Almirante Álvaro Calheiros, o militar que deu nome a uma avenida em Maceió

Álvaro Lins Calheiros nasceu em Rio Largo, Alagoas, no dia 16 de agosto de 1914. Era filho de Luiz Calheiros da Silva e de Augusta Lins Calheiros. Teve três irmãos: Hylda Lins Calheiros, Carlos Jorge Calheiros e Luiz Calheiros Júnior. Sua avó materna era Rosa Amélia Leite Pitanga, irmã de Francisco de Paula Leite e Oiticica.
Não se sabe sobre seus primeiros anos em Alagoas e onde estudou, mas, por assim ter declarado em seu casamento, sabe-se que morou na Rua Ângelo Neto, nº 24, em Maceió.
Casou-se em 5 de janeiro de 1941, no Rio de Janeiro, com a carioca Marina Pinto Galvão e tiveram dois filhos: Luiz Felipe Galvão Calheiros, que nasceu em 1942, e Eduardo Galvão Calheiros (nasceu em 1945 e faleceu em 1991).
Ingressou na Escola Naval, no Rio de Janeiro, em 4 de abril de 1936 e recebeu sua espada de guarda-marinha em 30 de dezembro de 1939. Em 31 de janeiro de 1941 iniciou o oficialato como 2º tenente. No ano seguinte, no dia 6 de novembro, foi novamente promovido, passando a ostentar a divisa de 1º tenente.
Sua terceira promoção foi a capitão-tenente e se deu em 29 de dezembro de 1944. Foi nessa condição que foi nomeado Capitão dos Portos de Alagoas no dia 27 de março de 1946. Em outubro de 1949, seu nome era especulado como possível candidato ao governo de Alagoas e aparecia numa relação em que constavam o brigadeiro Guedes Muniz e o major Portugal Ramalho. Iniciava-se a campanha para suceder a Silvestre Péricles.
Foi durante sua administração dos Portos de Alagoas que foi construído o novo farol da Ponta Verde sobre as estruturas que serviram de base para as perfurações em busca de petróleo na capital. Foi inaugurado em 14 de maio de 1949, com a presença do governador e demais autoridades.
Em 19 de fevereiro de 1951 estava de volta ao serviço ativo no Rio de Janeiro. No dia 17 de agosto de 1951 foi condecorado com a Medalha de Guerra pelo presidente da República.
Foi graduado como Capitão de Corveta em 22 de março de 1952. Em 12 de abril de 1954 foi nomeado novamente para a Capitania dos Portos de Alagoas, assumindo em 12 de maio de 1954. Exonerado em 7 de dezembro de 1955, permaneceu no cargo até 2 de janeiro de 1956.
Em 28 de janeiro de 1956, foi condecorado com a Medalha de Bronze da Força Naval do Norte. No mesmo dia foi graduado como Capitão de Fragata.
Em 9 de outubro de 1956, assumiu a chefia do Departamento de Assistência Social da Diretoria de Pessoal da Marinha. Ali permaneceu até 8 de março de 1963, quando foi agregado ao quadro. Dias depois foi aceito na Escola Superior de Guerra.
Chegou a Capitão de Mar e Guerra em 18 de dezembro de 1963. No ano seguinte, em 14 de março, dias antes do Golpe Militar, assumiu a Capitania dos Portos de Pernambuco. Ali foi também o Delegado do Trabalho Marítimo. Sua exoneração foi publicada em 18 de março de 1966. Dias depois, em 11 de junho, foi nomeado pelo marechal Castelo Branco para “exercer funções no Estado-Maior das Forças Armadas”.
Em 17 de setembro de 1968, tomou posse como chefe das Relações Públicas da Administração do Porto do Rio de Janeiro.
Foi para a reserva como almirante e faleceu em Maceió no dia 29 de agosto de 1977.
Muito grato pela mensagem, prezado Ticianeli. O meu avô paterno pertencia à família dele, Calheiros.
Só houve um equívoco, Carlos Jorge Calheiros (ele não tem lins) .
Caro, gostei muito da lembrança feita ao meu avô Álvaro Calheiros. Só adicionando que o Farol da Ponta Verde foi construído e inaugurado por ele enquanto capitão dos Portos. 😊