Aristheu de Andrade
*Publicado no jornal Gutenberg, em Maceió, de 14 de novembro de 1895.
— É uma mulher esplêndida, é uma mulher esplêndida —, disse o dr. Freitas, um elegante e bonito rapaz, ao velho conselheiro Cunha, um devasso milionário chegado há pouco do Maranhão, onde fora abandonado pela mulher, uma rapariga encantadora, 40 anos mais moça que ele.
— Olhe que me faz vir água à boca! Desejava ser apresentado a essa Vênus hodierna —, respondeu-lhe esse último, exibindo num sorriso duas filas de dentes cariados e obturados a ouro.
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