini, onde faleceu a filha Maria Antonietta de Almeida Marques alguns dias antes de 16 de novembro de 1906, data em que a informação chegou a Alagoas.

Demolição da loja Quatro Cantos na esquina da Rua do Comércio com a antiga Rua 1º de Março para a ampliação da rua e construção do Banco Norte do Brasil

Família Almeida Guimarães

João Licio Almeida Marques permaneceu em Maceió aos cuidados dos tios e tias. Sabe-se pouco sobre sua formação, mas em 1895 estudava na Faculdade de Direito em Recife e em outubro de 1899 estava voltando da Inglaterra, onde foi completar seus estudos. Veio acompanhado por seu tio Horácio de Almeida Guimarães, que passou quatro anos na Europa em estudos médicos.

Herdeiro do rico patrimônio do pai, em 1906, com 22 anos de idade, João Licio Almeida Marques era sócio da Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos e, dois anos depois tem seu nome citado como “interessado” da casa comercial Almeida Guimarães & Cia. e como acionista da Companhia das Águas de Maceió.

Em 1910 era um dos sócios da Companhia Progresso Alagoano e fazia parte da comissão fiscal da diretoria da Companhia Transportes Marítimos.

Em 14 de março de 1908 casou-se com a prima Noemi Almeida de Carvalho (passou a ser Noemi de Carvalho Almeida Marques), filha do comendador Tibúrcio Alves de Carvalho e de sua tia Ismênia de Almeida Guimarães (casada passou a ser Ismênia de Carvalho. Faleceu em 22 de agosto de 1917 no Rio de Janeiro). Tiveram uma única filha em 14 de agosto de 1909: Carmen Lício Marques.

A família Almeida Guimarães se estabeleceu em Maceió a partir do casamento do português José Antônio de Almeida Guimarães (filho de Antônio José de Almeida e de Maria Josefa de Almeida) com Maria Lima Coutinho de Almeida Guimarães (filha de José da Cunha Coutinho e Maria Roza da Pureza Coutinho).

O português José da Cunha Coutinho era comerciante em Maceió, onde faleceu em 15 de julho de 1873.

José Antônio de Almeida Guimarães tem registros de sua atividade comercial encontrados no Rio de Janeiro e também em Recife, onde um jornal noticia que em 1860 já tinha falido duas vezes.

Não foi possível determinar com exatidão o início das suas atividades em Maceió, mas pelo registro de nascimento dos filhos, em agosto de 1858 já estava estabelecido nesta capital.

Esta é a relação de filhos e filhas de José Antônio de Almeida Guimarães e de Maria Lima Coutinho de Almeida Guimarães, com as respectivas datas e locais de nascimento:

1. Maria de Almeida Guimarães – nasceu em 4 de agosto de 1858 em Maceió.

2. Marianna de Almeida Marques – nasceu em 30 de maio de 1860 em Maceió. Casou-se com Manoel Joaquim Duarte Guimarães.

3. Rosa de Almeida Guimarães – nasceu em 29 de agosto de 1861 em Maceió

4. José de Almeida Guimarães – nasceu em 1º de março de 1863. Casou-se com Maria de Aguiar Guimarães. Faleceu tragicamente em 14 de junho de 1894, quando caiu ao mar em Recife, no cais da Companhia Pernambucana.

5. Hermelinda de Almeida Guimarães (casada passou a ser Hermelinda de Almeida Soares de Souza) — nasceu em 20 de setembro de 1864 em Maceió e faleceu em 11 de abril de 1953 no Rio de Janeiro. Casou-se com Tancredo Soares de Souza.

6. Américo de Almeida Guimarães – nasceu em 28 de outubro de 1865 em Maceió e faleceu em 15 de junho de 1940, no Rio de Janeiro. Casou-se com Elisa de Carvalho Almeida Guimarães.

7. Ismênia Almeida de Carvalho – nasceu em 15 de dezembro de 1866 em Maceió. Casou-se com o desembargador Tibúrcio Alves de Carvalho.

8. Horácio de Almeida Guimarães – nasceu em 2 de fevereiro de 1869 em Maceió.

9. Adolpho de Almeida Guimarães – nasceu em 30 de janeiro de 1871 – Maceió.

O prédio sede do Banco do Norte do Brasil foi construído em 1925

Firmas e sociedades de Almeida Guimarães

José Antônio de Almeida Guimarães, em fevereiro de 1869, constituiu a firma Almeida Guimarães & Novaes em sociedade com seu sobrinho José Antônio de Almeida Novaes. Em julho de 1878 houve o destrato por falecimento, em junho de 1878, deste último.

Nesse mesmo ano era o presidente da Associação Comercial de Alagoas.

Em 1883 surgiu a Almeida Guimarães & Cia, com os sócios José Antônio de Almeida Guimarães, José de Almeida Guimarães (filho) e Manoel Francisco Alves de Miranda (genro). O capital era de 810$000.

Quatro anos depois a Almeida Guimarães & Cia tinha mais um sócio, Américo de Almeida Guimarães (outro filho) e o capital já era de 574:156$240.

Em agosto de 1890, quando Francisco de Paula Leite e Oiticica anunciou para todo o Brasil a criação do Banco do Estado de Alagoas, o que não chegou a se concretizar, a diretoria era composta por ele, por Justino da Silva Torres e por Tibúrcio Alves de Carvalho, genro de José Antônio de Almeida Guimarães, que também participava do empreendimento presidindo o Conselho Fiscal.

José Antônio de Almeida Guimarães faleceu em 11 de julho de 1893, quando era presidente da Assembleia Geral da Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos e o maior acionista da empresa situada em Rio Largo.

Quando da partilha dos seus bens, soube-se que acumulava uma fortuna de 1.008:000$000. Sua esposa, Maria Coutinho de Almeida Guimarães, faleceu em 1897.

Em 30 de dezembro de 1893, Américo de Almeida Guimarães dissolveu a sociedade com Manoel Francisco Alves Miranda na firma Almeida Guimarães & Cia. e, a partir de 1º de janeiro de 1894, colocou como sócio solidário seu irmão Adolpho de Almeida Guimarães e, como comanditária, sua mãe Maria Coutinho de Almeida Guimarães.

Foi nesse ambiente familiar que João Lício Almeida Marques se iniciou nos negócios, com investimentos em vários empreendimentos e na sua firma, a Almeida Marques & Cia.

Além dos negócios, João Lício participava ativamente da vida social da cidade, tendo apoiado decisivamente a campanha para a fundação do Orfanato São Domingos, onde foi presidente, e também dirigiu o Clube de Regatas Brasil.

Na década de 1920, residia na Rua da Conceição no bairro da Pajuçara, atual Av. Dr. Antônio Gouveia.

João Lício faleceu, vítima de lesão hepática, no dia 1º de agosto de 1927 em Gerez, Portugal, para onde tinha ido um mês antes em busca de tratamento. Esteve à frente do Banco Norte do Brasil por apenas dois anos.

Demócrito Gracindo, sua esposa Argentina e os filhos Epaminondas e Pelópidas, futuro Paulo Gracindo

Demócrito Gracindo, o diretor secretário do Banco

Demócrito Brandão Gracindo nasceu no Engenho Boa Sorte, em Viçosa, Alagoas, no dia 28 de abril de 1884. Era o segundo filho do coronel Epaminondas Hipólito Gracindo e de Maria Brandão Gracindo. Seu pai foi também advogado e político influente em Alagoas.

Deputado federal e provincial, senador estadual, Epaminondas Hipólito Gracindo era membro superior da Guarda Nacional, tendo chegado ao posto de Coronel-Comandante. Foi também Intendente de Viçosa entre 1893 e 1900, onde ocupou os cargos de Delegado Literário (Inspetor de Ensino Primário), Tesoureiro da Fazenda e presidente da Câmara Municipal. Era filho de Inácio Hipólito Gracindo, que ocupou o mandato de deputado provincial em Alagoas nas legislaturas entre 1840 e 1853.

Demócrito Brandão Gracindo casou-se em 1908 com Argentina Passos Guimarães, que passou a se chamar Argentina Guimarães Brandão Gracindo — filha de Américo Guimarães Passos (despachante da Alfandega e comerciante) e de Afra Amorim Guimarães —, com quem teve, em 16 de julho de 1911 no Rio de Janeiro, o filho Pelópidas Guimarães Brandão, que viria a ficar conhecido como o ator Paulo Gracindo.

Demócrito Gracindo faleceu 56 dias após seu sócio João Lício. Estava internado na Casa de Saúde Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, onde morreu às 16h30 do dia 25 de setembro de 1927. Tinha 44 anos de idade.

Em Maceió, logo após a notícia do seu falecimento, todas as repartições estaduais e municipais fecharam suas portas e hastearam o pavilhão em sinal de pesar.

Vinha enfrentando a sua diabetes há muitos anos. Seu médico se recusava a tratá-lo com insulina por não ter certeza de sua eficácia. Demócrito, por sua conta, comprava a medicação, rara na época, e injetava no seu braço. Sabia os males que a doença lhe provocava e dizia que andava de braços dados com a morte.

Advogado renomado, atuou, em 1922, na acusação contra os indicados como assassinos do industrial Delmiro Gouveia, com quem tinha aproximação.

Raul de Britto, o piloto português Saccadura Cabral e João Lício de Almeida Marques a bordo do cruzador “República” no porto de Maceió. Fotografia publicada no Jornal de Recife 22 de agosto de 1922

O gerente Raul Britto

Filho de tradicional família pernambucana, Raul Augusto Correia de Britto nasceu em 16 de maio de 1878 e faleceu em Recife no dia 19 de abril de 1940.

Era filho de Honório Hermetto Correia de Brito, um bacharel em Direito que foi promotor público em Barreiros-PE e Juiz municipal em Goiana-PE, e de Zulmira Augusta Silveira de Britto, que nasceu em 1855 e faleceu em 1º de abril de 1890, vítima de Beribéri. Casaram-se em outubro de 1874.

Honório Hermetto Correia de Brito era filho de Floriano Correia de Britto e de Anna Cândida de Albuquerque Martins de Britto. Zulmira Augusta Silveira de Britto era filha de Joaquim José Silveira e de Bibiana Augusta de Albuquerque Martins Silveira.

Não foi possível identificar a formação de Raul Britto, mas sabe-se que em dezembro de 1892 concluía a 4ª série do ginasial no Instituto 19 de Abril em Recife.

Sua relação com Alagoas se dá a partir do seu casamento com Nathalia Regina Carneiro Tiririca de Brito (nasceu em 20 de fevereiro de 1888 e faleceu em 12 de maio de 1985 no Rio de Janeiro, aos 97 anos de idade).

Nathalia era filha do major Manoel Fabriciano Carneiro Tiririca (comerciante e agricultor bem-sucedido em Alagoas, foi um dos diretores da Companhia União Mercantil e diretor do Sindicato Agrícola de Alagoas. Faleceu em 7 de julho de 1918) e de Amélia Cascaes Tiririca.

Raul e Nathalia tiveram três filhos: Roberto; Regina Britto de Azevedo (nascida em 1916 em Maceió, faleceu no Rio de Janeiro em 30 de agosto de 1991 aos 75 anos de idade. Era desquitada e não deixou filhos); e outro filho não identificado pela pesquisa.

Raul Correia de Britto tinha os seguintes irmãos:

1 – Adelmar Augusto Correia de Britto, nasceu em 8 de julho de 1891 e faleceu em 5 de março de 1962 aos 73 anos de idade. Era casado com Virgínia Garcia Correia de Britto. Tiveram pelo menos uma filha de nome Ida Freire Britto.

2 – Zorayda Correia de Brito, que faleceu solteira em Recife em 17 de julho de 1925, com 40 anos de idade.

3 – Maria Augusta Correia de Britto Iona – mais conhecida como Marietta. Faleceu em 7 de agosto de 1925, aos 48 anos de idade. Estava em Trieste na Itália e era casada com o italiano Lionello Iona. Casaram-se em dezembro de 1899, em Recife.

4 – Olga Lino Correia de Britto (Olga de Britto Lins), casada com negociante de Recife Daniel Freitas Lins (este faleceu em 12 de fevereiro de 1963). Foi encontrado o registro de uma filha de nome Celia, mas sabe-se que tiveram outros filhos.

5 – Izaura Correia de Brito (Nenem). Nasceu em 16 de dezembro de ano não identificado e faleceu em 27 de agosto de 1932.

6 – Djalma Correia de Britto, que nasceu em 1º de março de 1890 em Recife

O nome de Raul Britto passou a ser conhecido em Alagoas ainda na primeira década do século XX, quando investiu em vários negócios e participou ativamente da vida social da cidade.

Foi um dos fundadores, no sábado, 2 de novembro de 1907, em Jaraguá, do Club Internacional de Regatas. A diretoria eleita foi a seguinte: presidente, Lionello Iona; vice-presidente, Manoel Isidoro Ramires; 1º secretário, Raul Britto; 2º secretário, Eduardo Lima; tesoureiro, Antonio Bessa; diretor de regatas, José Alípio Goulart; subdiretor de regatas, Agostinho Costa Filho.

No final de janeiro de 1917, ele e Hypólito Paurílio compraram o Cinema Floriano, na Rua do Comércio, futuro Cinearte e Cine São Luiz.

Foi ainda presidente do Clube de Regatas Brasil, o CRB, entre 1920/25 e 1930/31. Em janeiro de 1922 foi indicado presidente da Associação dos Cronistas Desportistas de Alagoas.

Em seu livro Rio Largo Cidade Operária, Arnaldo Paiva Filho, neto de Gustavo Paiva, destaca Raul Britto como uma das pessoas que mais influenciou o seu avô e que tinha o seu nome fortemente associado ao Banco Norte do Brasil.

Seu nome também aparece como um dos sócios da firma Iona & Cia, como veremos mais adiante.

Lionello Iona

Lionello Iona, o sócio principal

Filho de Elda Iona, nasceu em 29 de março de 1865 em Trieste, na Itália. Não foi possível determinar quando chegou ao Brasil, mas no início do século XX, fazia parte, com seu amigo também italiano Guido Ferrário, da Sociedade Italiana de Beneficência e Repatriação em Recife.

Sua relação com Alagoas tem início em março de 1901, após a junta comercial de Recife registrar o contrato de Lionelle Iona e John Krause (Iona & Krause) “para o comércio de gêneros de produção de país, nesta cidade [Recife], com o capital de 500:000$000”.

Era na verdade uma firma de Delmiro Gouveia que substituía a sua falida Silva, Cordeiro & Cia.

Além dos que deram nome à empresa e Delmiro, participavam dela também Guido Ferrário e Luiz Bahia como sócios interessados. Utilizando de um recurso do Código Comercial, Delmiro Gouveia era o único árbitro do contrato e suas decisões eram impositivas. Na forma da lei, continuava como sócio comanditário, mas na prática era quem mandava na empresa.

Ao mudar-se para Alagoas no final de outubro de 1902, Delmiro Gouveia voltou a prosperar retomando as exportações para os Estados Unidos e a Europa. Contava então com o apoio financeiro da firma J. H. Rossbach.

Assim, levou para Jaraguá, em Maceió, a “sua” Iona & Krause, que logo foi dissolvida e substituída pela firma Iona & Cia., constituída em 16 de março de 1907 por Lionello Iona e Guido Ferrário — estes sócios interessados — e Delmiro Gouveia.

A Iona & Cia era responsável pelo fornecimento de peles e couros de todo o Nordeste para a Vila da Pedra, atual Delmiro Gouveia, onde eram tratadas, enfardadas e despachadas para o porto de Maceió, via o Rio São Francisco, de onde eram levadas para os Estados Unidos, Europa ou Sudeste do Brasil.

Nos jornais, a firma anunciava que comprava “peles, couros, algodão, mamona e todos os gêneros de produção sertaneja”.

Lionello Iona era casado (dezembro de 1899 em Recife) com Maria Augusta de Britto Iona. Irmã de Raul Correia de Britto.

Quando foi realizada a primeira Assembleia Geral da Companhia Agro Fabril Mercantil, em 18 de maio de 1912 no escritório de John Krausé em Recife, estiveram presentes:

Lionello Iona (ele e a Iona & Cia), Guido Ferrario (também representando Balthasar de Albuquerque Martins Pereira), Luiz Bahia, Joaquim Gomes Coimbra, Delmiro Augusto Cruz Gouveia, Adolpho Tacio da Costa Cirne, Raul Britto (também representando Oswaldo Gouveia de Carvalho e Adolpho Santos) e John Krausé. Esse grupo de investidores representava mais de dois terços do capital social da firma.

A participação da Iona & Cia. na sociedade somente foi aceita na segunda assembleia, realizada em 8 de junho de 1912, após uma comissão analisar as condições propostas.

O relatório da comissão concluiu que a Iona & Cia tinha então um capital avaliado em 150:000$000 (cento e cinquenta contos de réis), por ter benefícios conseguidos em Alagoas com os decretos nº 499 de 29 de setembro de 1910 (terras secas e devolutas existentes no município de Água Branca, Alagoas), nº 503 de 30 de novembro de 1910 (isenção de impostos estaduais e municipais de uma fábrica de linha) e nº 520 de 12 de agosto de 1911 (utilização de força hidroelétrica e transmissão de energia elétrica para todo o Estado de Alagoas).

Esse parecer, aprovado por unanimidade, foi assinado por Julius von Sohsten, Rodolpho Silveira e Carlos Alberto Burle.

Com esse capital, a Iona & Cia, que havia se comprometido a aportar 400:000$000, teria que depositar nos cofres da empresa mais 250:000$000 em dinheiro.

A primeira diretoria eleita foi a seguinte: presidente, Balthasar de Albuquerque Martins Pereira; secretário, Guido Ferrario; tesoureiro, John Krausé; fiscais, Luiz Bahia e Joaquim Gomes Coimbra; suplentes dos fiscais, Oswaldo Gouveia de Carvalho, Juvêncio Lessa e João Cândido Duarte.

Foi essa diretoria que propôs e aprovou a compra das instalações hidroelétricas que a Iona & Cia construía em Água Branca. Por proposta de Iona Lionello a companhia autorizou ainda a emissão de obrigações preferenciais até 500:000$000, remuneradas com juros anuais de 8%.

Cinco anos depois, mais precisamente na noite de 10 de outubro de 1917, Delmiro Gouveia foi abatido por três tiros, pondo fim a uma vida agitada e iniciando uma história de versões sobre o que motivou o seu crime.

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A partir de então, o poder de Lionello Iona sobre os destinos da Companhia Agro Fabril Mercantil passou a ser dominante. Ele fora escolhido por Delmiro Gouveia, ainda em vida, seu testamenteiro e inventariante.

A gestão do judeu italiano sobre os bens de Delmiro era acompanhada de perto por parentes do falecido, como foi revelado em uma nota publicada em 19 de fevereiro de 1925 no Diário de Pernambuco, pelo engenheiro Clovis S. da Nóbrega, casado com uma das filhas de Delmiro.

Informava o texto que, pelo testamento de Delmiro Gouveia, das 4.000 ações ao portador que formavam a Companhia, 2.544 eram dele [Delmiro], além de ter emprestado quase três mil contos de réis à empresa com juros de 12% ao ano.

Denunciava que na abertura do inventário, Lionello Iona declarou que somente encontrou 2.276 ações. 268 a menos.

Além disso, realizaram uma assembleia fictícia e elevaram o capital social da empresa de dois para três mil contos e emitiram debentures no valor de mil contos, todos adquiridos pelos sócios estrangeiros.

Segundo o engenheiro Clovis S. da Nóbrega, essa autorização foi chancelada pelo tutor dos filhos menores de Delmiro, que depois tornou-se presidente da companhia, recebendo honorários cinco vezes maiores que o estabelecido pelos estatutos.

Assim, os herdeiros de Delmiro (Noé, Noêmia e Maria), que em 5 de junho de 1921 embarcaram para estudar na Europa (Southampton), deixaram de ser proprietários da maioria das ações da empresa.

Após os filhos adquirirem maior idade, Lionello Iona, o testamenteiro, tentou adquirir deles a “plena e geral quitação” sobre sua gestão. Foi pedido a ele a exibição dos livros e arquivos da companhia para averiguação. Não apresentou e o caso foi parar na Justiça, nas mãos do juiz, dr. Adolpho Cyriaco.

O denunciante revelou ainda que os herdeiros também foram prejudicados na Iona & Cia., que recebeu empréstimos de Delmiro, o “Cia.” da firma e presidente. Esse dinheiro também desapareceu.

Os filhos foram excluídos desta firma sem qualquer registro em ajuste formal, como exigia o testamento. O novo contrato após a morte de Delmiro manteve somente os nomes de Lionello Iona e Guido Ferrário, que eram até então sócios interessados. Essa exclusão se deu em junho de 1923, após o falecimento de Guido Ferrario. Um acordo entre Raul Britto e Lionello Iona reposicionou suas participações na Iona & Cia.

Citou ainda que o juiz de Água Branca, em Alagoas, arbitrou a vintena dos testamenteiros em 3% sobre metade da fortuna inventariada. Dois anos depois, o dr. Demócrito Gracindo, com procuração do tutor Balthazar Albuquerque Martins Pereira, “em nome dos menores” requereu ao juiz que a dita vintena fosse elevada para 3% sobre o total, o que foi concedido.

Sede do Banco Norte do Brasil no início dos da década de 1980, ocupado pelo Banco Nacional

Independente das acusações contra Lionello Iona terem procedência ou não, quando foi afastado da direção da Companhia Agro Fabril Mercantil em 1924, já era um homem muito rico.

Deixou a Vila da Pedra em 9 de março de 1924 e foi morar com a esposa num palacete que mandara construir na antiga Estrada de Parnameirim (depois Av. 17 de Agosto), em Recife.

A nova diretoria da empresa foi eleita em 15 de abril de 1925: Thomaz Lobo, diretor-presidente; Oswaldo Gouveia de Carvalho, diretor-secretário; e Taurino Batista, diretor-tesoureiro.

No dia 31 de maio de 1925, Lionello Iona embarcou em Recife com destino à Itália, acompanhado da esposa Maria Augusta de Britto Iona, Marietta, que faleceu em Trieste no dia 7 de agosto de 1925, aos 48 anos de idade. Não deixou filhos.

Leonello Iona voltou a casar, desta feita com Antonieta Rossi, com quem já tinha, provavelmente, o filho Leonello Iona Filho.

Novos investimentos de Lionello Iona

Em 1924, após deixar a Vila da Pedra, Lionello Iona participou em Recife das primeiras iniciativas para a constituição da firma “Italonovo Brazil”. Destinava-se a promover o desenvolvimento de intercambio de artigos e produtos italianos com os do norte e nordeste brasileiro.

O capital inicial proposto era de 500:000$000, com metade desse valor sendo reservado para pessoas ou firmas italianas estabelecidas no norte do Brasil. Um quarto desse capital viria de pessoas ou firmas não italianas estabelecidas nessa mesma região. O outro um quarto foi reservado para pessoas ou firmas italianas ou de qualquer outra nacionalidade, estabelecidas na Itália.

A sede social seria em Recife. Os incorporadores em Pernambuco foram os seguintes: Banca Francesa e Italiana per l’America del Sud; firma Pinto Alves & Cia; Lionello Iona; firma Giola Irmão & Cia; firma Rafaele Abenante; e a firma E. Santoro & Companhia. De Salvador, Bahia, participou a firma Scaldaferri & Irmãos. (fonte: Brazil Ferro Carril).

No dia 15 de setembro de 1925, após voltar da Itália onde a esposa faleceu, Lionello Iona e Raul Britto registraram o distrato da firma comercial Iona & Cia, como publicou em seu expediente a Junta Comercial daquele dia. Lionello Iona saiu com 150:000$000 e Raul Britto com 50:000$000.

Quando, em 15 de junho de 1925, foi criada a Sociedade Anônima Banco Norte do Brasil, parte considerável do seu capital de 1.500:000$000 foi assinado por Iona Lionello.

Uma procuração de Lionello Iona para o dr. Demócrito Gracindo vender sua casa em Recife foi registrada em Cartório de Trieste em 13 de outubro de 1926, indicando que naquela data ele já estava na Itália novamente. No final do documento enviado ao Brasil está escrito: “Visto por legalização da assinatura do Senhor Lionello Iona filho do falecido Iona, Angelo, possuidor e de mim conhecido. Trieste, 13 de Outubro de 1926. Giovanni Ivancich, Tabelião.

Em novembro de 1927, Lionello Iona esteve no Rio de Janeiro, em Maceió e em Recife, onde permaneceu até 1º de dezembro. Provavelmente esta foi a última vez que esteve no Brasil.

Em janeiro de 1931 em Trieste, na Itália, faleceu Lionello Iona. Tinha 65 anos (nasceu em 29 de março de 1865).

O prédio do antigo Banco Norte do Brasil foi utilizado pela última vez como agência bancária pelo Banco Industrial e Comercial, o BIC. Fotografia do início dos anos 90

Banco Norte do Brasil sofre a segunda “corrida”

Quando, em 1934, Raul Britto foi indicado para ser o inventariante do seu cunhado Lionello Iona por um magistrado em Alagoas, surgiu a polêmica sobre em que país se deveria abrir o inventário, considerando que o inventariado faleceu na Itália.

Quem levantou a dúvida foi o advogado de Antonieta Rossi, a viúva, e de um filho de nome Lionello Iona Filho, que vieram da Itália para Maceió em busca dos bens herdados.

A Justiça italiana autorizou que fosse realizada a partilha dos bens do Brasil em Maceió. Raul Britto, que havia sido indicado como inventariante, recusou a função ao saber da existência desse filho de Iona, que, representando também sua mãe, se habilitava a ser o principal acionista do Banco do Norte do Brasil.

Lionello Iona Filho, já maior de idade em 1934, obviamente nasceu bem antes de 1925, data do falecimento de Maria Augusta de Britto Iona, Marietta. Ficava claro então que Lionello Iona já mantinha algum tipo de relação com Antonieta Rossi antes da morte da esposa.

Foi esse mesmo Lionello Iona Filho que, em companhia de Alberto Melo, forçou a renúncia da direção do Banco em agosto de 1934 ao criticá-la duramente por não distribuir dividendos no último balancete.

Eram os dois maiores acionistas do Banco. Somente Lionello Filho detinha 2.500 ações no valor de 500 contos de réis.

Os diretores que renunciaram foram os seguintes: Gustavo Paiva, diretor-presidente; Raul Brito, diretor Gerente e Hermínio Barroca, diretor-secretário.

Foram indicados para substituí-los Lionello Iona Filho, diretor-presidente; Alberto Melo, diretor Gerente e Lima Júnior, diretor-secretário. Este último não aceitou.

Na manhã de 28 de agosto de 1934, uma terça-feira, a notícia se espalhou por Maceió e o Banco sofreu uma “corrida”. No período da tarde não reabriu, argumentando que era feriado bancário. Outros bancos também estavam fechados em “solidariedade”.

Diante da possibilidade da “corrida” continuar no dia seguinte, o interventor Osman Loureiro, atendendo aos pedidos dos capitalistas alagoanos, decretou feriado bancário os dias 29 e 30 de agosto.

Dois dias depois, o interventor conseguiu que a diretoria demissionária fosse reintegrada e o banco voltou a operar normalmente.

Não se sabe o que ocorreu nos bastidores, mas como Gustavo Pinto Guedes de Paiva continuou à frente do Banco até o seu falecimento nove anos depois, em 27 de outubro de 1943, é provável que as ações dos principais sócios mudaram de dono. Paiva detinha, quando faleceu, 931 ações do banco.

Gustavo Paiva em seu escritório

A última diretoria liderada por Gustavo Paiva tinha Carlos da Silva Nogueira como vice-presidente e Hermínio de Paula Castro Barroca como secretário. O gerente era Aristides Toledo e o contador, Enéas Barros Filho.

Nesse mesmo ano, de 1943, a Companhia de Fiação e Tecidos Norte Alagoas era dirigida por: Francisco de Assis Rodrigues de Vasconcellos, presidente; Carlos da Silva Nogueira, vice-presidente; Hermínio de Paula Castro Barroca (faleceu em 29 de julho de 1952), secretário; Aloísio da Silva Nogueira e Antônio Nogueira Júnior, diretores-auxiliares.

Quem substituiu Gustavo Paiva na presidência do Banco a partir de 1944, mantidos os outros dirigentes nos mesmos cargos, foi Luiz Calheiros Júnior, que foi diretor técnico da Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos, onde também assumiu a sua presidência por algum tempo logo após a morte de Paiva. Antes, na década de 1910, Luiz Calheiros foi funcionário e depois gerente da casa T. Basto & Cia.

Em junho de 1947 o Banco Norte do Brasil solicitou a aprovação da alteração em seus estatutos sociais, bem como autorização para prorrogação do seu funcionamento por mais 10 anos. Conseguiu a carta patente no mês seguinte.

Nesse mesmo mês, no dia 19, o ministro da Fazenda deferiu o pedido do Banco da Lavoura de Minas Gerais para instalar agências em Recife, Maceió e na cidade paulista de Socorro.

Eram os primeiros movimentos do banco mineiro para a aquisição do Banco Norte do Brasil S.A. Em pouco tempo fechou negócio e se instalou no mesmo prédio na Rua do Comércio, nº 383, já então de propriedade de um dos antigos sócios do banco alienado, Carlos da Silva Nogueira.

Não foi possível identificar o que aconteceu com a agência do Banco da Lavoura em Maceió, mas a partir de junho de 1964 o endereço da Rua do Comércio passou a ser ocupado pelo Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais S.A.

Em 19 de maio de 1975 o Banco do Comércio e Indústria de Minas Gerais foi incorporado ao Banco Nacional, que por sua vez foi absorvido pelo Unibanco em 1995.

O Banco Nacional funcionou até o início de 1985 no majestoso prédio da Rua do Comércio. A partir de junho do ano seguinte o local foi ocupado pelo Banco Industrial e Comercial (BIC).

O BIC ali permaneceu até 1996. Foi a última agência bancária a utilizar o edifício histórico construído em 1925. No ano seguinte o prédio foi alugado à Loja Abys, cuja firma foi aberta em 8 de outubro de 1997.

1 Comentário on História do Banco Norte do Brasil S. A.

  1. Saulo Guimarães // 4 de dezembro de 2021 em 09:25 //

    Saudações!
    Essa foto do piloto português Sacadura Cabral ao lado dos senhores Raul Brito e João Licio de Almeida Marques. Esta no jornal do CRB . O piloto português esteve em Maceió no dia 06/08/1922. O bravo aviador tinha no peito a flaummula do CRB.
    Eu tenho os jornais do Club de Regatas Brasíl.

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