Sebastião da Hora: professor, político, médico e intelectual humanista

Porto de Pedras, terra natal de Sebastião da Hora

O médico Sebastião Vaz Pereira da Hora nasceu em Porto de Pedras, Alagoas, em 11 de julho de 1902. Era filho do coronel José Francisco da Hora e Joaquina Pereira da Hora.

Seu pai foi um próspero comerciante local, atuando no ramo de “molhados, fazendas e miudezas”, como definiu o Almanak Laemmert de 1914; como “armarinho, fazendas e modas”, em 1917; ou ainda “seccos e molhados”, em 1921. Neste último ano, seu nome também é citado na relação dos “agricultores e lavradores”. Em 1931, após a Revolução de 30, José Francisco da Hora foi nomeado interventor em Porto de Pedras.

Sebastião da Hora foi professor, político, mestre de medicina, médico cardiologista, intelectual de alta estirpe e ser humano de valores e princípios elevadíssimos

Sebastião da Hora estudou o preparatório no Colégio Salesiano em Recife e iniciou o curso de Medicina na Bahia, quando tinha 15 anos de idade, em 1917. Sua formatura na Faculdade de Medicina da Bahia ocorreu em 1922.

Ainda na Bahia, foi auxiliar do Serviço de Tisiologia da Santa Casa da Bahia. Como poliglota, não teve dificuldades em ampliar seus conhecimentos em Berlim, na Alemanha, onde recebeu aulas do professor Boas-Charti. Especializando-se no tratamento da tuberculose, cursou Tisiologia também em Viena, na Áustria.

Retornou a Alagoas e uniu a prática médica ao ensino de sociologia, psicologia, matemática, filosofia e medicina, além de militância política no PCB e no jornalismo de Maceió.

Militância Comunista

Não se sabe a data em que estabeleceu sua vinculação ao Partido Comunista, mas no início dos anos 30 seu envolvimento em algumas causas políticas revelavam que ele já atuava de forma organizada.

O depoimento de Leôncio Basbaum, um histórico comunista que se escondeu em Maceió entre 1932 e 1933, dá uma pista sobre quando isso ocorreu. Em seu livro Uma vida em seis tempos (memórias), o também médico registra que veio para a capital alagoana trabalhar nas Lojas Brasileiras. Estava na clandestinidade após várias prisões e já vinha de Recife, onde começou a trabalhar na mesma empresa.

Anúncio no Indicador Profissional nos anos 30

Como homeopata, escreveu alguns artigos para os jornais alagoanos. Não tardou e o médico Sebastião da Hora também opinou sobre o assunto com algumas réplicas. “Fiquei imediatamente conhecido na cidade. O Dr. Sebastião da Hora, aliás, era um bom sujeito, como vim a saber depois, e mais tarde ingressaria no Partido”.

Em fevereiro de 1932, quando a campanha por uma Constituinte liderada pelo gaúcho João Neves da Fontoura ganhava folego, formou-se em Alagoas um núcleo em defesa desta causa com a participação de Sebastião da Hora e dos advogados Rodolfo Lins, Manoel Onofre e Luiz da Rosa Oiticica, além dos médicos Álvaro Dória e Ezequias da Rocha.

Meses depois, em 8 de maio de 1932, foi o principal palestrante da inauguração da Universidade Popular, ocorrida em ato, no Cine Ideal, sob a presidência do professor Moreno Brandão. A palestra inicial foi sobre higiene mental, alertando sobre os males do “tabagismo, alcoolismo, misticismo excessivo e práticas espiritas”.

Participou, ainda em 16 de abril de 1933, da fundação da Liga Alagoana Pró-Pensamento Livre. No ato de instalação, no Teatro Deodoro, foi eleita a seguinte diretoria: presidente, Luiz Lavenère; vice-presidente, Raul Falcão; secretários, Alfredo Uchoa, Craveiro Costa e José Mattos; oradores, Esdras Gueiros, Manoel Onofre e Sebastião da Hora.

Em 24 de fevereiro de 1934, a Liga Alagoana Pró-Pensamento Livre realizou um ato em comemoração ao aniversário da promulgação da constituição de 1891. Em nota, a Liga divulgou o encontro, que teve a presidência de Luiz Lavenère, e enumerou os oradores: Levy Pereira, Barbosa Júnior, Sebastião da Hora, Esdras Gueiros e Américo Mello, “que expressaram seus veementes protestos contra a intromissão da igreja católica na política nacional, tendente a coarctar a liberdade de pensamento no que concerne ao ensino religioso nas escolas”.

Depondo em uma enquete promovida pela Gazeta de Alagoas sobre a Lei de Segurança Nacional, em fevereiro de 1935, Sebastião da Hora avaliou, entre outras coisas, que “à luz do materialismo histórico a Lei de Segurança é mais um recurso de opressão; à luz das doutrinas fascistas será a consolidação da entidade nacional e estadual”.

Em 7 de maio de 1935 foi realizada no Montepio dos Artistas uma reunião para a organização de um núcleo da Aliança Nacional Libertadora em Alagoas. A reunião foi presidida por Sebastião da Hora e contou com a presença de várias lideranças políticas e da escritora Rachel de Queiroz.

Dias depois, um comunicado público anunciou a criação da ANL destacando que o movimento recebia a adesão de muitos jovens e que havia uma “vibração pública” refletindo a “insatisfação política provocada pelos desmandos dos sucessivos detentores do poder que desde há muito vêm fazendo do glorioso Estado uma espécie de feudo afazendado”.

O diretório central da ANL em Alagoas foi assim constituído: presidente, dr. Sebastião da Hora; vice-presidente, Ruy Soares Palmeira; secretário, dr. Zeferino Machado; tesoureiro, dr. Odilon Mascarenhas. Comissão de Adesão: jornalista Alberto Passos Guimarães; Olympio Santana, da União Geral dos Trabalhadores; dr. Jacques de Azevedo; e diretor de publicidade, jornalista Humberto Bastos.

No dia 16 de junho de 1935, um domingo, o programa da ANL foi apresentado aos alagoanos em um comício realizado na Praça D. Pedro II. Foram oradores: Sebastião da Hora, Ruy Soares Palmeira, André Góes Papini e Olympio Santana. O nome mais aplaudido, quando citado, era o de Luiz Carlos Prestes. Várias outras lideranças populares também discursaram no ato.

Outro ato da ANL marcado para às 14h do domingo, 2 de julho de 1935, no Teatro Deodoro, não ocorreu. O local havia sido cedido pela Secretaria Geral do Estado e a licença fornecida pela Chefatura de Polícia, entretanto, no momento em que se daria início ao evento, o local estava ocupado por um contingente de soldados embalados, por ordem do chefe de Polícia.

No dia 20 de outubro de 1935, realizou-se no Teatro Deodoro, durante o Congresso da Juventude, um ato contra a Guerra e a expulsão de Geny Gleiser do país. Discursaram na manifestação Sebastião da Hora, André Papini, Hildebrando Falcão e Joaquim Leão, entre outros oradores. No dia seguinte, o estudante André Papini e outro colega foram chamados pela polícia para prestar depoimentos, sendo insultados na delegacia.

Por suas atividades políticas, Sebastião da Hora foi denunciado pelo jornal O Semeador, órgão oficial da arquidiocese. Segundo o jornal, o médico e professor pregava o comunismo em sua cadeira na Escola Normal e o governo deveria prestar atenção a isso.

Prisão em 1936

Quartel do 20º BC no início do século XX

No dia 21 de novembro, dois dias antes da conflagração em Natal, Rio Grande do Norte, do que viria a ser conhecida como a Intentona Comunista de 1935, várias prisões de militares suspeitos de envolvimento com a sedição ocorreram em Alagoas. No final de dezembro, um inquérito militar levou a expulsão destes militares.

Com o inquérito remetido à Justiça Federal, no 8 de janeiro de 1936, o Procurador da República ofereceu denúncia e pediu as prisões preventivas contra os implicados, o que aconteceu dois dias com Josué Augusto de Miranda, Oséas Pimentel de Almeida, José Maria Cavalcante, Nido Pereira de Lucena e Vicente Ribeiro Cavalcante, todos ex-militares do Exército e que já se encontravam na Penitenciária de Maceió.

Foram pedidas também as prisões do dentista Esdras Gueiros, do capitão Francisco Alves Mata, do tenente Luiz Xavier de Souza, do sargento João Marçal Oliveira e de Manoel Leal. A prisão do deputado estadual Hidelbrando Falcão, por depender da licença da Assembleia Legislativa, ficou aguardando esta autorização. O juiz federal Alpheu R. Martins denegou a prisão preventiva de Sebastião da Hora e do cabo Oscar Leite de Araújo.

No dia 15 de fevereiro, o Procurador da República, Armando Wucherer, pediu a absolvição do capitão Francisco Alves Mata, do cabo Oscar Leite de Araújo, de Manoel Leal e de Sebastião da Hora. Todos os outros receberam pedidos de condenação.

Para surpresa de muitos, no dia 28 de fevereiro o Juiz Federal divulgou a sentença de absolvição de todos os denunciados, ordenando que fossem postos em liberdade imediatamente.

Descontente com a decisão do magistrado, o comandante do 20º B.C., major Orlando de Verney Campelo, enviou relatório ao general Newton Cavalcante, então Comandante da 7ª Região Militar, em Recife, descrevendo os acontecimentos e cobrando desagravo.

No dia seguinte, ainda pela manhã e sem avisar a ninguém, o general Newton Cavalcante desembarcou de um avião da FAB em Maceió. Formou a tropa no pátio do Quartel e deixou claro que viera para desagravar o Batalhão. Ao discursar, revelou que o juiz era um incapaz, e que “senão tivesse fugido, já estaria preso; que viera garantir ao povo de Alagoas que o Exército, alerta e vigilante, não permitiria jamais a destruição das nossas famílias, das nossas tradições, da nossa bandeira, fosse qual fosse a audácia dos comunistas”.

Depois, teve uma breve conversa com o governador Osman Loureiro e com o Chefe da Polícia, e ordenou, numa evidente intervenção militar, que fossem novamente presos todos os indiciados do IPM e demais pessoas ligadas ao fato.

Foram efetuadas aproximadamente 80 prisões, a maioria de militantes Partido Comunista em Alagoas. O deputado Hildebrando Falcão conseguiu fugir para o Rio de Janeiro, mas personalidades como Sebastião da Hora, o advogado Antônio Leite, o jornalista Humberto Bastos, o comerciante José Pedro, o industrial Amaro Cavalcanti e Graciliano Ramos, então Diretor de Instrução Pública, foram presos e, no início de março, transferidos para Recife.

No dia 16 de março de 1936, os detidos chegaram ao Rio de Janeiro a bordo do “Manaus”. Foram levados em seis ônibus para a Polícia Central e depois para a Casa de Detenção.

No presídio da Frei Caneca, no Rio de Janeiro, Sebastião da Hora foi um dos líderes, em 17 de junho de 1936, da revolta dos presos políticos, que reclamavam dos maus tratos a que vinham sendo submetidos.

Após várias cartas enviadas ao diretor do presídio, realizaram um amotinamento, liderados pelos ex-militares Hercolino Cascardo, Alcedo Cavalcanti e Agildo Barata, além de Sebastião da Hora.

Casa de Detenção no Rio de Janeiro em 1910

Os rebelados prenderam os guardas nas celas e suas lideranças se deslocaram para o pavilhão da Administração para conferenciar com o diretor da Casa de Detenção, Aluizio Neiva. Invadiram o gabinete, mas lá só encontraram o sr. Peçanha.

Houve a intervenção da Polícia Militar e a situação foi normalizada, com os presos recolhidos as suas celas. Logo após, chegou ao presídio uma guarnição da Polícia Especial, munida de metralhadoras e fuzis Hottckiss. Como punição, os líderes da rebelião foram transferidos para celas isoladas.

Um ano após a sua prisão, em fevereiro de 1937, Sebastião da Hora foi julgado e absolvido no mesmo processo do Supremo Tribunal Militar que também inocentou o deputado Hildebrando Falcão. Entretanto, mesmo após a absolvição, continuou preso até meados de 1937. Mesma situação vivida por Graciliano Ramos.

Médico, funcionário Público, professor, intelectual e político

Com 26 anos de idade, após vários cursos na Europa, Sebastião da Hora se destacou rapidamente como médico em Maceió. Participou também de várias entidades de classe, a exemplo da Associação Médico Cirúrgica de Alagoas, que, em abril de 1928 passou a denominar-se Sociedade de Medicina de Alagoas. Sebastião da Hora foi um dos fundadores e o seu primeiro secretário.

Irmão do dentista Mizael da Hora, se envolveu em um acidente automobilístico em 4 de junho de 1928, quando, “nas proximidades do aeródromo do Tabuleiro do Pinto, virou um automóvel em que viajavam o dr. Sebastião da Hora e parentes. Todos os passageiros e o chauffeur saíram ilesos”, como registrou o Diário de Pernambuco do dia seguinte.

Servidor público, teve uma rápida passagem como médico legista da Polícia Civil. Foi nomeado em março de 1931 e, em 21 de dezembro do mesmo ano, um decreto do governo estadual foi publicado com a sua exoneração a pedido. Sua participação em cargo público foi noticiada novamente em jornais da época em novembro de 1934, quando foi citado como diretor do Instituto de Identificação.

Neste mesmo período foi um ativo membro do Grêmio Guimarães Passos, reativado em 1930, além de ter uma presença destacada na imprensa alagoana.

Criada em 8 de agosto de 1934, a Liga Alagoana Contra a Tuberculose também teve a participação do dr. Sebastião da Hora. A diretoria era formada pelo presidente, Abelardo Duarte; 1º vice-presidente, José Carneiro; 2º vice-presidente, Sebastião da Hora; secretário geral, Gastão Oiticica; 1º secretário, Théo Brandão; 2º secretário, Lages Filho; 1º tesoureiro, Lima Júnior; 2º tesoureiro, Domingos Lima, farmacêutico; e bibliotecário arquivista, Raimundo Costa.

Ainda em agosto de 1934, deflagrou-se a mobilização dos médicos alagoanos para a formação do sindicato da categoria. Entre as dezenas de assinaturas de adesão, estava a de Sebastião da Hora.

Em janeiro de 1935, foi citado pelos jornais como professor das cadeiras de Psicologia Educacional e de Pedagogia da Escola Normal.

Por iniciativa do Conselho Estadual de Educação, presidido pelo médico Ib Gatto Falcão, em janeiro de 1939 aconteceu um curso de férias para os professores primários. Os palestrantes do curso foram os seguintes: Ib Gatto, Sebastião da Hora, Théo Brandão, Diégues Júnior e Edgard Falcão.

Após conquistar sua liberdade, em 1937, manteve-se ativo como humanista e socialista. Em 1942, quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial, participou da Semana Antinazista, iniciada no dia 6 de julho e realizada no auditório do Instituto de Educação. O evento contou com um “grande número de pessoas destacando-se autoridades, elementos representativos da sociedade alagoana e famílias”, como registrou o jornal A Manhã. O discurso inaugural foi pronunciado pelo dr. Sebastião da Hora.

Sempre preocupado com o desenvolvimento de Alagoas, foi um dos fundadores do Centro de Estudos Econômicos e Sociais, que teve a diretoria assim composta: presidente, Diegues Júnior; vice-presidentes, Sebastião da Hora e Barreto Falcão; secretários, Ruy de Almeida, Aurélio Viana e Luiz Lavenère; tesoureiros, Ismael Brandão e Luiz Calheiros; diretor da Biblioteca, Afrânio Melo; e diretor de Publicidade, Carvalho Veras. Era uma iniciativa do Rotary Clube de Maceió, que instalou o CEES no dia 8 de março de 1944, no auditório da Faculdade de Direito.

Faculdade de Medicina de Alagoas

Primeiro vestibular da Faculdade de Medicina de Alagoas em 1951

No início da década dos anos de 1950, o médico Abelardo Duarte “sonhou com a possível existência de uma Faculdade de Medicina, no Estado”. O primeiro momento desta instituição foi registrado por A. C. Simões, em seu livro Memórias, Discursos, Artigos e Rimas, de 1988.

Para tornar o sonho realidade, Abelardo Duarte organizou uma reunião da Sociedade de Medicina para tomar as primeiras iniciativas. No dia 3 de maio de 1950 compareceram 16 médicos. Atendendo a uma proposta de Sebastião da Hora, por unanimidade, aquela reunião foi considerada a de fundação da Faculdade. A ata foi lavrada por Théo Brandão.

Em artigo publicado no Diário de Pernambuco de 20 de dezembro de 1953, Carlos Moliterno saúda a importante criação da Faculdade de Medicina de Alagoas e cita que “as circunstâncias que determinaram a criação desta Escola Superior, bastariam, só por si, para recomendar o espírito de iniciativa de homens como Abelardo Duarte, seu idealizador, Ib Gatto, A.C. Simões, Sebastião da Hora e outros companheiros que se dispuseram a construir a obra planejada”.

Por muitos anos, Sebastião da Hora foi professor catedrático da Faculdade de Medicina de Alagoas. Também foi escolhido como patrono da cadeira nº 8 da Academia Alagoana de Medicina.

Candidato

Dr. Sebastião da Hora discursa em solenidade no Salão Nobre da Faculdade de Medicina

No dia 8 de setembro de 1955, em Maceió, Juscelino Kubitschek realizou um comício gigante em campanha para presidente da República. Entre os oradores estava Sebastião da Hora, candidato a prefeito da capital pela coligação PSB-PSD. Enfrentou Abelardo Pontes Lima, da coligação PSP-PTB, e Oseas Cardoso, do PTN.

As eleições ocorreram no dia 3 de outubro e Abelardo Pontes Lima venceu obtendo 11.928 votos, derrotando Oseas Cardoso, com 5.331 votos, e Sebastião da Hora, com 3.661 votos. Foi a sua última grande participação na política em Alagoas.

Faleceu em Maceió, no dia 5 de dezembro de 1959. Participava de jantar no Clube Fênix Alagoana, quando percebeu que estava sofrendo um infarto. Mesmo com intensas dores, conseguiu orientar os amigos sobre como proceder:

— Papaverina no SAMDU, Eletrocardiograma do Hospital do Câncer, Demerol, Peritrate, tenda de oxigênio e chamem minha família.

Seu neto, Jorge Barros, assim descreveu aquele momento: “No dia seguinte, seu corpo repousava tranquilo no solo da província que tanto amava, a sua terra das Alagoas. Alagoas perdia um filho, um homem incomum, um professor, político, mestre de medicina, médico cardiologista, intelectual de alta estirpe e ser humano de valores e princípios elevadíssimos. Ele deu aos amigos, familiares, médicos e enfermeiros que o atenderam em suas últimas horas, uma aula inesquecível, amargurante e bela, uma autêntica lição de um sábio que até o último minuto de vida fez questão de educar e transmitir o legado do seu conhecimento para a sociedade”.

Homenagens póstumas

Visita à Faculdade de Medicina do reitor Maximino Correia, da Universidade de Coimbra em Portugal

Com a sua morte, várias homenagens foram prestadas ao professor e médico. A primeira delas foi o adiamento da data de formatura dos médicos daquele ano. Os estudantes resolveram que a colação de grau só aconteceria em fevereiro de 1960. Além disso, o Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina passou a receber o seu nome.

Em março de 1979, a Escola de Ciências Médicas de Alagoas, hoje Uncisal, também homenageou o ilustre médico dando o seu nome ao anfiteatro de Anatomia Patológica.

O Cesmac também o reverenciou, criando a Clínica Escola de Psicologia do CESMAC – Doutor Sebastião da Hora, lembrando os seus vastos conhecimentos nesta área.

Em Maceió, uma importante rua no bairro Gruta de Lourdes recebeu o seu nome. Em Porto de Pedra, sua terra natal, a principal via da cidade também o homenageia.

No bairro da Pitanguinha, em Maceió, está localizada a Escola Estadual Sebastião da Hora.

3 Comments on Sebastião da Hora: professor, político, médico e intelectual humanista

  1. Valeria Hora Barros // 25 de fevereiro de 2018 em 23:14 //

    Boa noite. Sou Valeria Hora Barros, filha de Flavia Hora Barros, filha de Sebastiao da Hora. Gostaria de saber qual a fonte das informações sobre meu avó. Muito obrigada

  2. Cara Valéria, a pesquisa utilizou o “ABC das Alagoas”; “Uma vida em seis tempos”, de Leôncio Basbaum; e vários jornais da época, disponíveis na Hemeroteca da Biblioteca Nacional.

  3. Ana Rita Porto // 30 de setembro de 2023 em 14:12 //

    Grande homem! Humano, generoso, competente, honesto. Imortal.

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