Peterpan, o compositor alagoano que deu ritmo aos antigos carnavais

Programa Paulo Gracindo na Rádio Nacional, palco de muito dos sucessos de Peterpan

José Fernandes de Paula nasceu em Maceió no dia 21 de janeiro de 1911. Foi morar no Rio de Janeiro quando tinha apenas 11 anos de idade, desembarcando na então capital do país em 15 de novembro de 1922.

Como tinha talento para a pintura e o desenho, seu primeiro emprego foi como desenhista na Litografia Minerva. Depois pintou cenários e placas para peças teatrais,

Nesse trabalho conheceu Antônio Lopes de Amorim Diniz, o Duque, que estivera na França como vendedor de produtos farmacêuticos e por lá começou a fazer apresentações como dançarino de maxixe. Fez muito sucesso e inaugurou uma casa de espetáculos, a “Dancing Palace“, no Luna Park em Paris.

Duque foi o responsável pela transformação de algumas danças brasileiras, consideradas então como de baixa origem, em ritmos elegantes e consumidos nas altas-rodas. Voltou para o Rio de Janeiro em meados da década de 1920, onde também consagrou-se como compositor.

Peterpan em 1937

Em 1932 inaugurou a Casa de Caboclo, um teatro exclusivamente dedicado ao folclore, à música popular e às coisas típicas de nosso país. Inicialmente utilizou o antigo Teatro São José, que teve que ser totalmente recuperado.

Com o sucesso alcançado graças a participação de artistas como Pixinguinha e a dupla caipira Jararaca e Ratinho, a companhia mudou-se para o Teatro Fênix.

Foi nesse novo espaço que José Fernandes de Paula se estabeleceu, morando de aluguel em um dos apartamentos do próprio teatro. Trabalhava durante a noite e dormia pelo dia. Era comum acordar no final da tarde a tempo de assistir aos ensaios dos shows.

Essa convivência com os espetáculos atraía cada vez mais o pintor alagoano para aquele ambiente, levando-o a estudar música com um professor russo em 1927. Quando não estava trabalhando no Teatro, José Fernandes corria para a casa de um vizinho e “atacava” o piano, onde compôs seu primeiro samba, “Marinheiro de Água Doce”.

Entusiasmado com sua primeira música, apresentou-a ao Duque, que não gostou: “— Muito fraquinha a melodia, rapaz… Não serve…”. Não desanimou e procurou uma das atrizes cantoras da casa, Carmen Novarro, e lhe mostrou seu samba. Como não tinha conseguido reconhecimento público em suas apresentações e estava prestes a ser despedida, Carmen resolveu cantar a música naquela noite. O sucesso foi imediato, deixando o Duque sem jeito. Com este êxito, José Fernandes passou a ser procurado por outros artistas da casa. Nascia o compositor Peterpan.

Peterpan

Capa do impresso com com a letra e a partitura da música “Não sei se chorei”

Entre os cantores que perceberam nas músicas do novo compositor possibilidade de sucesso estavam Jurema Magalhães — chegou a ser uma renomada cantora de tango em Buenos Aires —, Antonietta Mattos Arthur Costa.

O segundo samba, “Ninguém me compreende”, também foi rejeitado pelo Duque. Tempos depois era sucesso em todo o país, mesmo ainda sem ser gravado.

Percebendo que suas músicas teriam aceitação, formou um conjunto regional e procurou os programas de rádio.

Numa destas ocasiões, quando a Rádio Guanabara realizava o “Concurso dos Novos”, organizado por Eratóstenes Frazão e tendo como juízes Francisco Alves, Orestes Barbosa e uma professora de música, Peterpan inscreveu uma de suas composições e como não tinha conseguido intérprete, resolveu ele mesmo cantar. Era um risco, considerando que estava com a garganta inflamada por causa de uma gripe.

Para surpresa, foi tão boa a recepção à sua interpretação que o diretor daquela emissora, Alberto Manes, lhe ofereceu um contrato como profissional e, a partir daí, suas músicas despertaram o interesse das gravadoras. Sua primeira música gravada foi “Não te dou perdão”, interpretada por Araci de Almeida.

Pouco tempo depois foi convidado por Francisco Alves para participar do seu programa na Rádio Cajuti. Peterpan não aceitou, preferindo continuar na Rádio Guanabara e se dedicar à composição. Para o seu lugar, Orestes Barbosa indicou um cantor também iniciante, Orlando Silva, que nunca soube que sua primeira oportunidade no rádio ocorreu pela recusa de Peterpan.

Não demorou na Rádio Guanabara, deixando de cantar definitivamente. Essa decisão foi atribuída a perda da voz após um forte resfriado.

Peterpan e Nena Robledo, irmã de Emilinha Borba, em 1939

Casamento

Em 1937 conheceu Nena Robledo, que viria a ser sua esposa e cujo verdadeiro nome era Xezira Borba, irmã de Emilinha Borba. Cantava no programa “Voz Traço de União”, na Rádio Educadora, e Peterpan ofereceu-lhe  o samba “Ninguém me compreende”, seu primeiro grande sucesso.

Peterpan e Nena Robledo casaram-se em 1943 e tiveram sete filhos: Tereza, Emília, Maria Augusta, Fernando Eugênio Borba, Peterpan, José Augusto e Artur Borba de Paula, o Tutuca Borba, músico consagrado e tecladista de Roberto Carlos. Adotaram ainda a menina Marisa Dina Bressan.

No início dos anos 50, convencido que não sobreviveria da música e preocupado em garantir o sustento da família, que crescia rapidamente, montou uma seção de discos na Casa Waldek. Três anos depois descobriu que estava errado e poderia viver da música. Ciente das possibilidades como compositor, abandonou o comércio de discos.

Suas composições ajudaram a lançar alguns artistas, entre eles Dalva de Oliveira, que cantou pela primeira vez na Rádio Sociedade. A música “Última Inspiração” a promoveu rapidamente.

Emilinha Borba, sua cunhada, entrou para o estrelato com “Se queres saber”. Apresentada a Oduvaldo Cozzi na Rádio Nacional, foi contratada por três meses, mas somente assinou o contrato seis meses depois.

Peterpan era tratado como um escudeiro da música popular e foi apelidado de “D’Artagnan do Samba” por Custódio Mesquita. Algumas de suas primeiras composições foram assinadas como José Fernandes ou José Borba.

Seu samba “Se queres saber“, gravado por Nana Caymmi em 1977, foi adotado em 1983 como tema da minissérie da TV Globo “Quem ama não mata“. A “Marcha do Caracol” também fez parte da trilha sonora desta novela.

Peterpan faleceu no Rio de Janeiro em 28 de abril de 1983.

Marcha do Caracol, sucesso no carnaval de 1952

Obra

1937

“Não sei quem é…”, samba em parceria com J. Araújo e gravado por Jayme Vogeler.
“Não há de que”, marcha.
“Ninguém me compreende”, gravado por Odette Amaral.
“Lá vem a Gabriella”, samba-cateretê gravado na RCA-Victor.
“Papai Noel Malandro”, marcha cantada por Nena Robledo.
“O batuque começou”, batucada em parceria com Oscar Lavado e gravada na Victor por J. B. de Carvalho.

1938

“Aula de Canto”, marcha em parceria com Oscar Lavado e gravada por Barbosa Júnior.
“Oh! Bela”, marcha em parceria com Ariovaldo Pires, gravada por Alvarenga, Bentinho e Capitão Furtado e sua charanga na Odeon.
“Ninguém me compreende”, samba gravado por Nena Robledo.
“Minha vida é cantar”, samba em parceria com P. Juno e gravado por J. B. de Carvalho.
“Fui feliz”, samba em parceria com Oswaldo Many.
“Apague a luz”, batucada em parceria com Oswaldo Many e gravada por Odette Amaral.
“Minha vida é meu cantar”, em parceria com J. Portella e gravado por J. B de Carvalho.
“A orgia não deixa”, samba em parceria com Príncipe Pretinho e gravado por Carlos Galhardo.
“Até ela”, samba em parceria com Russo do Pandeiro e gravado por Sylvio Caldas.
“Quem foi que jurou?”, samba em parceria com Claudionor Cruz e gravado por Aracy de Almeida.
“Não dou confiança”, samba em parceria com Juracy Araújo e apresentado por Nena Robledo.
“Quero te dizer adeus”, marcha apresentada por Nena Robledo.
“Cassino”, gravado por Moreira da Silva.
“Não sei se chorei…”, samba gravado por Nena Robledo.
“O Batuque Começou”, gravado por J. B. de Carvalho, pela RCA-Victor.

1939

Peterpan em 1944

“Olha ela!”, marcha em parceria com Russo do Pandeiro e gravada por João Petra de Barros.
“Não faz amor”, em parceria com Russo e gravada por Fernando Alvarez.
“Barracão de Zinco”, que não é o samba de Oldemar Magalhães, em parceria com Luiz Antônio, de 1953.
“Tudo menos amor”, samba.
“Era ela”, samba em parceria com Russo do Pandeiro e gravado por Sylvio Caldas na RCA-Victor.
“A Orgia não Deixa”, samba gravado Carlos Galhardo.
“Quando eu vejo”, choro gravado por Odete Amaral.
“Nosso amor vai morrer”, samba-canção gravado por Ranchinho.
“Nosso amor não convém”, parceria com Príncipe Pretinho, gravado por Carlos Galhardo.

1940

“Última Inspiração”, valsa gravada por João Petra de Barros e por vários outros cantores, incluindo Luiz Gonzaga em 1945.
“Tudo foi surpresa”, em parceria com Valzinho e gravado por Aracy de Almeida.
“Fiz um samba”, samba gravado por Francisco Alves. Nessa composição ele assinou como José Borba. Provavelmente em homenagem a sua esposa Xezira Borba.

1941

“Firim-fim fonfon”, em parceria com Milton de Oliveira e gravada pelo Quarteto de Bronze e por Rosina Pagã.
“Vamos dançar”, samba em parceria com Vilarino, gravado pelo Quarteto de Bronze.
“Primeiro nós” batucada em parceria com Ataulpho Alves gravada por Nuno Rolland.
“Toma Jeito, Rapaz”.

1942

“Jurema”, samba em parceria com Felisberto Martins, gravado por Rosina Pagã.

1943

Em 1954, Peterpan, Marlene, Ivon Cury e o maestro Manezinho Araújo

“Quem disse que eu não caso?”, marcha em parceria com Afonso Teixeira, gravada por Aracy de Almeida na Odeon.
“Os teus olhos falam”, samba com Valdemar de Abreu, o Dunga, gravado por Déo na Continental.

1944

“Lenda do morro”, samba com Afonso Teixeira, gravado pelos Quatro Ases e Um Coringa na Odeon.
“Dinheiro, saúde e mulher”, samba com Ari Follain gravado pelos Quatro Ases e Um Coringa na Odeon.
“Arrastando o pé”, samba-sapateado com Affonso Teixeira, gravado por Elvira Pagã.
“A lenda do morro”, samba com Affonso Teixeira, gravado pelos Quatro Ases e Um Coringa.

1945

“Eu quero é sambar”, samba em parceria com Alberto Ribeiro e gravada por Dircinha Batista.
“Canção nacional”, samba com Ari Monteiro gravado pelos Quatro Ases e Um Coringa.
“Ganhei um elefante”, com Russo do Pandeiro gravado por Emilinha Borba.
“Se eu tivesse com que…”, samba com Afonso Teixeira.
“Como eu sambei”, com Afonso Teixeira.
“Você e o samba “, com Ari Monteiro e João Petra de Barros.
“Moça bonita”, marcha com Afonso Teixeira.
“A vingança o palhaço”, samba com João de Barro.
“Lenda do lago” e “Raio de sol depois da chuva”, valsas e únicas gravações acompanhadas por sua orquestra.
“Mulher Carinhosa” com Ari Monteiro.

1946

“Madureira”, samba com Jorge de Castro gravado por Emilinha Borba.
“Ai, como eu sambei”, com Ari Monteiro.

1947

Peterpan e os filhos em 1954. Revista do Rádio

“Tico-tico na rumba”, marcha em parceria com Haroldo Barbosa, gravada por Emilinha Borba.
“Já é de madrugada”, samba com Antônio Almeida.
Se queres saber“, samba e um de seus maiores sucessos.
“Telefonista”, marcha.
“Resignação”, samba com Afonso Teixeira, gravado por Aracy de Almeida na Odeon.
“Todo homem quer”, marcha-frevo com José Batista, foi lançada por Luiz Gonzaga na RCA Victor.
“Quem quiser ver, vá lá”, samba com René Bittencourt gravado por Emilinha Borba.
“Meu branco”, samba com René Bittencourt gravado por Emilinha Borba.
“Madureira”, gravado na Odeon por Quatro Ases e Um Coringa.
“Como sambei”, gravado por Marly, nome artístico de Neli Martins de Freitas.
“Ai como dói”, marchinha gravada por Dircinha Batista.
“Se queres saber”, samba gravado por Dircinha Batista.

1948

“Telefonista”, marcha gravada por Emilinha Borba.
“Mamãe, Papai e Eu”, que foi tema da novela “As três noites de Natal”, interpretada pela personagem Alicinha (Denize Faissal).

1949

“Espanhola diferente”, marcha com Nassara gravada por Ruy Rey.
“Porque cantam os passarinhos”, toada com Ari Monteiro, gravada por Carlos Galhardo.
“Cabeleira de verão”, marcha em parceria com Ari Monteiro gravada por Gilberto Milfont.
“Negócio da China”, marcha com Afonso Teixeira gravada por Ruy Rey.

1950

“Eu já vi tudo”, com Amadeu Veloso, gravada por Marlene e Emilinha em dupla.
“Garota do café”, samba com Ari Monteiro, gravado por Gilberto Milfont.
“Você não me beija”, samba com Ari Monteiro gravado por Carlos Galhardo.
“Última inspiração”, valsa gravada por Carlos Galhardo.
“Minha santa”, toada com Ari Monteiro, gravada por Gilberto Alves.
“Um vaqueiro na cidade”, xote com Ari Monteiro, gravado por Bob Nelson e seus rancheiros.
“Falta do que fazer”, samba em parceria com Ari Monteiro, gravado Aracy de Almeida.
“Toca a rumba”, rumba em parceria com Ari Monteiro, gravado Aracy de Almeida.
“Filosofia Barata”, com Ari Monteiro e gravado por Linda Batista.
“Fracassei”, com Edmundo de Souza e Aylce Chaves, gravado por Heleninha Costa.
“Roubei o Guarani”, marcha gravada pela uruguaia Dora Lopes, a “Loura Atômica”.
“Marcha a Ré”, gravada por Cesar de Alencar.
“Novo Lar”, samba com Ari Monteiro, gravado por Gilberto Milfont.
“Comprei um carro”, marcha com Ari Monteiro, gravada por Gilberto Milfont.
“Também tenho”, marcha com Ari Monteiro gravada por Aracy Costa.
“Eu sou assim”, samba com Amadeu Veloso gravada por Aracy Costa.
“Cabeleira de Verão”, com Ari Monteiro.

1951

“Marcha do caracol”, com Afonso Teixeira, lançada pelo grupo Quatro Ases e um Coringa.
Se você se importasse“, samba que lançou para o estrelato a cantora Dóris Monteiro.
“Marcha do relógio”, com José Batista gravada pelos Vocalistas Tropicais.
“Ela tem que se humilhar”, samba com José Batista gravado por Nelson Gonçalves.
“Vou pedir ao Senhor”, samba gravado pelo Trio Madrigal.
Olha pro céu meu amor”, com Luiz Gonzaga e gravado por Luiz Gonzaga (há controvérsia sobre se o José Fernandes que assina a letra da música é o mesmo Peterpan. Há pesquisadores que identificam o parceiro de Luiz Gonzaga como sendo José Fernandes de Carvalho).
“Adeus”, samba com Ari Monteiro, gravado por Gilberto Milfont.
“Feliz Natal” em parceria com J. Ghiaroni, gravado pelo acordeom de Alencar Terra e Orquestra com a participação do coro da Rádio Nacional e também por Emilinha Borba.
“Papai me disse”, marcha com José Batista, gravado por Araci Costa.
“Cavaleiro do Cristo”, samba com Ari Monteiro gravado por Gilberto Milfont.
“Comprei um carro” com Ari Monteiro.
“Lírios dos Campos”, samba com Ataulfo Alves gravado por Jorge Goulart.
“Encheu”, baião gravado por Emilinha Borba.
“Remorso”, bolero com José Batista gravado por Flora Matos.
“Terra Maravilhosa”, samba gravado por Emilinha Borba
“Eu sou o Samba”, samba gravado por Emilinha Borba.
“Camponesa”, samba para o carnaval de 1952, gravado por Emilinha Borba.
“O Galho da Roseira”, baião gravado por Zezé Gonzaga.

1952

“Se é do norte é meu” baião gravado pelos Vocalistas Tropicais.
“Marcha da fumaça” com Afonso Teixeira, gravado pelos Quatro Ases e Um Coringa.
“Fora do Samba”, samba com Amadeu Veloso e Paulo Gesta gravado por Emilinha Borba.
“Apanhador de papel”, marcha em parceria com Afonso Teixeira, gravada pelos Quatro Ases e um Coringa. Foi proibida a sua execução em São Paulo.
“Papai me disse”, com José Batista, gravada por Araci Costa.
“A música que eu não ouvi”, bolero gravado por Emilinha Borba.
“Aconteceu”, samba gravado por Emilinha Borba.
“Sem Tamborim”, samba em parceria com Rodrigues e gravado por Carlos Augusto.
“Mulher dos trinta”, marcha em parceria com Garcez gravada por Roberto Paiva.
“Quantas vezes”, samba gravado por Dóris Monteiro.
“Preto e Branco”, com José Batista.
“Comida Pesada”, choro gravado por Diamantina Gomes.
“Ainda não sei”, bolero e uma das primeiras gravações do iniciante Orlando Dias.
“Marcha do Boneco”, marcha para o carnaval com José Batista, foi censurada pelo Serviço de Censura e Diversão Pública.

1953

“Polonesa”, marcha com Afonso Teixeira, gravada pelo Quatro Ases e Um Coringa.
Musicou o filme “Capricho de Amor”, produção de uma empresa paulista.

1954

“Noite nupcial” valsa gravada em dueto por César de Alencar e Emilinha Borba.
“Noite de chuva”, bolero com José Batista gravado por Emilinha Borba.
“Os meus olhos são teus”, samba-canção gravado por Emilinha Borba.
“Dim-Dim-Dim”, samba com José Batista, gravado por Aracy Costa.
“Marcha do Apartamento”, com Alcyr Pires Vermelho, gravada por Dóris Monteiro.
“Telegrama”, samba.
“Marcha do Lobo” gravada por Marly Sorel.
“Que saudade é esta”, samba gravado por Nora Ney.
“Noite de Chuva”, bolero gravado por Emilinha Borba.
“Valsa dos Noivos”, gravado por Emilinha Borba.

1955

“Ninguém me compreende”, samba gravado por Linda Rodrigues.
“Que vamos fazer”, bolero gravado por Vera Lúcia.
“Saudações aos peregrinos”, cântico gravado por Emilinha Borba.
“Nova Canaã”, samba gravado por Emilinha Borba.
“Toada do amor”, gravada por Emilinha Borba e depois por Carlos Nobre.

1956

“Até quando Deus quiser”, bolero gravado por Miriam de Sousa.
“Fandango” com Flora Mattos gravado por Emilinha Borba.
“Samba Moderno”, gravado por Emilinha Borba com a orquestra de Severino Araújo.
“Porque não vens”, gravado por Carlos Nobre.
“Fita meus olhos”, samba-canção gravado por Marilena Cairo.
“Abraça-me”, bolero gravado por Nely Martins.
“Ano Novo”, marcha gravada por Emilinha Borba.

1957

“Só não vejo você”, samba com Mari Monteiro gravados por Emilinha Borba.
“Não há remédio”, samba com Mari Monteiro gravados por Emilinha Borba.
“Casamento na Roça”, com Ary Folain, gravado pelo Trio Melodia.
“Este é o Samba”.

1958

“Chega de Índio”, marcha.
“Vê o que fizeste”, samba-canção com Mary Monteiro gravado por Marilena Cairo.
“Canção de agosto”, samba-canção gravado por Emilinha Borba.

1959

“Lua caprichosa”, marcha em parceria com Amado Régis, gravada por Nuno Roland.
“É proibido assobiar”, samba em parceria com Amado Régis.
Para o filme “Mulheres à Vista”, produzido por Herbert Richers para o carnaval daquele ano, compôs “Serapião” em parceria com Flora Matos. Foi interpretada por Emilinha Borba.

1963

“Hoje é domingo outra vez”.

Sem identificação do ano da gravação.

“Mulher Carinhosa”, “Arrastando o pé”, “Asas do Brasil”, “Assim não vai!”, “Batuca Nego”, “A Bossa do Marimbondo”, “Canção do Burrinho”, “Canção do Pescador”, “Canção Nacional”, “Domingo feliz”, “Dona Cici”, “É você”, “Eu e a Terezinha”, “Gabriela! Gabriela!”, “Idaho… Odaho!”, “Lá vem a Gabriela”, “Mas eu não ligo”, “Minha vida é cantar”, “Miragem”, “Não dou bola”, “Não seja desigual”, “Não sou limão”, “No Rio é assim…”, “Os olhos de Deus”, “Pra que”, “Quem é feliz, não tem história”, “Raio de Sol depois da Chuva”, “Rio Mundahú”, “Rio Zona Norte”, “Samba de Terreiro”, “Se eu tivesse com que…”, “Sorri”, “Tirrim… Tirrim…”, “Tumba… Tumba… Tumba…”, “Twist da cachorrinha”, “Uma canção para Maria das Dôres”, “Viva a liberdade” e “Viver sem teu amor, não é viver”.

13 Comments on Peterpan, o compositor alagoano que deu ritmo aos antigos carnavais

  1. GISELA PFAU // 27 de janeiro de 2018 em 15:35 //

    Excelente pesquisa. Parabéns!

  2. Rafael Dufrayer // 8 de maio de 2018 em 17:28 //

    Olá Admin! Sou Neto do Compositor Peterpan e ele teve outros dois filhos além dos citados. Eugenio Borba e Tutuca Borba, este ultimo é tecladista do Roberto Carlos.
    Parabens pela pesquisa e pelo artigo.

  3. Ticianeli // 8 de maio de 2018 em 20:38 //

    Caro Rafael, agradecemos pela informação e atualizaremos o texto.

  4. Embora tenha 54 anos conheci pessoalmente….
    Morava na villa Santa Tereza …
    Homem de muitas historias…
    Meu avô morava …tocava. Na casa de meu avo…e meu avô recitava gostava muito de jogar um baralho com a turmade lá..saudades daquela época….tutuca ainda muito novo tocou na casa da minha mãe..lembro de uma música…foi l hino da França….grande abraço a toda família….

  5. Caro Edberto,
    Não tenho dúvida nenhuma que Alagoas se sente muito feliz com este filho que brotou em seu berço e há algum tempo não mede esforços para registrar a sua história. Necessário se faz alguém não apenas com o conhecimento, mas, essencialmente, com a disposição de dedicar-se às pesquisas para dar vida ao que não deve morrer.
    Parabéns, caro amigo, pelo trabalho incessante, precioso de imensurável valor que você disponibiliza para o mundo. O brilho dessa parte da História de Alagoas, indiscutivelmente, todos devemos a você.

  6. Sou neta do compositor Peterpan, amei o artigo. Gostaria de ter o conhecido pessoalmente. Lembrei das histórias que meu pai me contou sobre ele.

  7. CARLOS ALBERTO FIDELIS DOS SANTOS // 25 de abril de 2021 em 10:29 //

    Belissima pagina, e pesquisa

  8. Ethel Mafra // 16 de julho de 2021 em 16:05 //

    Tive a grata surpresa de conhecer este compositor alagoana pouco conhecido no meio musical ou talvez por mim. O codinome, certamente, não ajudou.
    Autor de uma música de que gosto muito “ Se queres saber “, ao ouvi-la, tive a curiosidade de saber o compositor e … Peterpan!
    Alagoas teve e tem muita coisa boa!

  9. Paulinho Lima // 29 de outubro de 2021 em 10:17 //

    Gostei de saber da história deste grande compositor. Sou fã de “Se queres saber”, que conheci através de Nana Caymmi. Sei que foi lançada por Emilinha mas a informação que tinha é que essa música foi do repertório de Stella Maris, mãe de Nana e também cantora da Rádio Nacional que desistiu da carreira ao casar-se com Dorival Caymmi.

  10. Caramba..Meu nome é Edison, Tive o prazer e honra de conviver com essa familia na Villa Santa Tereza.. Emilinha, tutuca, Geninho e Panza.
    Eu com 12 anos era muito amigo do tutuca e ele já tocava muito piano. meu Pai morava ao lado da casa deles e apesar de ser separado da minha mae, eu ia muito visitar meu Pai.
    E essa familia me rcebia muito bem na casa deles.
    Saudades.

  11. Sou um pesquisador eterno da música e do futebol. Desde pequeno ouvia em algumas emissoras de rádio (aquelas poucas que cumprem com a obrigação de dizer o nome do compositor) o nome de Peterpan (ou seria Peter Pan). Só agora encontrei esta pérola da história contando sobre sua vida e composições. Fico bastante gratificado de ter encontrado algo que satisfaz minhas curiosidades sobre a música. Parabéns.

  12. Lenivaldo Gomes // 11 de fevereiro de 2023 em 22:33 //

    Há muito tempo ouço histórias sobre PeterPan contadas pela sua sobrinha Valéria e sempre tive curiosidade em conhecer mais sobre ele de quem ela fala até hoje com orgulho. Ela disse-me certa vez que ele às vezes tocava em uma casa de piano no centro do Rio e o povo parava para ouvi-lo. Uma pena não tê-lo conhecido pessoalmente. Acho que ele merece uma biografia pela sua importância na música brasileira. Parabéns pela pesquisa.

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