Virgílio Guedes, jornalista, poeta, advogado e educador

Rua do Livramento em 1914. Revista Fon Fon

Dr. Virgílio Guedes também foi telegrafista

Virgílio Guedes Correia Lima nasceu em Maceió no dia 2 de janeiro de 1884. Era filho de Josephino Guedes Correia Lima e Aristéia Maria dos Prazeres Guedes Correia Lima. A pesquisa localizou uma irmã: Maria Guedes.

Fez seus estudos preparatórios no Colégio 15 de Março e as provas no Lyceu Alagoano nos anos de 1895, 1896 e 1897.

Muito jovem, começou a trabalhar como telegrafista de 4ª classe na Repartição Geral dos Telégrafos. Esteve lotado ainda no Rio Grande do Sul (Pelotas, Bagé, Santana do Livramento), em São Luiz do Maranhão, no Rio de Janeiro e em Maceió a partir de 1910, quando foi promovido a telegrafista de 3ª classe.

Em novembro de 1899, era o redator d’O Madrigal, órgão da Sociedade Literária Tavares Bastos em Maceió

Somente em 1906 iniciou os estudos para o bacharelado pela Faculdade Direito do Rio de Janeiro.

Em 1909, no período de férias da Faculdade, dava aulas no período noturno para a União Operária. Ensinava Português, Aritmética e Geometria.

Transferiu o curso de Direito para a Faculdade do Recife em 1910, onde concluiu seus estudos no final daquele ano. Neste mesmo ano foi nomeado Diretor da Escola Racional da União Operária em Maceió.

Em janeiro de 1911, foi promovido a telegrafista de 3ª classe do Telégrafo Nacional. No mês seguinte estava lotado em Maceió.

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Foi um dos fundadores da Associação Alagoana de Advogados em 1917, sendo eleito tesoureiro da agremiação. Neste mesmo ano foram formados em Maceió os Centros Cívicos em apoio à candidatura de Gabino Besouro. Virgílio Guedes foi um dos articuladores do núcleo da Levada.

Membro fundador da Academia Alagoana de Letras, em 1919, ocupando a cadeira nº 14, de Joaquim Cavalcanti.

Em 1921 fundou a revista pedagógica “A Educação”, em Maceió. Neste mesmo período era o Secretário de Representações da Liga dos Republicanos Combatentes, instituição dirigida por Manoel Luiz da Paz e com sede na Rua Dr. Miguel Omena, 69, na Levada.

Em 1929 era o presidente da Sociedade Protetora dos Animais.

Foi diretor, em 1931, da Faculdade Livre de Direito de Alagoas e professor catedrático em Economia Política e interino de Ciência das Finanças da Faculdade de Direito de Alagoas, também professor da Escola Superior de Comércio de Alagoas.

Utilizando o pseudônimo de Gesualdo de Oliveira, em 1913, publicou o panfleto “Quem Foi Rei”. Também usou os pseudônimos Juan de las Lhanas e J. de las Lhanas.

É autor de “A Festa dos Martírios”, livro de poesias publicado em 1981 e “A Árvore”.

Sempre residiu no bairro da Levada. Faleceu na Rua Formosa, 832 (á época ainda denominada Av. Gabino Besouro) em 18 de janeiro de 1940.

Em sua homenagem, a antiga Rua dos Timbiras, na Ponta Grossa, passou a ser denominada Rua Virgílio Guedes por determinação da Lei Municipal nº 333 de 3 de dezembro de 1953.

Casamento, em agosto de 1932, de Deúlza Freire Guedes, filha de Virgílio Guedes, com José Silveira de Carvalho, funcionário da Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos de Maceió

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