Carlos Paurílio
Publicado no Alagoas: Mensário Ilustrado, de 1938, e apresentado como “trecho de um romance inédito”.
A rua da Lama tiritava de frio, sujava-se em poças imundas, em sarjetas estagnadas. A água caída do céu não a laνaνa, porque a razão de seu nome vinha menos da rua que de seus moradores.
Era madrugada já, e ela ainda não dormia. Espiava pelos olhos velados de suas janelas os retardatários que passavam. Escutava os apitos dos guardas-civis, cuja distração no momento era justamente apitar.
Noêmia recolhera-se cedo. Sua janela era a única que não estava aberta....
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