Ledo Ivo
Quando a velha sineta do casarão da rua do Macena repercute pelas alamedas ensombradas ou pelas garridas salas-de-aula, após as orações ritmadas saídas dos lábios de quinhentos alunos, o pesado portão marrom se abre, deixa que os fardas-caqui tinjam o calçamento. E, sobraçando compêndios, a estudantada vai, aos poucos, deixando o colégio. Agrupa-se na rua. As ruas laterais engolem dezenas de caquis, engolem também pedaços indistintos de gaitadas. Picolé, doce gelado. Baleiro, bala. Puxa-puxa, puxa-puxa, dois a cem réis. De vez em quando um automóvel. Fonfonfon....
Deixe um comentário
Seu e-mail não será publicado.