História da Escola Aprendizes Marinheiros de Alagoas

A Escola de Aprendizes Marinheiro foi instalada oficialmente no dia 16 de abril de 1896

A experiência pioneira na formação de militares da Marinha Brasileira em Alagoas seu com a criação da Companhia de Aprendizes Marinheiros, instituída pelo Decreto nº 5.847 de 2 de janeiro de 1875.

Entrou em funcionamento no dia 1º de julho de 1875. Há indicativos que funcionou no sobrado, com armazém anexo, de propriedade de Salvador Leite Vidigal, na Rua Sá e Albuquerque, nº 72, próximo à Alfandega. Esse mesmo prédio veio a ser o Hotel Salvador.

No início, contava com apenas 10 alunos. Três anos depois, em 1878, já tinha 110 aprendizes marinheiros.

A Escola de Aprendizes Marinheiros funcionou onde hoje estão construídos os edifícios da Administração do Porto de Maceió, no final da Rua Sá e Albuquerque em Jaraguá

Félix Lima Júnior indica que o seu primeiro comandante tenha sido, possivelmente, o capitão-tenente Antônio Ximens de Araújo Pitada. O primeiro mestre foi o patrão-mor da Capitania, Manoel Francisco Sétimo. Contou ainda com Venustiano de Araújo Rego como oficial da Fazenda e o cirurgião do Exército Dr. José Antônio Ribeiro de Araújo, que se propôs a trabalhar sem vencimentos.

Passaram ainda pelo comando desta unidade militar, nessa primeira fase, os oficiais, capitão-tenente João Moreira da Costa Lima (1880) e capitão-tenente Joaquim Gonçalves Martins (1882), este veterano da Guerra do Paraguai.

Com o Decreto nº 9.371 de 14 de fevereiro de 1885, que reorganizou estas unidades, as Companhias deram lugar as Escolas de Aprendizes Marinheiros, com as de Pernambuco e Alagoas unificadas sob o nº 6.

Segunda fase

Essa unificação trouxe prejuízos maiores para a de Alagoas, que em 1894 praticamente já não existia mais. Nesse mesmo período ressurge a ideia de se ter em Maceió uma instituição que preparasse menores para a vida, com aprendizado militar.

Movido por outros propósitos, o jornal Gutenberg publicou em 12 de setembro de 1894 um texto cobrando do governador medidas contra a vadiagem e apresenta a proposta de se “instituir nesta capital uma escola de aprendizes marinheiros onde, com a educação cívica que for distribuída aos menores, que não passam hoje de vagabundos, será ao mesmo tempo ministrado honesto e proveitoso meio de manutenção da existência de uma parte dos nossos patrícios”.

Companhia de desembarque da Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas em 11 de junho de 1930

A campanha foi vitoriosa e no dia 26 de setembro de 1894 o Decreto do Poder Legislativo nº 207-B criou a Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas. Ainda em setembro o jornal anunciou que já havia sido aprovado o orçamento para a construção da sede da instituição em Alagoas e cobrou do marechal Floriano Peixoto a execução da lei.

Em março do ano seguinte o Gutemberg anunciou que a Escola de Aprendizes Marinheiros de Sergipe tinha sido inaugurada naquele mês, entretanto para escola em Maceió “nem ao menos se iniciaram ainda os trabalhos preliminares da acomodação do prédio”.

Somente em novembro de 1895 foi que o ministro da Marinha autorizou a instalação das escolas de aprendizes marinheiros da Paraíba, Sergipe e Alagoas. O jornal Gutenberg informou ainda que o ministro da Guerra já teria, naquela data, entregue ao Ministério da Marinha, para sediar a Escola em Alagoas, o prédio onde estava instalado o 26° Batalhão de Caçadores em Maceió.

O galpão que abrigava o 26º BC fora construído ao lado do antigo Forte de São Pedro, onde hoje estão os edifícios da Administração do Porto de Maceió, no final da Rua Sá e Albuquerque em Jaraguá.

Portão de entrada da Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas em 1930

Ainda naquele mês surgiram nos jornais de Maceió as primeiras nomeações dos futuros professores e funcionários da Escola.

Como até março de 1896 a instituição ainda não tinha sido inaugurada, o jornal voltou a exigir o início do seu funcionamento, mas poupava de responsabilidades o seu comandante, capitão-tenente Justiniano de Oliveira Souza e Mello, também capitão do Porto.

Atribuía a demora aos atropelos da pasta da Marinha, “absorvida a sua atenção com assuntos transcendentes, ainda fruto da desastrada revolta de setembro de 1893.

Finalmente, no dia 16 de abril de 1896 foi instalada oficialmente a Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas. Segundo comunicado do capitão do porto, Justiniano de Oliveira, não houve solenidade pela urgência da instalação e por não se ter verba destinada para tal fim.

Eram oferecidos os cursos técnicos e instrução primária e secundária, servindo de “amparo para todos que quiserem dela se utilizar, principalmente para a infância pobre e desvalida, de toda a condição social”, esclareceu o Gutemberg. Foram oferecidas inicialmente 150 vagas para jovens entre 13 e 16 anos.

Enfermaria da Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas em 1930

Dias depois, o governador, Barão de Traipu, extinguiu o “Collegio Orphanologico” e asilou os alunos na Escola de Aprendizes Marinheiros.

Avaliou o governador que na instituição recém-instalada “mais vastos campos se oferecem à inclinação dos meninos”. O ato do governador foi questionado posteriormente na Justiça por um advogado que representava a família de vários dos transferidos.

Em 10 de maio de 1896, o Chefe de Polícia publicou expediente informando que havia enviado ofício ao Capitão do Porto. “Com este vos serão apresentados os menores Silvino Azarias, Alfredo Mendes do Nascimento, Adriano Manoel Leite dos Santos, Manoel Sebastião de Moraes, Pedro dos Santos Ferreira e José Antônio de Oliveira, afim de serem alistados na Escola de Aprendizes Marinheiros de que sois digno comandante”.

Nos meses seguintes, dezenas de jovens foram encaminhados pelo Chefe de Polícia, alguns vindo do interior do Estado. O envolvimento dos órgãos estaduais no envio de jovens para o aprendizado da Marinha resultou em agradecimento do Ministério dos Negócios da Marinha ao governador do Estado. A correspondência era datada de 18 de junho de 1896 e tinha a assinatura do almirante Elisiário José Barbosa, ministro da Marinha.

Engomação de roupa na Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas em 1930

Ainda em julho de 1896, o juiz de Direito da 1ª Vara, encaminhou ofício ao Chefe de Polícia manifestando desacordo com a forma como os jovens estavam sendo levados para a Escola, sem o seu conhecimento.

Explicou o juiz que a lei “orphanologica” previa a necessidade de uma audiência com o magistrado para então se proceder a entrega dos órfãos à Marinha. O chefe de Polícia concordou em cumprir as exigências e explicou que se moveu com as melhores intenções, “dando meio de vida honesto a esses menores vagabundos”.

Em agosto daquele ano, a escola já atendia a 100 jovens, além dos remetidos à escola do Rio de Janeiro. Nem todos aceitavam a disciplina militar e aconteceram algumas fugas, como noticiou O Orbe de agosto de 1899: “Da Escola de Aprendizes Marinheiros desertaram 4 menores, tendo o sr. Capitão do porto empregado todas providencias afim de serem capturados”.

Prédio reconstruído

Alojamento da Escola de Aprendizes-Marinheiros de Alagoas em 1930

Após a publicação de uma portaria no dia 17 de setembro de 1896, desembarcou em Maceió o capitão-tenente João Augusto Delphino Pereira Tamoio, que assumiu como capitão do porto e comandante da Escola de Aprendizes Marinheiro de Alagoas. Permaneceu no cargo até maio de 1898.

Uma das principais realizações do novo comandante foi a reconstrução, em quatro meses, do prédio que abrigava a Escola.

Inaugurado às 17h do dia 7 de setembro de 1897, o “bonito e confortável prédio”, como registrou o Gutenberg, era muito diferente do “antigo e feio galpão”, “aquela carunchosa velharia”.

O edifício, totalmente reconstruído, media 127m de extensão por 14m de largura. Os seus usos foram assim distribuídos, do norte ao sul: residência do comandante; farmácia e enfermaria; casa do patrão-mor; paiol e arrecadação desta seção.

Um segundo compartimento foi ocupado pelo refeitório. O terceiro compartimento abrangia a cozinha, depósito de água e lavatórios, alojamento de cozinheiros e paiol de mantimentos. Junto ao portão de entrada ficava um grande salão de aula para as primeiras letras e uma sala de música.

Do outro lado da entrada estava o quarto compartimento, dividido em: corpo de guarda, xadrez, quatro solitárias e quatro alojamentos para inferiores. O quinto compartimento abrigava o gabinete do comandante, sala para expediente, refeitório para inferiores e o dormitório. Todas as unidades eram bem ventiladas.

Militares da Marinha visitam, em 10 de julho de 1955, o local da futura Escola de Aprendizes Marinheiros no Pontal da Barra em Maceió

O Gutemberg informou ainda que nesta última seção do prédio estavam seis privadas, “todas providas de canalização para o mar e de muita água”. Na área externa ficavam a caixa d’água e os tanques para lavagem de roupas.

Nos anos seguintes ocorreu um verdadeiro revezamento no comando da Escola, sendo possível identificar os seguintes comandantes: entre 1898 e 1899, capitão-tenente Eduardo Midosi; no final de 1899, o comandante era um alagoano, o capitão-tenente Francisco de Lemos Lessa.

O capitão de corveta Henrique Teixeira Sadock de Sá também esteve à frente da Escola. De 1905 até 8 de outubro de 1906, foi a vez do capitão de corveta Thedim Costa, que foi substituído interinamente pelo capitão-tenente Oscar Muniz.

Em fevereiro de 1907, o comando era responsabilidade do capitão-tenente Damião Pinto. Quatro meses depois já estava com o capitão de corveta Bernardino José Coelho, e em agosto com o capitão de fragata J. Borges Leitão.

Há registro de que no dia 23 de outubro de 1916 assumiu o comando o capitão-tenente Octávio Santos. Quem assumiu após ele foi o capitão de corveta Luís Bezerra Cavalcanti, cuja cunhada, Ádila, casou-se com o médico e escritor Jorge de Lima em 5 de fevereiro de 1917.

Portão da Guarda da EAMAL no Pontal da Barra. Foto do acervo de Agiberto Soares

Em junho de 1917 foi noticiado o afastamento do capitão de corveta Octávio Penido Burnier. Foi substituído pelo capitão-tenente José do Amaral Castello Branco. Em 1925, o comando estava com o capitão-de-Corveta Enéas Ramos.

É provável que a Escola de Aprendizes Marinheiro de Alagoas tenha sido o local onde primeiro se praticou futebol em Maceió. Segundo o jornal Gutenberg de 28 de janeiro de 1908, o futebol era jogado nas tardes das quartas-feiras como parte do novo regulamento da Escola.

Em 1916, a Escola definia assim o perfil dos novos alunos: teriam entre 14 e 16 anos, no mínimo 1,40m de altura e precisavam da autorização dos pais.

A Escola foi fechada no dia 31 de dezembro de 1931 e parte do seu prédio foi ocupado pela Capitania dos Portos. Em 1933, o prédio foi adaptado para receber a 1ª Feira de Amostras de Alagoas.

Manteve-se de pé até meados de 1959, quando foi demolido para dar lugar às atuais instalações da Administração do Porto de Maceió e aos galpões de armazenagem.

No Pontal da Barra

Escola de Aprendizes Marinheiro no Pontal da Barra. Foto de Moacir F. Mendonça

A instituição voltou a funcionar após a Marinha receber do Estado de Alagoas, em 1953, um terreno para a construção da nova Escola de Aprendizes Marinheiro. A área ficava na Vila de S. Pedro do Pontal da Barra e a doação se deu pela Lei nº 1.734, de 13 de outubro de 1953.

Outra doação de um terreno na Av. da Paz, realizada pela firma Irmãos Leão A. A. S/A, permitiu a construção da nova sede da Capitania dos Portos e a residência do Capitão dos Portos. O local é o mesmo onde hoje continua instalada a Capitania.

Para supervisionar estas obras, iniciadas ainda em 1954, o comandante do 3º Distrito Naval criou, em 1º de janeiro de 1954, o Escritório de Obras de Maceió, subordinado à Divisão de Obras do Comando do 3º Distrito Naval.

Poucos dias depois, tanto o Escritório, quanto a Divisão foram extintos com a criação da Comissão de Construção de Bases Navais. Em Maceió se instalou o Escritório Técnico-Administrativo. As obras receberam assistência técnica da Companhia Moraes Rego S/A, contratada em 2 de agosto de 1954.

A Escola foi recriada oficialmente pelo Decreto nº 57.646, de 17 de janeiro de 1966, pelo então presidente Castelo Branco.

Chegou a ter mais de 400 alunos matriculados e formou quatro turmas, uma a cada três anos. Voltou a fechar em 1971, cumprindo determinação da AVE-000975/1971, quando o comandante era o capitão de fragata Edwin de Carvalho Blunt.

Campus Tamandaré, antiga Escola de Aprendizes Marinheiros no Pontal da Barra, em 1975

No ano seguinte, em julho de 1972, seu prédio foi cedido por convênio para o Ministério da Educação e Cultura e destinado à Universidade Federal de Alagoas, que ocupou o prédio a partir de 1973, com a denominação de Campus Tamandaré.

A partir de 1974, quando a Salgema Indústrias Químicas Ltda iniciou a construção da fábrica de cloro-soda, do campo de salmoura, do terminal marítimo e da unidade de dicloretano, no mesmo bairro, a UFAL resolveu transferir todos os seus cursos daquele Campus para a Cidade Universitária no Tabuleiro do Pinto, o que aconteceu em 1977.

O prédio ainda foi ocupado pela Secretaria de Segurança Pública de Alagoas e pelo Detran-AL, a partir de 1978.

Somente foi devolvido à Marinha em 2014, quando foi anunciada pela imprensa a intenção de reativar a Escola de Aprendizes Marinheiro, obedecendo a estratégia nacional de defesa. O orçamento previsto era de R$ 25 milhões e as reformas deveriam ter sido iniciadas em 2015.

A editoria do História de Alagoas entrou em contato com o Comando do 3º Distrito Naval, em Natal, Rio Grande do Norte, para colher informações sobre o andamento do processo de reabertura da Escola e recebeu de sua Assessoria de Comunicação Social a seguinte nota:

A Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 3º Distrito Naval, esclarece que o Plano de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil contempla uma proposta de distribuição espacial das instalações militares e de quantificação dos meios necessários ao atendimento eficaz das Hipóteses de Emprego estabelecidas na Estratégia Nacional de Defesa, no horizonte temporal até 2030, não constando a reativação da ex-Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas”.

Os fundos da Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas, lado do mar em 1930

 

Distribuição das divisas aos aprendizes graduados em 11 de junho na Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas em 1930

 

Sala de marinharia da Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas em 1930

 

Hasteamento da Bandeira Nacional e dos sinais feitos pelo Almirante Barroso na comemoração do dia 11 de junho na Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas em 11 de junho de 1930

 

Aparelhos de ginástica da Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas em 1930

 

Guarnição da Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas vencedora do campeonato de 1929

46 Comments on História da Escola Aprendizes Marinheiros de Alagoas

  1. Fui aluno da EAMAL, Turma BRAVO, de 1968, obrigado pelo historico. Lamentavel ler que… “não constando a reativação da ex-Escola de Aprendizes Marinheiros de Alagoas”. Ano que vem estamos organizando uma visita para comemorar nosso Jubileu. Saudades…

  2. Em 1969 saí de Salvador para ser aluno da saudosa EAM-AL. No período de junho de 1969 a agosto de 1970, constituindo a turma Charlie, me sagrei seu melhor representante. Fiz muitos amigos e tenho boas lembranças do salutar convívio do qual guardo fotos. Seus componentes ainda se reúnem em pequenos grupos em diferentes Estados e anualmente um é escolhido para abrigar a reunião anual.

  3. Carlos Freire // 10 de fevereiro de 2018 em 17:06 //

    Também fui aluno (Turma Charlie) e lá aprendi a ser homem (no sentido moral).
    Em 2019 faremos uma grande festa, em Maceió, em comemoração aos 50 anos do início dos nossos estudos.

  4. TIVE A OPORTUNIDADE DE PARTICIPAR DA TURMA DE 1968,

  5. Turma “Bravo 1968”. Foi o melhor período da minha vida, na Marinha. Lá, aprendi a ter Ordem e o Progresso veio a seguir. Belas lembranças!

  6. Minha vida de Cidadão, Patriota e Cristão, teve inicio na Turma BRAVO de 1968, nessa que foi a MINHA ESCOLA DA VIDA. Obrigado Marinha do Brasil e meus companheiros jovens dessa turma que marcou o rumo de nossas vidas. Abração! BRAVO ZULU!

  7. Sou parte dessa história fui aluno da turma delta 1971. Am207

  8. Marcondes dos Santos Lima // 10 de janeiro de 2019 em 13:49 //

    Boa tarde!
    Alguém saberia informar quais fontes/documentos foram
    utilizados para escrever a história da escola de aprendizes?
    além do jornal o gutemberg

  9. Edison Gonçalves // 28 de janeiro de 2019 em 21:13 //

    Edison Gonçalves, componente da turma Bravo, aonde iniciei minha trajetória naval, sinto um orgulho muito grande de ter essa origem. Guardo na memória todos os momentos que lá passei, aos colegas de turma um sincero e fraterno abraço.

  10. Elemar Guida Malta // 29 de janeiro de 2019 em 00:15 //

    Cheguei a EAMAL, em 28-12-67 com mais 30 jovens para compor a Turma Bravo de Alagoas, Turma da qual muito me orgulho. Nos reunimos saudosa mente a cada 06 meses na Casa do Marinheiro- Rio.

  11. Luiz Fernando Bragança
    Fui previlegiado de ser integrante da EAM-AL turma bravo em visita em mes 10/ 2017 constatei a depredação da
    nossa querida escola a qual fiquei muito triste

  12. Fui aprendiz da turma “C”. Grande honra em ter participado deste grupo seleto de jovens promissores que ingressaram na nossa gloriosa marinha.
    Abraço a todos colegas da T- Chalie.

  13. Era junho de 1969 quando, após ter sido aprovado no concurso, adentrei, juntamente com tantos outros jovens procedentes de diversos estados, à EAM-AL, participando, assim, da formação da Turma “CHARLIE”, e eu sob a identificação: AM-174 DENILDO. Eu era um jovem ingênuo, inexperiente e sonhador, mas, naquele momento, vi ali a oportunidade “careca” e a agarrei, com muita vontade, pelos cabelos. Quando em meu lar, apesar do tempo que tinha de sobra, nunca havia forrado, sequer, a cama onde dormia. Já nessa escola, o nosso tempo era muito escasso e tínhamos que forrar os nossos beliches sem deixar qualquer dobrar na roupa de cama, sob pena de receber um severo castigo. Grandes aprendizados ali adquiri e o meu carácter foi, também, ali formado e forjado com o aço da disciplina, das muitas horas de estudos, dos trabalhos e faxinas e da convivência sadia entre os meus pares de procedências diferente que, por força do destino, para ali convergiram e mesclaram as diferentes culturas que cada um trazia consigo, formando, assim, um grande ESPÍRITO DE CORPO. Espírito este que, até nos dias atuais, ainda nos faz sentir a necessidade de nos reunimos para confraternizarmos e recordarmos daqueles saudosos tempos. Hoje, olhando pelo retrovisor da minha vida, percebo o quanto essa escola foi tão importante para a minha vida profissional e, certamente, para a vida profissional de todos nós, AMs daquela Turma “CHARLIE”. Viva a Turma “CHARLIE”, viva a EAM-AL, viva a MARINHA. ADSUMUS.

  14. Aos companheiros da Turma Charlie, em contagem regressiva para a nossa festa do cinquentenário.

  15. Herbert Freire // 10 de fevereiro de 2019 em 17:13 //

    Em frente ao prédio da Escola de Aprendizes Marinheiros do Pontal da Barra, na praia, existia na década de 70 um prédio em forma de um navio, cujo interior, suas cabines, de um lado eram chuveiros, do outro lado, sanitários, todos em pleno funcionamento e de uso público; todas as janelas eram em forma de escotilhas. Uma estrutura jamais vista em todo o litoral brasileiro que já tive oportunidade de conhecer. Alguém possui algum registro fotográfico dessa construção?

  16. Freire - AM 157 // 6 de maio de 2019 em 17:48 //

    Atenção, Charlieanos!
    Nos dias 2, 3 e 4 de agosto estaremos comemorando nosso Jubileu de Ouro, em Maceió.

  17. JORGE SOUZA CERQUEIRA // 30 de maio de 2019 em 17:45 //

    Fui um dos aprendizes,desta escola querida, Turma Charlie, lá chegando em 27 de junho de 1969 e saindo em 30 de setembro de 1970, em direção ao Rio de Janeiro, onde fomos distribuídos para os diversos órgãos da Marinha.
    Saímos, um grupo de 22 meninos, com idade entre 16 e 18 anos, pobres e moradores de bairros de baixa renda de Salvador (em sua maioria), na Bahia.
    Juntos com pessoas de variados locais do Brasil, com educação, disciplina e ordem, fomos forjados no respeitos às pessoas e á diversidade. Aprendi que, apesar da diversidade, conseguiremos nossos objetivos.
    A querida escola faz parte das melhores lembranças que carrego comigo, pois ajudou a preencher de sonhos a minha vida, foi uma adolescência feliz.
    Nos dias 01 ao dia 05, estarei em Maceió para comemorarmos 50 anos do inicio do curso de aprendizes de marinheiros, Turma Charlie.
    Jorge Souza Cerqueira, AM 123.

  18. Ola galera boa noite.
    Orgulho de ter um pai maravilhoso que estudou nessa escola da vida que foi a EAM-AL 1969, espero que nesse dia 01 ao dia 05 estamos lá em Maceió nessa festa maravilhosa que os 50 anos BODAS DE OURO desse Marinheiro turma Charles. Obrigado a todos os amigos.
    Sou filho de Manuel Jaurés Vieira Filho 8º grupo o 28 jaurezinho.

  19. Pedro Moura // 28 de julho de 2019 em 15:52 //

    Olá Ex-Alunos e Veteranos,

    Sou RM1 e sou da Turma Golf II/EAMCE-88. Desejo saber se aluém possui alguma foto ou a imagem do brasão da EAMAL; pois tenho um Armorial e estou garimpando os antigos brasões das EAM que foram extintas.

    Quanto ao artigo, acho maravilhoso esse levantamento histórico das cidades, trazendo fatos que muitos não conhecem.

    Abraço a todos.

  20. Denildo Bezerra // 30 de julho de 2019 em 17:25 //

    Olá Pedro,
    Eu tenho um brasão da antiga EAMAL.
    Mande-me o seu e-mail para que eu possa lhe enviar.

  21. Pedro Moura // 30 de julho de 2019 em 19:10 //

    pedrogdemoura@gmail.com.

    Te agradeço enormemente pela ajuda. Caso alguém queira os brasões das OMs em que servirão basta mandar um e-mail que eu vejo se possuo que mandarei em uma ótima resolução.

    Abraço.

  22. Raimundo Nogueira Filho // 1 de agosto de 2019 em 08:42 //

    Não fui aluno da EAM mais sou filho do sub-oficial EP Nogueira. Tenho o maior orgulho de ter convivido no periodo de 1966 a 1968 com estes alunos da EAM. Parabéns a todos. MARINHA DO BRASIL.

  23. Luiz Linares // 1 de agosto de 2019 em 11:09 //

    Tenho o maior orgulho de ter sido da turma Bravo, eu fui do 1° grupo AM 26. Um abraço à todos.

    LINARES.

  24. José Edilson // 18 de dezembro de 2019 em 04:25 //

    Fui classificado para compor a turma “Bravo” dessa EAMAL, em 1967, porém, somente 63 candidatos foram selecionados. Tendo em vista que a referida Escola tinha capacidade para formar 500 Aprendizes, as autoridades Navais optaram por nos enviar para EAMBA (Salvador) juntamente com alguns candidatos de Pernambuco e Sergipe para somar com alguns da Bahia para compormos a turma “HOTEL” daquela Escola, reunindo, assim, cerca de 230 novos Aprendizes, porém, alguns desistiram ficando apenas 217 alunos. Eu recebí o número 038, segundo mais-antigo do segundo grupo.
    SAUDADES daqueles tempos (Ladeira da Conceição).
    Quem lembra do famoso “Batatinha”????

  25. Marcos Antonio Félix // 18 de dezembro de 2019 em 14:07 //

    Sou ex aluno da turma Delta desta saudosa escola.
    Aprendi e multiplique as qualidades da formação cívico militar.
    AM 009 Felix / 4° grupo 1971.

  26. José Maria da Costa // 18 de dezembro de 2019 em 14:56 //

    Cursei a EAM-AL em 1971 turma Delta AM 211 Costa. Do Rio de Janeiro foram 18 classificados para formar a Turma Delta (última turma). A personalidade e o Caráter forjado no período de 12 meses como respeito ao próximo e dignidade são eternos e impagáveis! Parabéns querida Escola !!

  27. Isidio Marinho Correia // 18 de dezembro de 2019 em 23:09 //

    fui da turma Delta de 1971, só tenho uma palavra pra dizer sobre essa escola:”saudades”.
    semana passada um grupo da nossa turma de Al/Pedro visíamos ela, chega dá pena.

  28. AM 012 Silvino da Turma Delta 71. Da EAMAL Aqui fui forjado como verdadeiro homem do Mar. Saudades dos meus amigos e marinheiros Deltas 71 de Alagoas. O Jabuti.

  29. Agnaldo dos Santos // 22 de março de 2020 em 14:16 //

    Fui aluno desta memorável escola, onde tive o prazer de aprender o que é disciplina e companheirismo. Foi nesta memorável escola que conheci a verdadeira riqueza de caráter que um ser humano deve possuir. Formei verdadeiros amigos e irmãos pois recebi uma verdadeira família. Viva a Marinha e todos que fizeram parte da EAMAL. Sou o AM-034 Agnaldo.Turma DELTA EAMALcom muito orgulho.

  30. REGINALDO V BEVILAQUA // 15 de abril de 2020 em 18:57 //

    Gostaria de saber se o Almirante Rubim (Raymundo Frederico Kiappe (Chiape) da Costa Rubim chegou a ser Comandante da Escola de Aprendizes de Marinheiros de Alagoas, em alguma parte desse período 1871 a 1926 ? Estou complementando sua Biografia.

  31. HERBERT FREIRE // 20 de abril de 2020 em 23:54 //

    Em frente ao prédio da Escola de Aprendizes Marinheiros do Pontal da Barra, na praia, existia na década de 70 uma estrutura em forma de um navio, cujo interior, as cabines, de um lado eram chuveiros, do outro lado, sanitários, todos em pleno funcionamento e de uso público; todas as janelas eram em forma de escotilhas. Uma estrutura jamais vista em todo o litoral brasileiro que já tive oportunidade de conhecer. Alguém possui algum registro fotográfico dessa construção?

  32. VITERBO VITORIO DE MORAES // 26 de abril de 2020 em 14:05 //

    Saudações marinheiras aos meus saudosos companheiros da Turma Bravo, EAM-AL.
    Somente agora encontrei essa fonte de informações da nossa querida escola. Sou o 017 do 1° grupo e aguardo contato da rapaziada.

  33. Viterbo Moraes. // 14 de junho de 2020 em 22:22 //

    Boa noite campanhas da Bravo Alagoas. Aqui é Viterbo 017.
    movi1950@yahoo.com.br
    Mandem notícias.
    Abraços

  34. Cláudio filho am 218 // 24 de outubro de 2020 em 19:55 //

    Agradeço primeiro a Deus por ter sido aluno da turma Charlie 69 70 creio que com o fechamento da escola e um prejuízo para nosso estado e para o meu povo

  35. Ola amigos, sou 1SG da ativa e meu pai foi da turma Charlie, queria fazer contato com os amigos da turma dele, ele perdeu contato com todos, ele fala com muita saudades do tempo de escola. Entre em.contato comigo quem foi da turma Charlie: georgebiocie@gmail.com
    Obrigado

  36. Gabriel Santana(GAZELA) // 15 de julho de 2021 em 15:56 //

    Faria tudo novamente sem arrependimento.Saudades!!!!!!!

  37. WILSON ROBERTO DA SILVA // 20 de outubro de 2021 em 00:56 //

    Olá pessoal da turma de 67 da EAMAL, sou o ex-aluno 408 do 10º Grupo, gostaria de saber como obter fotos de recordações do pessoal do grupo. Também fiz parte da Banda Marcial (tarol). Obrigado.

  38. Olá rapaziada da turma BRAVO saudades.fizemos uma viagem longa no navio (custodio de melo) para compor essa turma que era a maioria do RIO .Eu era 62 do 2′ grupo

  39. Ola tds os marinheiros formados na EAMAL; Sou o Am.88 da turma charlie, deixeipara tráz uma oportunidade e uma carreira promisora nas categorias de base do Santa Cruz, não só eu como também o Saulo hj na espanha, deixei um sonho para viver um outro sonho fiz a melhor escolha entrando pra Marinha do Brasil. EAMAL onde o tempo passa as épocas mudam e o saber continua.

  40. Rio de Janeiro, 08/02/2022.

    Boa Noite Nobre amigo Pedro:

    Fui aluno da EAMAL entre 1969 há 1970. Eu era o aluno com a matrícula 151 que só tirava nota baixa, e a turma me chamava de chove chuva na época. E gostaria de saber se você ainda tem aqueles brasões. Se por acaso tiver manda um pra mim. Fico agradecido, um abraço do amigo Benício.

  41. Prezado Benício,

    Quando eu provavelmente ainda estava no útero de minha amada mãe, vocês já estavam dando os primeiros passos na vida militar.

    Irei procurar e te enviarei. Se ainda precisar de outras OM em que servistes posso ver se tenho e encaminho junto.

  42. Oi gente.

    Eu tinha uma arte do brasão da EAMAL, mas uma pane em meus sistema me fez perder tanto a arte quanto a imagem que me enviaram. Um ex-aluno me solicitou e eu fiquei de encaminhar, mas não está entre as que consegui recuperar em um HD externo.

    Não me recordo agora quem me enviou. Caso essa pessoa venha a ler esta mensagem, por favor me envie novamente.

    Obrigado.

  43. Elemar Guida Malta // 18 de dezembro de 2022 em 00:31 //

    A Turma Bravo-AL se reunirá no Quiosque-05 na Casa do Marinheiro-Rio no dia 15-07-2023, em Almoço de Confraternizacao por adesão após as 10:00h. Contato: Malta (AM- 424) . 021 986236327.

  44. henriques // 5 de junho de 2023 em 21:52 //

    fui do ano de 1968 de Alagoas turma bravo quero entrar em contato com amigos que foram de la do mesmo ano tel 21964552028

  45. Carlos Cesar Garcia Dos Santos // 26 de julho de 2023 em 12:42 //

    Fui aluno da turma Charlie,aprendi muito com o aprendizado, hoje agradeço a Deus por tornar uma pessoa determinada

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