Félix Lima Júnior*

No pelourinho que Antônio Firmiano de Macêdo Braga mandou erguer, às suas custas, em fins de 1817, no então Largo da Matriz, hoje Praça Dom Pedro II, teriam sido açoitadas infelizes criaturas cujo único crime era ter a epiderme negra? Demolido esse símbolo da autoridade real, não consta que outro tenha sido erguido.

Onde castigavam, então, os escravos, surrando-se desapiedadamente? Na casa dos senhores? Na cadeia, gratificando-se o carcereiro? Na praça pública, presos a um poste de madeira?

Além de chibateados, os escravos sofriam outras penas.